Quando me formei pensei que iria, simplesmente, ensinar gramática e a interpretação de texto. Estava enganado. Passo horas a planificar aulas, a corrigir coisas e a fazer milhentas coisas às quais não tenho pachorra.
Tenho imensas aulas preparadas do Gil Vicente, sobre a História da Língua Portuguesa, sobre a cultura quinhentista, mas só começo a leccioná-las na quinta, pois há um exemplo de uma prova para aplicar e tratar de umas idas ao teatro.
Dia livre? Não tenho, mas faço com que a minha vida seja livre sempre que saio pelo portão da escola. Independentemente de gostar de ensinar. Não quero terminar caquéctico, a viver somente para a escola sem cultivar a minha vida, para não sentir mágoa ou saudosismo frustrado quando de reformar, como acontece como muitos colegas.