segunda-feira, junho 23, 2008

Je suis venu!

Uma semana sempre a correr, com sol, lábios salgados e até um escaldãozeco.
Agora cá estou trancado, durante 4 dias, depois tenho mais 3 de boa vida, depois trabalho mais 5 e DEPOIS volto novamente para o sol!
Da semana que passou retenho a espetada miserável de lulas, o bife divinal na chapa e o sábado champanhento ;) LITERALMENTE!

sexta-feira, junho 13, 2008

Não tenho culpa, é por lei!


Pois é bebé!!!! 1 semana, depois volto, mais 4 dias, depois volto, depois mais 2 semanas, depois volto, depois mais 1 semana!
Depois?
Olha, trabalha-se até pró ano ;)

120 anos



Para ser grande, sê inteiro

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive

Ricardo Reis
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Aqui fica um incentivo às nossas vidas.
É preciso lutar, mostrar as nossas potencialidades e, principalmente, acreditarmos em nós próprios.
Feliz aniversário.

terça-feira, junho 10, 2008

Quando me quer enganar







Quando me quer enganar
A minha bela perjura,
Pera mais me confirmar
O que quer certificar,
Pelos seus olhos mo jura.
Como meu contentamento
Todo se rege por eles,
Imagina o pensamento
Que se faz agravo a eles
Nγo crer tγo grγo juramento.
Porém, como em casos tais
Ando já visto e corrente,
Sem outros certos sinais,
Quanto me ela jura mais,
Tanto mais cuido que mente.
Entγo, vendo-lhe ofender
Uns tais olhos como aqueles,
Deixo-me antes tudo crer,
Sσ pela nγo constranger
A jurar falso por eles.



Luís de Camões








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Porque, por vezes, fingimos acreditar para o não constrangimento.


Que as pessoas sejam felizes nas suas verdades, mentiras e loucuras.


Feliz dia de Camões, Portugal, das Comunidades Portuguesas e dos Professores de Língua Portuguesa ( institui agora o dia!)*

segunda-feira, junho 09, 2008

Tardes

A sala tinha dois planos com lados simétricos. Um dava ao mar, outro, na parte mais alta, dava para ao campo.
Estavas virada para o campo. Lá, sentada, com o cigarro a correr para o filtro, pensavas de forma frenética. Olhavas as ramagens, acompanhando o vento pouco subtil. Não era preciso perguntar-te o que te afligia, mas não eras a única com inquietudes. Virei-te as costas e corri a porta dizendo que iria ver o mar. Não me respondeste, mesmo ouvindo perfeitamente os meus passos.
Arrastei-me, sem paciência, contra o vento que ia ao encontro de ti e do campo. Sentei-me. Fiquei eu e as ondas, numa incompreensão, com inconstantes desencontros. Fechei os olhos e senti o cheiro a mirra do teu corpo. Sabia que continuavas sentada, a olhar para os ramos, e isso apertava-me o peito.

E eu aqui sentado a trabalhar...


Πελοπόννησος


É interessante ouvir nomes que nos ficam na memória.
É o caso de Peleponeso, que, por infortúnio, apareceu hoje de manhã na TV., como palco de um tremor de terra.
A primeira vez que ouvi a palavra, foi pela boca do Doutor Pulquério, a propósito dos Persas, de Esquilo. Trata-se de uma tragédia grega de 472 a. C., que relata a Batalha de Salamina, na Segunda Guerra Médica. É a mais antiga peça em Grego Clássico que chegou completa até nós.
Das aulas, retenho sempre as metáforas que o Professor nos obrigava a descodificar. Ele ouvia-nos atentamente e tecia alguns comentários. Lembro-me das expressões: “as cabeças marravam contra as rochas” e “como duas gotas de orvalho” e do momento de hybris, quando Xerxes mandou chicotear o mar. Retenho também a voz doce de um verdadeiro contador de histórias.
Tenho saudades. A melancolia instala-se, ao fim de um tremor, com necessidade de reviver momentos e abraçar algumas pessoas que estão longe.

terça-feira, junho 03, 2008

Depressão

Há tempos, andaram pelos blogs a falarem das impressoras. Umas falavam, outras enganavam... Enfim, faziam de tudo para chamar a atenção.
A minha cá do escritório anda compretamente idiota. Come as folhas, em vez de vomitá-las. Tem sido uma constante a minha ida para ajudá-la a parir as impressões, que saem quentes, borradas e completamente húmidas. À pala da aparente depressão, tenho a camisa e a gravata completamente estampadas, os dedos cheios de cores e a paciência esgotada.
Contudo, respiro fundo e penso: "Fala menos de duas semanas para entrares de férias, fazeres anos e tens um bilhete da Madonna no quarto. Para quê tanto stress, boy?"


 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...