Já é segunda. Mais uma semana. Falta pouco e os dias estão fantásticos para oxigenar!
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Já é segunda. Mais uma semana. Falta pouco e os dias estão fantásticos para oxigenar!
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Poderia escrever-te sobre o meu dia de correcções. Poderia escrever-te sobre a minha reunião da aula assistida. Diria coisas boas. Muito boas, até. Contudo no fim de um dia, num velório, com caras conhecidas, que por norma rasgam sorrisos e de momento cerram-nos por circunstâncias sociais e afectivas, não me apetece falar de coisas felizes. Não por não me sentir feliz. Sinto-me. De dia após dia. Mas, por agora, fico, tal como há momentos atrás, cerrado nos meus pensamentos.
Em menos de duas semanas, dois funerais. Cortes de elos. Abraços apertados e o passar de mãos nos ombros de filhos, que ficam por terra, juntos de nós.
Por isso, não me apetece falar-te de coisas felizes, sim?
São do 5º ano, numa turma dita código de barras. Cada um com a sua diferença, cor, sorriso, carisma. Ficaram de olhos abertos e ouvidos afinados, a ouvirem as linhas durante 45 minutos. Depois, decidi dar-lhes a BD. Sobre o racismo, claro. Compuseram balões fantásticos, que me deixam feliz por serem frutos da discriminação e uma semente de esperança sobre o estigma. Nas minhas aulas somos todos pretos, brancos, cabritos, católicos, ateus, jeovás, NEE’s, normais, frutos do tempo, num mundo em transformações.
De mentalidades;
De esperança;
De confiança.
Somos! Seremos, todos, de mãos dadas, filhos da igualdade.
Escreve-me! Ainda que seja só
Uma palavra, uma palavra apenas,
Suave como o teu nome e casta
Como um perfume casto d’açucenas!
Escreve-me! Há tanto, há tanto tempo
Que te não vejo, amor! Meu coração
Morreu já, e no mundo aos pobres mortos
Ninguém nega uma frase d’oração!
“Amo-te!” Cinco letras pequeninas,
Folhas leves e tenras de boninas,
Um poema d’amor e felicidade!
Não queres mandar-me esta palavra apenas?
Olha, manda então… brandas… serenas…
Cinco pétalas roxas de saudade…
Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...