terça-feira, dezembro 30, 2008

Carinhoso

Pixinguinha and João de Barro

FDP


(...)recebo-te a ti ,
e prometo ser-te fiel,
amar-te e respeitar-te,
na alegria e na tristeza,
na saúde e na doença,
todos os dias da nossa vida.
Há verdadeiramente pessoas que, mesmo não as conhecendo, nos servem como exemplo a não seguir.

Pergunto-me se uma doença degenerativa é motivo de exclusão/ motivo plausível para a anulação de um casamento. Não deixa de ser doença e como tal, como diz acima, deve ser levada a cabo pelas duas partes, unidas.
A minha raiva não é pelo facto de irem contra os votos do direito canónico, mas sim pela falta de tolerância, amor, compaixão e, sobretudo, solidariedade, que é propícia desta época, para não falar que me repugna o facto de saber que alguém pode virar as costas nestes termos.
Que fique claro que o que me fere não é irem contra a ideologia/ sacramento/ regras da igreja, mas sim, irem contra valores, que devem ser a cabeça, tronco e membros de uma sociedade.
Pode ser o sentimento do fim de ano a falar mais alto, expressando o meu descontentamento dos comportamentos. Ou, simplesmente, falta de compreensão da minha parte… ( ironicamente, claro).

sábado, dezembro 27, 2008

4 Meses


Matilde
Há momentos que nos dão forças para viver.

Ontem, jantei com amigos, de há longa data, que mal nos vimos, envolvemo-nos num abraço antiético (nostalgia / felicidade).
O jantar durou horas, numa das pequenas delícias da Sé, com momentos de gargalhadas compreendidas nos olhares e momentos do passado.
Pessoas que construíram uma base sólida de anos de amizade, que mesmo com os pequenos atritos, soubemos contornar os interesses e levamos a bom porto as nossas relações.
O clímax da noite cingiu-se na despedida, de ventos gélidos que contornavam as esquinas da Sé. Sorri, pus as minhas mãos na barriga da A. e desejei-lhe sorte para a vida da Matilde, com apenas 4 meses de gestação. Agora espero, ansioso, por Maio, para poder tê-la nos braços, olhá-la nos olhos de azeitona e ensiná-la a chamar-me Glau-Glau.

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Die Natali










E lá vai mas um Natal.

Confesso que estive muito receoso, por motivos muito particulares, que tocam a organização de uma cultura e um estado de espírito que me é muito particular, mas tudo correu na perfeição.
Romai Romani, ou não seria eu de clássicas!
Com o tempo vamos deixando de mesquinhices. Adaptamo-nos. Afinal a época é propícia à tolerância e à união.
A noite correu na perfeição ( existindo), com a ajuda de umas valentes taças de que me são muito peculiares. Bebe-se, convive-se, deixa-se a pele arrepiar pela saudade dos que não estão e pela cumplicidade dos presentes.
Houve partilha, num encontro de mãos apertadas.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Feliz Aniversário ( atrasados, eu sei)




(...) Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas... (...)
Eugénio de Andrade

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Vale o que vale

A propósito de filmes, há duas noites vi o American History X.
Igualmente recomendado como tantos outros, contudo, o seu sentido de oportunidade pode ligar-se às eleições, fresquinhas, dos USA. Pondo-nos a pensar nas incríveis ideologias racistas, direccionadas ao grupo dos skinheads.
A película não aborda, na totalidade, a irmandade, foca um caso especial, muito parecido com tantos outros, que nos enchem algumas páginas de Internet e são alvo de várias criticas.
O surpreendente do filme, ao meu ver, é a ideia de herói, protagonizado, claro, pela personagem principal, que através da dor, associada à consciência dos seus erros, luta, com a ajuda intrínseca das suas vivências/erros, por um ideal de purificação/ salvação. Tal facto é atingido no fim, mas como tudo na vida, pagamos sempre mais tarde pelos nossos erros.
A catarse verifica-se e o pathos também. Isso se quisermos comparar , paralelamente, o filme como uma tragédia ,à maneira grega.
Bom resto de sexta.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Pessoas

Há pessoas que aparecem nas nossas vidas do nada, outras são trazidas pelas mãos de outras pessoas. Há pessoas que nos preenchem, outras, nos desiludem.
Há dias, conversava com uma amiga sobre isso. Aliás, não foi uma conversa, foi um desabafo: Há pessoas que aparecem nas nossas vidas e podemos tirar partido delas. Falo de um partido de vivências, carinhos, cumplicidades e afectos. Pessoas que são um partido, ou parte de nós, mesmo que de forma ténue e breve.
Há pessoas e pessoas e há tanto verbo “haver”…
É na diferença das pessoas que aparecem a nossa frente que eu queria chegar. Há outras que são trazidas pelas mãos de pessoas amigas e, por norma, deveriam revelar-se merecedoras de alguma admiração. Infelizmente tal não se verifica.
Há pessoas que nos desiludem e com o tempo, fazem parte da nossa linha da vida como exemplos. Exemplos a não seguirem, claro.

 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...