domingo, janeiro 31, 2010

Audácia

Modo(s) de Apresentação do discurso

Descrição
a) do narrador:
"criatura de quatorze anos, alta, forte e cheia, apertada em um vestido de chita, meio desbotado. Os cabelos grossos, feitos em duas tranças, com as pontas atadas uma à outra, à moda do tempo, desciam-lhe pelas costas. Morena, olhos claros e grandes, nariz reto e comprido, tinha a boca fina e o queixo largo. As mãos, a despeito de alguns ofícios rudes, eram curadas com amor; não cheirava a sabões finos nem águas de toucador, mas com água do poço e sabão comum trazia-as sem mácula. Calçava sapatos de duraque, rasos e velhos, a que ela mesma dera alguns pontos".
b) da personagem - Dom Casmurro:
"olhos de cigana oblíqua e dissimulada" ou "olhos de ressaca".
Dom Casmurro, Machado de Assis

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Ciranda, onde andam as Capitus?

Espoir

Farto de fanatismos baratos e de comportamentos despidos, onde a consciência não é um beijo louco, mas sim diálogos sem nexo e erros gramaticais propositados.
Cansa-me a noite sem objectivos.
Cansa-me o desespero pouco sentimental.
Cansa-me. Simplesmentes, cansa-me.
Por isso, fecho os olhos e teletransporto-me para o meu subconsciente, na esperança do completo.
Abraças-me e encontro-te com beijos e sentimentos atemporais, que sabes quanto os anseio, que, por vezes, trono-me neutro nas minhas atitudes, abrindo-te a porta e chamando-te Esperança.

Subordinação: temporais

Não há motivos par ter rosas nas mãos, quando sei que o sentimento que tens é tão leve quanto o vendo das manhãs. Não há motivos para festividades, quando sei que sentes o o fazio de um caixão na ausência de um corpo frio e vão.
As rosas ficarão a secar, nas minhas mãos, enquanto sinto a minha alma, sombria e gélida, a desvanecer.

sábado, janeiro 30, 2010

Sábado

Tenho de fazer um texto ficcional sobre a República, contudo só me apetece ronha, sofá e gentes. Basicamente, andar de um lado para o outro, sem nada complexo para pensar.
O tema é fascinante, imagino-me, no dia do regicídio, na cama com alguém, sem muita necessidade para pensar, só, basicamente, agindo, de forma completa e directa.
Vou almoçar, antes que me batam.

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Bullying

Quando entrei na escola, tivemos uma sensibilização acerca das problemáticas que abraçavam, d e forma menos acolhedora, o bairro e os nossos miúdos.
Falámos de pobreza, violência doméstica, violações, droga, desmotivação escolar, bullying...
De facto, vejo muitos destes problemas nos olhos, nos cadrernos desorganizados, nas vozes trémulas, nas mochilas vazias e nalguns receios que deixam transparecer.
Hoje, há meia hora atrás, um membro da direcção foi buscar um dos meus periquitos. Ele olhou-me com ar de caso, perguntou-me o que seria e eu, na minha forma de ser, disse-lhe: é para conheceres o pavilhão principal, não te preocupes.
Ele é, de longe, um menino do Egípto. Farta-se de falar sobre aquele mundo dos senhores de lado. Dos dourados, das pirâmides. É amoroso, simpático, educado, empenhado e está a sofrer de bullying.
Estou mais do que estragado, sabendo que está aqui, na sala do lado, a falar com o Sr. da PSP.
O DT está aqui preocupado, a falar com a profª do EE.
Stress.

quarta-feira, janeiro 27, 2010

:)




Gosto cada vez mais.

Funff!

Quarta livre

Como estive liberto de reuniões, aproveitei a tarde não para planificar, mas sim para dar uma volta.
O sol fazia-se sentir e só me apetecia o Tejo. A imagem era para um próximo 9º ano, como forma de motivação à leitura d' Os Lusíadas, mas nada melhor do que as Tágides para acompanhar a caminhada, sobre a ponte de madeira, ao vê-lo a bater, de forma consistênte. O vento também estava frenético e o frio fazia-se sentir, o que me fez apertar o casaco, passar pelo Oceanário pedir um café, amargo e queimado. Lá, o sol aquecia mais, a medida que a conversa desdobrava-se para a política, para a educação e para os valores que parecem estar cada vez mais esquecidos.
Uma tarde! Não como todas as outras que fico em casa, com as calças do pijama, na ronha quente e sofrega.
Os dias têm e devem ser assim. Completos, como beijos apertados a saber a chá de menta-canela.
Que as Tágides se mantenham durante muito tempo, pois é preciso inspiração para sermos cada vez mais criativos na vida.

Logo pela manhã...

- Bom dia! Almoças cá?
- Porque?
- Reunião do PNL...
- Sério? Ainda não acordei, pergunta-me novamente.
- PARA A SEMANA temos reunião do PNL, não te esqueças.
- Ah, sim, PARA A SEMANA...


E lá fui tomar o meu café, com o peito leve, sem que o sol fique ciumento.

terça-feira, janeiro 26, 2010

O meu nome é

"Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
vive uma louca chamada Esperança e ela pensa que,
quando todas as sirenes, todas as buzinas,
todos os reco-recos tocarem atira-se e...

- Ó delicioso vôo !

Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
outra vez criança... e em torno dela indagará o povo:
- Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes ?

E ela lhes dirá (É preciso dizer-lhes tudo de novo !)
Ela lhes dirá bem devagarinho,
para que não esqueçam:

—O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Mário Quintana

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Simplesmente, delicioso, como os meus dias.

Está cá um clima...

Oiço sobre o orçamento de estado e já fico tenho vómitos.
Onde andam as boas notícias?
Vou dar uma volta e comer um gelado.

Coisas

Os dias têm sido completos, cheios, como gosto. Sim, estou a falar de trabalho. Mas se queres saber, também nos meus relacionamentos pessoais. Sabes que te digo tudo.
Na semana passada, fiz a minha primeira apresentação formal para uma disciplina do Mestrado. Sinti-me mais preparado quando estou a ensinar Português, aquilo que gosto, se me entendes. Contudo, correu bem. Sentei-me na mesa da docente e falei como se estivesse num café, sobre as medidas educativas, sobre a patologia. Utilizando metáforas e eufemismos.
De seguida, assisti a uma formação sobre os Novos Programas do Português, onde a línguística dura entrava-me pelos ouvidos, como há anos atrás. Desdobrou-se Pragmática ao lado da Didáctica, falou-se de Saussure. Que saudades tinha de ouvir coisas complicadas.
Quinta vou a uma visita de estudo ao Museu de Arq. de Ondrinhas. Vou cheirar o meu Latim, vou ouvir e ver a cultura clássica no nosso território e vou ver os meus meninos do 5º A a descobrirem os primórdios da nossa essência. Já levam alguns conhecimentos das aulas de Português, pois o "stôr pitt bull", sempre que pode, dá uns toques no latim, explicando a origem das nossas palavras. É inevitável, faz parte de mim e eles gostam. E quando as palavras são de origem grega? Eles passam tudo, até os acentos ásperos/ espíritos põem em cima das vogais. Por falar neles, entraram aqui agora. Vieram dizer um olá. De facto, é uma das minhas melhores turmas. Não falo só por interesse, por conhecimentos académicos, mas sim por relações que criam entre eles e entre os professores. São amorosos. Possuem valores. Estão 5 sentados, a estudarem para o teste de história! Reclamam! A C. e a C. refilam. A E. olha atenta, o V. aponta tudo e o G., o meu G., como sempre, desorganizado na sua inteligência!
Tenho na mesma mesa que eu uma colega de História, que corta e recorta informações sobre as Comemorações do Centenário da República. Pergunta-me coisas, investigo, vomito e volto para o meu trabalho.
O meu 5º C também anda aqui. Já me vieram chatear por causa da Ficha de Leitura. Vale 30% . Andam feitos doidos. São muito desorganizados. Refilam, falam alto e eu mando, de dois em dois minutos um "SHHHHIUUUUU!!!
Vou tomar café e preparar-me para uma hora de seca: AE.
F
U
I
I
I
I

Moi, je même!

Criei este blog em 2006, quando era estagiário e a vida não me corria bem, por vários motivos:
- uma coordenadora filha da puta;
- uma terra maldita;
- um cancro;
- fim de uma relação;
- fim da licenciatura.
De facto as coisas não me sorriam, mas com calma, força e amor-prórpio, consegui sobreviver, dar volta às adversidades e brilhar um bocadinho.
Hoje as coisas mudaram, considerevalmente, mas sei que nem tudo na vida perdura. Sei que poderá haver altos e baixos, para mim, para os meus ou para os que foram meus, mas que, de forma saudosa, os recordo.
Não tenho intenção de magoar, ferir, ir contra sentimentos e objectivos de ninguém. Quero, simplesmentes, seguir o meu rumo e deixar de parte, todo e qualquer peso, à beira da margem mais próxima que me possa surgir.
Cá estarei para escrever os meus pensamentos, um pouco dos meus dias, muita da minha ficção.
Os meus sentimentos?
Mas quem vos disse que eu tenho sentimentos?
Sou cabrão e só me amo a mim mesmo.
( Ficção?)

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Cansado

Já não aguento os telejornais.

Segunda



Não dormi bem a noite toda. Acordei de 30 em 30 minutos. Hábitos antigos...

Acordei, arrastei-me e fiz uma substituição, de forma amigável. Deu para rir com os miúdos e ver um pouco o sol. O regresso soube-me muito bem, mas não dormi.

Acabei por almoçar no IKEA. Ajudei a montar uma secretária e uma cadeia, estive mais de 1h no trânsito e agora termino de lançar umas notas. Vou rever uns textos para história e depois fazer um longo Ó Ó.

O fundo da cama é fantástico, né? Não vejo a hora!

domingo, janeiro 24, 2010

FDS


O sábado foi sempre a correr:
- 9h 30 Apresentação de um trabalho ( Odivelas)
- 10h Formação sobre os Novos Programas de LP na ( Praça de Espanha).
Como consegui? Só Deus sabe. Contudo, parece que correu bem. Falei de Eça para a concepção do indivíduo( as do 1º ciclo n perceberam... Deus tenha piedade delas!); da grávidas que abusam da "branca" e do pai que "está lá dentro".
Depois, fui almoçar com a I., encontrar-me com a M., dar uma volta pelo Chiado e tomar um café no Amo-te.
Hoje?
O dia ainda não começou para mim ;)

terça-feira, janeiro 19, 2010

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Os amantes sem dinheiro

Tinham fome e sede como os bichos,
e silêncio
à roda dos seus passos.
Mas a cada gesto que faziam
um pássaro nascia dos seus dedos
e deslumbrado penetrava nos espaços.
    Eugénio de Andrade
 
Há pessoas que gostava de ter conhecido, ouvido a voz, vinda de frente, directa aos meus ouvidos. 

O 1º

Estive feito trabalhador a agrafar e a furar os testes até às 16h30 e quando vinha almoçar, ouvi um berro, vindo da direcção. Fui, firme e hirto. Recebi algumas indicações e passado alguns momentos, recebi na minha caixa de mail o 1º documento com o devido título.
A dor da fome desapareceu. Saí, fumei um cigarro na paragem e pensei no caminho que iria percorrer. Não tive medo, tive prazer.
Agora, ando aqui a formatar umas coisas para sábado e só penso nas férias do Carnaval. Quero um sítio com luz, água e conforto. Poderia dispensar o conforto, mas não seria eu. Há uns meses, estive na Barragem do Azibo, em Macedo de Cavaleiros. Gostaria de voltar. A água era limpa, o sítio era fantástico, com uma imagem natural que me fez fechar o portátil e esquecer o concurso durante largas horas.
Quero luz, água e conforto. A luz pode vir de mãos dadas ao sol; A água, possívelmente não será muito quente; O Conforto é um desejo.

Segunda (in)paciente.

Decidi vir no meu dia livre para pôr os testes a imprimir e, até agora, espero por eles.

Ainda não almocei, não tinho paciência, pois apetece-me comer em casa, confortável e sem a obrigatoriedade de voltar para cá. Como tal, espero, olhando para os meninos que entram e saem da biblioteca. Da janela, vejo-os a correr. Gritam como doidos. Têm só 1h de almoço. 1h para comerem, para brincarem e porem a conversa em dia. 1h...

Onde é que fica o tempo para conviverem, bricarem e fazerem as barbaridades próprias da idade? A escola, nos dias que correm, é quase que um espaço limitado aos toques, aulas e regras. Sou a favor delas, mas também dos interesses dos garotos e de tudo aquilo que têm de fazer nesta idade.

Como eles, também tenho o meu tempo limitado. Arranjo horas, multiplico-as, por vezes descanso pouco. Coisas que me põem a pensar, não de forma negativa, muito pelo contrário. Contudo, não sou garoto. Não tenho tanta energia e criatividade.

Vou esperar por mais um bocado, depois meto-me no carro e não saio do sofá. A trabalhar, claro.

domingo, janeiro 17, 2010

Deficiência Mental

Mais um trabalho, mais uma noite a ler, escrever e a pensar em estratégias.
O objectivo é fazer um PEI a uma criança que tenho. A mamã não largou a coca, preferiu largá-lo, depois de nascer, em casa dos avós.
Resultado?

- Défice Cognitivo;
- Pertubações Emocionais.
Inicialmente não achei muita piada ao caso. Confesso que não gosto muito de tratar das fragilidades, das problemáticas cognitivas/ motoras. A minha onda é da inclusão, a filosofia da igualdade. Contudo, segundo o 3/2008 e segundo a tudo aquilo que acredito, decidi abordar alguém que conhecia e uma temática menos forte. O R. tem um Curriculo Funcional. Terá um futuro prático, ao contrário da sua cabecinha durante todos estes anos.
Vou passar o processo para o PC, pois a problemática o pó branco já está toda feita.
Por isso, quem quiser passar cá por casa... que traga café ;)

Sorte

Nuvens? De vez em quando. Quem não as tem?

Fui

Não há motivo(s) para ficar em casa.

sábado, janeiro 16, 2010

Dias assim

A semana foi pesada, cansativa, molhada e fria. Desconfortável, mas com a certeza de que tinha tudo feito. Bem feito.
Hoje, ao fim das aulas e das várias características e estratégias para a espinha bífida, vim a correr para casa. Havia sono, pouca paciência, dores de garganta e muito trabalho. Poucos momentos de graça, muitos de marasmo.

Fiz os testes . Só faltam sair da impressora. Mas só na segunda, pois hoje e amanhã não toco em mais nada, como combinado e prometido. Amanhã passo a tarde a olhar para o tecto. Se calhar vou ao Chiado. Se calhar vou ao Parque das Nações.

O tempo, a falta de paciência, o trabalho, em demasia, fazem-nos falar de qualquer maneira, olhar de forma pouco simpática e ter pouca atenção do que se diz, e até, no que se quer pensar. Por isso, tenho de arranjar forma de alterar o meu comportamento, abstraindo-me dos momentos de mofo e humidade.


Também sinto-me com pouca concentração, mas esforço-me.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Já é oficial

Tive hoje 9 blocos de 45min, todos os meus níveis e turmas, basicamente estou morto, mas como o previsto aconteceu, sinto-me feliz.
Contudo, há pequenas coisas que ficam, coisas que nos deixam no canto, sem muita paciência por ser demasiadamente emotivo.

Agora vejo o noticiário e só aparecem mortos, notícias de ausência de água, comida e luz. Réplicas que aparecem no Haiti.
Vou fumar um cigarro, sem paciência para pensar num trabalho, nas coisas que oiço e leio.

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Menos uma

Já não bastava ter que me arrastar a tarde toda para uma Reunião de Departamento e ainda ter que fazer a acta?
Já está feita, só falta imprimir, assinar e entregar .

Agora?
Programar as aulas de amanhã, jantar e logo se vê.

Quarta

Há reunião.
Espero...
Se paciência,
Com frio,
Sono
E outras coisas mais.

Não quero pensar,
Quero dormir,
Com a manta sobre os pés.

terça-feira, janeiro 12, 2010

Igualdade

Amanhã entro num segundo conto da obra indicada, na minha turma do 6º.
O autor vai falar com os nossos meninos e nada melhor do que eles conhecerem algumas coisas que escreve, pensa e acredita.
É muito filosófico, mas asservito, recorrendo metáforas tão presentes.
Como achei que uma das minhas turmas do 5º compreenderia, arrisquei a análise de um dos textos. Fizeram composições sobre as desigualdades e os benefícios que uma comunidade coloria lhes poderia trazer. Os textos estavam óptimos. Claro que possuíam erros na construção frásica, mas o valorizado foi o sentido.
É interessante trabalhar a temática com eles, pois são pequenos e dizem o que sentem. Por vezes fico parvo, pensando na capacidade discursiva deles. Acreditam e têm valores, apostam nos sentimentos da solidariedade e, sobretudo, no direito à felicidade, independentemente da cor, raça ou religião.
Há sementes.

Dias

Só me apetece ficar na cama, sem fazer nada, contudo, planifico as aulas de amanhã e penso. Penso muito. Penso, infinitamente, até ficar cansado, a ouvir a música no i-pod.

Terça húmida

O título pode parecer o de um conto erótico, mas infelizmente não é, por motivos vários e porque, neste momento, não é preiciso estar excitado para estar molhado.
Maldita chuva, maldita água que me entrou a noite toda pela janela da cozinha e que montou uma piscina olímpica.
Respirei fundo, fingi que não vi o espelho sobre a tijoleira, tomei um banho, vesti-me e vim para a escola falar sobre a Arte manuelina. Quando cheguei, fiquei mais chateado do que com a minha piscina. Os miúdos estavam e estão compeltamente molhados, frios e pouco confortáveis. Sempre achei que a minha escola tinha boas condições, mas, após noite e manhã apoteótica, vejo que o aquecimento central seria uma grande ajuda nestes dias, nem que seja para secarmos os casacos dos meninos, o chão das salas e nós!
Tenho os pés frios, as calças molhadas ( nas pernas, entenda-se) e muita paciência para ouvir:

Está frio, professor, tenho tudo molhado!
Neste momento, todos somos vítimas de S. Pedro.

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Madrugada e Manhã

Ao jantar, decidi ir ao sushi, pois não me apetecia nada pesado e como estava sem paciência de ficar no fogão, meti-me no carro e fui comer uns califórnias.
Quando cheguei, havia muito pouco à escolha. Domingo à noite não é uma boa altura de se comer nada que já esteja feito. Principlamente coisas que tenham de ser cortadas na hora e que tenham maionese. Mas como os olhos comiam mais do que a barriga e só me apetecia aquilo e arrisquei.
Vim para casa cheio, feito o garfield. Tomei um chá, passei uma noite a transpirar... a manhã foi um pouco intensa, até a correr. O frio não ajudou.
Agora ando aqui cheio de chá, na cama, a tratar um PEI sobre os problemas do Défice de Aprendizagem de crianças com progenitores-consumidores de drogas. O tema é muito interessante, mas os parágrafos não correm, pois tenho, de meia em meia hora, de me levantar.

Vou preparar uma paresentação da Arte manuelina e depois esperar pela conferência na ESE: A Astrologia no Contexto d' Os Lusíadas.

Que melhore até lá, para que consiga pensar no próximo fim-de-semana.
Não me arrependo de nada.

domingo, janeiro 10, 2010

Dimanche

O meu pai telefonou-me dizendo que lá nevava e que todos estavam na rua a tirar fotos. Senti saudades, não do frio, não da neve, não do meu pai, mas de um conjunto de coisas.
O frio, por cá, faz-se sentir com uma chuva irritante e maldita que teima em bater na janela da sala, deixando a casa escura.
O almoço foi almondegas, arroz basmati e bróculos com natas.
Agora fico pelo sofá a escrever, a mandar mensagens, pouco racionais, a espera de respostas ou de que tempo passe sem pressa.

sábado, janeiro 09, 2010

(Re)leitura

"... tinha suspirado, tinha beijado (..) devotamente! (..) e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima (...) e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!"

Não querendo deturpar o texto de Eça, acho que fica melhor assim, adaptando-o às circunstâncias.

Há sol, apetece-me sushi, num sítio com gente, com sol.

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Sexta

Ontem enviei um trabalho sobre a Inclusão nas Escolas. O penúltimo do semestre.
Amanhã começo a pensar no meu PEI e nas doenças relativas aos abusos de drogas, nomeadamente as que afectam o bom desenvolvimento cognitivo. O tema é muito sugestivo, o caso é real e da minha sala de um 6º ano. A vontade de começar é nenhuma, pois o frio mantém-se e tenho coisas programadas.
Não sei se vou ter paciência para começar, pois a semana foi muito cheia e ainda tenho a cabeça em água e as mãos frias para investigar. Não quero ler. Não quero escrever. Quero, somente, que o fim-de-semana passe lentamente e seja confortável. Devo ter mais de 15 dias para o entregar e isso é, aos meus olhos, um pecado. Um pecado de papéis em cima da minha mesa a ganharem pó.
Vou por-me a andar, pois há coisas mais agradáveis para fazer, mas antes vou fumar um cigarro, depois, lavar os dentes e, de seguida, abrir a porta.

Il fait froid

Eu andava enganado quando pensava que cá fazia menos frio do que lá.
Sé me apetece comprar mais camisolas, casacos e meias, meter-me no sofá, junto da minha botija de água quente e ver o tempo passar.
Parece-me que o fim-de-semana vai ser frio. Inicialmente, pensei que houvesse sol, mas há pouco ouvi a chuva a bater na janela e todos os meus planos foram por água abaixo. Terei o que fazer, mas por outras bandas, com um guarda-chuva e as botas calçadas...

PNL


Ainda não sei como avaliar estar semana.
É claro que não posso deixar passar algumas coisas de lado, nem esquecer alguns momentos que, felizmente, fazem parte de um ciclo positivo.
As aulas correram. Algumas na perfeição, outras com algumas dores de cabeça e berros pelo meio. Coisas que fazem parte da profissão que escolhi.
Houve reuniões, três seguidas. Na de LP, ficou estipulado a obrigatoriedade do PNL e o seu valor, indo ao encontro da filosofia do ler bem e mais, para que consigamos incutir hábitos, cativar e apaixonar as nossas crianças pelo poder que as letras podem tomar e, principalmente, da capacidade de sermos bons falantes. Para tal, criaram uma espécie de sub-departamento, com um coordenador.
Assim, o PNL arranca, de forma mais funcional e proactiva. Esperemos que todos consigam concluir os objectos.
Quanto à mim, espero, paicientemente, o que me disseram ao ouvido. Será uma tarefa dura, mas que me dará imenso prazer.
Trabalhar, tabalhar, trabalhar, ler muito e mais, ensinar, cativar e colher frutos!
Bom fim-de-semana.

quarta-feira, janeiro 06, 2010

Duas 2h

Vim, como habitualmente venho, às 8h, para entrar aos 15 min. Um momento de café e conversas triviais.
Esperei o toque, fiquei sentado na mesa redonda, a espera que o telefone tocasse a procura de um substituto. Fiquei sentado, não havia substituições. De seguida teria Apoio. Esperei, procurei o menino pelo pátio e voltei, sem paciência, da a chuva e do frio. Fiquei, novamente, sentado, a converar.
Agora vou ter A Turma. Aquela que me dá prazer. Onde gostam de ler, fazer perguntas. Reclamam por escrever muito no quadro, mas os cadernos ficam bonitos. Alguns mais do que outros, é verdade. Discutem, refilam, por vezes gritam, mas vejo que têm grilos. Aqueles do Pinóquio que os fazem, rapidamente, compreenderem o erro. O certo. O errado. Os valores.
Vou!

terça-feira, janeiro 05, 2010

Para sublinhar

Há leituras que nos fazem compreender, de forma simples, o quão complicado podem ser as coisas.

(...) para mim é como se estivesse a fazer uma viagem de comboio e a parar nas estações que me interessam (...) ontem parei na tua e decidi ficar para conhecer.

2º Período

Já tinha saudades de falar para as minhas turmas, de os mandar calar, e estarem mais atentos, e ensinar, vendo-lhes nos olhos algum, ou até mesmo, pouco interesse.
O dia começou bem, agora tenho mais 4 tempos. Já me afoguei de café, pois, nas férias, a máquina ficou praticamente desligada.
Pela POC as pessoas beijam, abraçam e desejam Bom Ano, numa simpatia estranha, própria do período, da mudança.
Tolerância, afecto e força. É assim que ambiciono este 2º Período, este novo ciclo.

(...)

- E resto do ano?
- Por períodos, sim? Pois a minha cabeça não dá para tudo.

sexta-feira, janeiro 01, 2010

For '10

Com menos confusão do que o habitual, esta passagem foi em família e amigos. Não houve saltos, gritos, beijos frenéticos, fotos em jornais ( sim, no ano passado vim na capa central com a P, o T. e a F.). Foi, simplesmente, uma noite completa, mas não agitada.
Opções, escolhas e, se calhar, circunstâncias que nos fazem escolher caminhos para que todos estejam bem.
Já tenho, novamente, a casa cheia, o frio continua lá fora e nós comemoramos o '10.
Concretizações sócio-profissinais, afectivas. Sejam felizes, pois vou tentar fazer o mesmo. Não conseguindo, abro outras portas e janelas. Não para escolher caminhos, mas, sim, para deixar entrar um pouco de ar, respirar fundo e continuar o meu caminho traçado. Parece-me que o caminho será longo, contudo não é sinónimo de dificuldades.
Para os que precisarem, estarei aqui, mais ou menos presente.
Valete*

 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...