sábado, abril 29, 2006

Regresso em grande:


-estacionar;
-descarregar o carro;
-ver os meus pais;
-jantar decentemente;
-relaxar da viagem;
-dançar até as tantas.

Pessoas agradáveis e menos agradáveis cotovelavam- se no canto da mesa de mistura… olhares mais atentos, ares críticos, sorrisos, engates, beijos, movimentos ao som da música, olhos fechados – sim, sou previsível -, conversas ao ouvido, copos envergados!
Novos contactos, novas caras, nada de amigos! Pelo menos novos. Algumas antigas pessoas queridas – agradeço ser agora “Iluminado”, Senhor! – que, felizmente, mantiveram-se afastadas, mas arranhavam-me as costas com os olhos! O que fazer? Ignorar? Rejeitar? Não… simplesmente deixá-las viver!

Coisas menos positivas:

Uma das infindáveis coisas que detesto são os comentários infelizes e quem diz me conhecer, sabe-o! Para que desculpas? Para que perdão? Calem-se, guardem, queimem e desapareçam com as observações pouco racionais. Não percam tempo, não desiludam as pessoas.
Nada é perfeito :)


Hoje há planos, traduções e muita televisão pela frente!

quinta-feira, abril 27, 2006

The day!

Uma noite leve, acolhedora entre os ventos que vinham da janela, para passarem, docemente, nas minhas costas… preguiça de puxar a coberta… desejo e comodismo!
Acordar, ver as mensagens que foram abandonadas pelo sono pesado, tomar um banho com água semi-fria, alimentar-me - sumo de laranja, fruta e fibra – e tomar algo preto para animar o corpo, que ainda teimava manifestar-se com bocejos.
Bastou atravessar a tua… ter uma visão… subir as escadas para toda a leveza do dia desmoronar-se:
REUNIÃO DE ESTÁGIO!
Chicotes no lombo e muito sangue nas paredes do gabinete, que por sinal já me enoja… Parecia uma autêntica representação da sociedade romana… tipo início do Cristianismo… estão a ver?! Chicotes, carne, sangue, só não houve choro, claro, não é preciso tanto realismo cinematográfico… Piadinhas, comentários menos agradáveis. ENFIM… o toque deu, fomos libertados… mas ainda falta a Cruz, ela não tarda…
Coroa de espinhos?! Sim… tenho uma, é o meu estágio-maravilha!
Se tenho dor?! Já não! Rio-me das figuras, rio-me das pessoas que tentam ser perdigueiras e vingadoras.Amanhã dói duas aulas, se calhar… se apetecer…

Boa quinta!

segunda-feira, abril 24, 2006

Que toquem Bob !


Sim, estive ontem por volta das 2h da manhã a dar uma olhadela no meu trabalho de Seminário de Linguística Portuguesa, algo sobre a Coordenação e a Subordinação. Um estudo sobre a melhor maneira de abordar o tema nas aulas de Língua Portuguesa…
Se o documento é interessante?! Sim, parece-me…
Se apresentei-o com o grupo?!
NÃO! A professora faltou e tive que gramar com uma aula de Morfologia, nomeadamente sobre os processos de formação de palavras! Foram duas horas e tal lá dentro… nada contra o professor e a matéria, mas PLEAZE!
Voltei para casa, almocei e atirei-me para o sofá, dormindo cerca de duas horas. Depois estudei as aulas desta semana, contra a parede, no jardim, na churrasqueira, no terraço e já nem sei aonde!
Se vou ficar em casa a estudar mais um bocado?
NÃO SOU PARVO! Vou para a Sé e depois NB. Há coisas e pessoas que não podem esperar. Vivo “muito à navalha”, segundo disseram-me. Se tenho a fama, também quero o proveito!
Amanhã tenho todo o tempo do mundo para Sophia e se não tiver… ARRANJO!


NEW GENERATION! - quem quiser que me siga...

sábado, abril 22, 2006

6 da manhã!


Coisa essencial para saber sobre a voz passiva é que tal só é possível com verbos transitivos, ora muito bem, o que são verbos transitivos?!

CALEM-ME, LEVEM-ME PARA O MEIO DA PISTA!

A noite foi assim, no início na bordinha da pista, a bater com a pontinha pé na madeira, sucessivamente vieram músicas, musicas e mais músicas… pessoas, com sorrisos, manifestações de saudades quando seguravam-me no braço a perguntarem como estava e sucessivas gargalhadas, ora por ver um bando de azeiteiros com fios de ouro, ou por ver belas ancas a gingarem ao som do “you so sexy”…
Ritual fulcral: beber de olhos fechados – água, sumo ou cerveja - a espera que música entre dentro de nós e nos bata, bem no fundo, e nos faça estremecer, vibrar, levantar os braços no meio da multidão enlouquecida!
Deixem-me viver, deixem-me aproveitar, deixem-me saborear a cerveja com batidas afro-americanas… podem empurrar, mas jamais me ponham a mão no ombro e peçam lume, detesto que me desconcentrem, que me cortem o meu estado de extasy!
Movimentos articulados e simetricamente desenhados no ar… prazer maior existirá? Não comento, claro que há, mas de momento é isso que me faz feliz.
Um dia, uma aula de Introdução aos Estudos Linguísticos, a minha querida “tia Luisinha” disse-nos:

- Vocês um dia acabam surdos com tanta música das discotecas!
Ó “tia Luisinha”, que fique surdo, mas feliz! Se um dia se metesse ao lado de uma daquelas colunas da minha altura -1.83mts- não iria querer outra coisa… iria descomprimir e esquecer por horas a linguística, os forais, as evoluções fonéticas e o “Adendix Probi”.

VIVAM… com música ou sem ela!
Convém salientar que não é obrigatório companhia… se ela estiver do nosso lado… AINDA MELHOR ! (:P)

Bom sábado!

sexta-feira, abril 21, 2006

O dia está a meio, a meio!

Que ventania foi aquela durante toda a noite?! Os deuses deviam estar a discutirem, não é normal… deixem os pobres mortais dormirem no sossego, por favor! Eu até nem tenho problemas em dormir… mas tive que me levantar a meio da noite para fechar a janela, pois a corrente de ar atiçava a porta, que estava frenética e estupidamente aterrorizava-me a noite! Bastou levantar-me correr a janela… a estúpida da porta calou-se… deve ter ficado amuada… não tive pena, como é claro!
O dia está a correr … deve ser pela minha boa-disposição, diga-se de passagem! Levantei-me, tomei o meu banho diário – por favor, tomem banho todos os dias, é fulcral – e rumei para o “Príncipe”, que curiosamente um dia foi “Princepe” – muito latim os habitantes do ermo consomem! E vim eu para a “Escolinha”… e com quem eu me deparo…?! Com a Coordenadora, que curiosamente agora é denominada “orientadora da Universidade” - tantas mudanças terminológicas, serão mesmo necessárias, ou será que o ministério não tem mais nada para fazer? ! Já não via o sorriso da “Pietas - de “pietas, pietatis”, carinhosamente, claro - há muito tempo! É disso que tenho saudades, meus leitores… DE SORRISOS, DE SORRISOS RASGADOS!!!!!!!!!!!

Vou almoçar, tenho fome, tenho desejos de hambúrgueres, batatas e Coca-Cola! Dieta? Sim, sim, fica para a janta.

HANGAR, eu não me esqueci de ti, minha querida!

quinta-feira, abril 20, 2006


Por vezes minha cabeça encontra-se leve… Sem preocupações, sem dores e com muito espaço. Como detesto esta forma de aproveitar a vida… deve ser de tanto verde, ovelhas e pedras… Raio de bucolismo que já me enoja!!
Onde estão os dias de Verão cheios de calor, ardor, areia e falta de tempo?!
Não reclamo dos meus dias, muito pelo contrário… reclamo da falta de sorriso, das peles bronzeadas, dos senhores a venderem bolas –de-Berlim, oleosas e açucaradas, das ondas a serem cortadas pelos estrangeiros, das pedras negras cheias de espuma, dos barcos no fim do horizonte, dos top less, das marcas do biquini, das paixões avassaladoras de verão, dos gelados nos meus lábios cortados pelo sal e, sobretudo, das sonecas a ouvir as ondas.
Tantas coisas para tão pouco tempo de Verão… compactadas e fortes, quentes e douradoras na minha memória. Vinde Verão, vinde!

Amanhã regresso, com passagem obrigatória à Hangar. Quem quiser que me siga, ou me encontre lá dentro!
Abraço a todos!

quarta-feira, abril 19, 2006

Dúvidas ...

Seria um verdadeiro disparate se dissesse que as mensagens que manifestam carinho não mexem comigo… MENTIRA! Elas mexem, mas eu não entendo porque essa indecisão e essa preocupação de demonstrares que ainda me amas e de que tens saudades dos meus braços… SERÁ VERDADE?
Dúvidas e mais dúvidas assombram-me a noite. Não pelo sentimento - que por sinal está muito frio – que tenho por ti, mas sim pela dúvida e incerteza que vai na tua cabeça. Por vezes as pessoas quando se sentem sozinhas, aproximam-se dos antigos amores a procura de afecto, atenção, (com)paixão e até mesmo prazer. É assim mesmo, agimos por instinto.
Não tenho paciência para sentimentalismos baratos e frustrados, por isso, não posso acreditar nas tuas palavras… por enquanto.
Dá-me provas, não palavras… assim poderá que eu comece acreditar.

Beijos a todos, tenho saudades, falta muito pouco para sexta… eu anseio sexta ( e há quem saiba porque… ehehehe)

segunda-feira, abril 17, 2006

Lá vou eu!

As minhas férias foram fantásticas, mas nada dura para sempre... é a lei da vida, hehehe
Lá vou eu para o meu ermo para continuar o meu estágio-maravilha! É uma fase nova, diferente, com mais cor! Se ela começar a ser desbotada, abro a janela e mando um grito, tomo um banho e venho para a rua sentir o vento. VIDA NOVA, VIDA NOVA!
Bom regresso de trabalho a todos, um abraço daqueles bem fortes que dá para sentirmos o coração a bater de felicidade!
F
U
I

domingo, abril 16, 2006



Como todos os dias de Páscoa, oiço sinos pelas ruas, senhores de vermelho e crianças de branco a carregarem cartõezinhos para oferecerem aos crentes. Parece um ritual interessante e até acolhedor. Felizmente o tempo faz-me pensar e as coisas parecem que vão se iluminando a pari passu. Ora reparem - peço desculpas se ofender crentes, cristãos ou até mesmo fanáticos :


Caso não saibam ou estejam esquecidos, a cruz era considerada um instrumento de morte, desde a época dos Romanos. O meu querido povo clássico tinha por norma pregar, ou até mesmo amarrar os violadores, assaltantes e cristãos em cruzes, até a morte. Parece-me que as pessoas iam morrendo lenta e dolorosamente, com problemas respiratórios e inchaços nos membros. Um cenário horroroso, muito bem retratado n’ A Paixão de Cristo.
Basta fazermos um pouquinho de esforço mental para chegarmos à conclusão de que a cruz e era, à semelhança dos instrumentos de hoje, um aparelho de tortura e morte. O que me custa ver no dia de hoje é a falta de reflexão das pessoas a beijarem-na. Para mim seria o mesmo que beijarem um revolver calibre 38, uma cadeira eléctrica ou uma seringa de injecção letal. Sentem-se felizes e confiantes com a fé ao beijarem um antigo instrumento de morte? Eu não! Se querem beijar, beijem os familiares, começando pelos pais, avós, tios, irmãos.

Confraternizem, sintam-se amados, amem e demonstrem apreço pelos os que estão do nosso lado. Isso para não falar da higiene, pois um paninho não basta para matar as bactérias.
Não é por não beijar a cruz que faz de mim um ateu… é a minha consciência.
Peço, mais uma vez, desculpas aos católicos.


Boa Páscoa e confraternizem.

quarta-feira, abril 12, 2006

Parece que tudo está a reconstruir-se, de forma clara...
O mar faz-me bem, mesmo apreciando-o de dentro do carro... ondas "marram" - como um alemão traduziu Os Persas, de Esquilo- contra as rochas e a espuma borbulha um purificar nas covas escuras e sombrias.
Vendo isso reconheço a simplicidade que é viver: há ondas mais fortes do que outras, ondas magníficas que conseguem "marrar" contra as rochas e vingar a sua força! É o como o quotidiano de uma pessoa... há dias em que tudo parece calmo, como o mar na parte da manhã, uma calmaria que nada me dá prazer... mas há dias em que as nossas vidas estão cheias de força, como as ondas que vi. Se os dias de maré baixa parecerem uma constante na nossa vida... é só esperar, pois as ondas não tardarão... e com elas a espuma que nos clarificará a vida!
Vou por a cabeça no travesseiro verde-florescente e esperaro dia de amanhã! Tenho saudades da Ciranda, da Mj e da Martita. Estão longe, bem longe, e felizes, creio eu.

domingo, abril 09, 2006

Sai-me bem!

As coisas do coração nunca foram o meu forte… teoricamente sei os truques, os rituais e a técnicas, mas pô-los em prática… com quem? Com uma miserável que não vale o chão que eu piso? Jamais. Já o fiz uma vez… PARA NUNCA MAIS!
Para nunca mais, digo, religiosamente ( é uma mera expressão, ainda sou ateu), todos os dias, com medo de cair nas teias da paixão.
O que me chateia é o facto de telefonarem-me, mandarem-me mensagens a dizerem coisas doces e a pedirem carinho. Eu, com medo das tais teias, descarto, invento uma coisa para fazer, um compromisso, algo insólito. E o que acontece? A pareces-me tu, num dos bares que eu frequento (pareces que sentes o meu cheiro, perdigueira) com o teu ex ( sabes aquele que muito falaste mal, há cerca de duas horas no telefone), lembraste? Só te lembras daquilo que te convém, não é?
Desanda, desaparece, não quero crianças!
O que mais me dá gozo é o facto de saber que mexo contigo, afinal foste tu que deixaste o coitado para me vires cumprimentar, dar beijos aos MEUS amigos e à saída, fizeste-me sinais várias vezes na perna. Viste como eu reagi, não viste? INDIFERENÇA

O episódio do desabafo não durou mais de 45 minutos, porque eu tenho pena / vergonha destas pessoas e prefiro sair dos sítios. De seguida, fomos para outro bar muito mais agradável e simpático, com pessoas menos pesadas, sem mágoas!
Amo os meus amigos e NUNCA MAIS faço escolhas precipitadas.
Glaukwpis, pensa com o cérebro e continua assim!

sexta-feira, abril 07, 2006

Qual eterno?!

INTROITUS

Requiem arternam dona eis, Domine
et lux perpetua euceat eis.
Te decet hymus, Deus, in Sion
et tibi reddetur uotum in Ierusalem.
exaudi orationem meam,
ad Te omnis caro ueniet.

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INTRODUÇÃO

Dá-lhe o descanso eterno, Senhor,
e que a luz eterna os ilumine.
Mereces um (...), Deus, no Sion
e oferem-Te voto(s) em Jerusalém.
Escuta a minha oração,
todos os corpos vão ao Teu encontro.

Qual forma?!

Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude do muito imaginar;
Não tenho logo mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada.
Se nela está minha alma transformada,
Que mais deseja o corpo de alcançar?
Em si sómente pode descansar,
Pois consigo tal alma está liada.
Mas esta linda e pura semideia,
Que, como o acidente em seu sujeito,
Assim co'a alma minha se conforma,
Está no pensamento como ideia;[
E] o vivo e puro amor de que sou feito,
Como matéria simples busca a forma.

Luís de Camões


quarta-feira, abril 05, 2006

"Parece-me ser igual aos deuses aquele homem que, à sua frente sentado,de perto, com doces palavras, inclinando o rosto, escuta, e quando te ris, provocando o desejo; isso, eu juro, faz me com pavor bater o coração no peito; eu vejo te um instante apenas e as todas palavras me abandonam; a língua parte se; debaixo da minha pele, no mesmo instante, corre um fogo sutil; meus olhos me vêem; zumbem nos meus ouvidos e um frio de suor cobre me, um frêmito apodera me de todo corpo, fico mais verde que as ervas e parece que já estou morta (...) Mas (...)".

Safo
(desculpem a tradução... detesto traduzir grego)

Safo, foste intemporal.

terça-feira, abril 04, 2006

Sem paciência...

Receber as mensagens, olhar fixamente para o ecrã e tentar assimilar toda a informação… não é fácil, deveria ser, mas não é. Porcaria de frases, orações, predicados que me confundem nos complementos circunstanciais que não consigo compreender. Porquê confundes, porquê conturbas os meus pensamentos e influencias os meus actos?!
Deixa-me viver, de forma simples, só com um único predicado na tua vida.
Mais uma veia lateja na minha cabeça, o melhor é apagar a mensagem e desligar o telemóvel, pelo menos até amanhã.
A chuva lá fora enoja-me.

segunda-feira, abril 03, 2006

Adeste fidelis...

Esta ave é um Pelicano. Sim eu sei, não parece muito, mas é! Serviu como base do livro de cânticos dos antigos sacerdotes da Sé. O Pelicano é considerado emblema do Salvador que derramou seu sangue pela humanidade. As garras nas asas e nas patas simbolizam o mau... pelo menos foi-nos assim explicado. A Peça é em bronze e está atrás de um antigo armário dos livros.
Sabiam que a nossa Sé foi um antigo Seminário e que aquelas paredes já ouviram muito latim cantado?!

Quanto à ave... Eu também já tive um Pelicano... por dois anos. O raio do bixo não nos largava, era um verdadeiro tormento! Tenha garras e tudo, pelos menos aparentava. Acho que no fundo era pura aparência, a ave era um doce e até vomitava "olás" pela cidade. O que é feito dela? Não sei... bateu as asas do seu antigo poleiro e desapareceu! Que viva mais cem anos ( a ave, claro, pois o poleiro está cada vez mais podre)!

sábado, abril 01, 2006

Coisas da minha Sé

Trata-se de uma parede com a representação de todos os Imperadores romanos. Claro que fotografei Tito Vespesiano, aquele que nos deixou o "Templo de Diana" e outras coisinhas mais. O quarto é na parte superior da Sé e serviu de quarto de visitas a alguns reis de Portugal.
A visita foi muito agradável, pena a chuva que me deixou uma febre e as amígdalas inchadas! Nada é perfeito, Glaukwpis, nada é perfeito!

 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...