terça-feira, agosto 30, 2011

No mexicano

O cenário teria sido perfeito, pois havia velas, candeeiros, música à preceito, de frente para o rio, cortinas coloridas e, à nossa frente, um jarro de Margarita.
Todavia um aniversário tem sempre as suas particularidades, afinidades e interesses de cada um querer ficar do lado de quem mais conhece, para que não corram o risco de ficarem calados durante toda a noite. Se calhar falhámos na escolha e teria sido mais proveitoso para não se dizer o que se pensa e ouvir-se o que se quer, quando os olhares já estariam turvos há mais de 24 horas.
Discute-se, deita-se o fel, dizem-se as verdades, por mais que nos custe dizer e a outra parte ouvir.
Se calhar por termos demasiada confiança.
Se calhar por eu dar demasiada.
Se calhar.

O melhor é cada um ficar no seu canto durante uns dias, como já aconteceu. Deve ser a tua crise dos 30 e tal. Comigo, ser assim, é uma constante, mesmo eu sabendo que tenho razão no assunto específico-referenciado.

Hoje é dia de Comporta, fotografias e beijos. Por isso, vou fazer com que não sinta a tua falta, mas, à noite, tenho a certeza que, vou pensar em ti.

Bom trabalho*

domingo, agosto 28, 2011

Domingo

Ainda vou no início do dia e não sei o que fazer. Não tenho nada definido.
Posso apanhar uns banhos de sol, ouvindo as crianças de um lado para o outro a gritarem no areal; posso ficar na cama, ou na sala, a ver um filme; posso passear pelas amoreiras durante uma hora ou posso entrar em stress por causa dos concursos e pela minha colocação que poderá sair amanhã.
Tanto posso + infinitivo... Raio de construção! Quererá dizer algo.

Quanto às metáforas...

De facto, falo por metáforas e algumas são um quanto antitéticas, pelo facto de querer adequar o meu discurso ao que verdadeiramente quero, através de tropos. Possivelmente para muitos o que acabei de escrever não faz qualquer sentido.
Adiante...
O que quero dizer, por vezes, vai contra o que verdadeiramente quero, porque é assim que funciona uma verdadeira ficção, narração ou mero conto oral. É através dos mal entendidos, da ambiguidade de informação e das metáforas que conseguimos ver se, efectivamente, as pessoas nos conseguem acompanhar.
Se alguém ficar para trás, basta, simplesmente, termos duas escolhas:

- ou deixá-la no fundo para que compreenda;
- ou ir buscá-la pela mão e fazer com que nos acompanhe.

Não digo que a minha vida seja um romance metafórico e que tudo o que digo seja mero recurso linguístico complexo ou incompreensível. Quero, somente, que as pessoas que fazem parte de mim, sejam os meus leitores e que compreendam os meus actos e consigam virar a página.


sexta-feira, agosto 26, 2011

Fim de quinta

Por entre arrumações, limpezas e organizações, apareciam mails, pedidos de ajuda, mensagens e dois gatos a miar por entre portas para que não houvesse um confronto.
O telefone tocou e só na segunda tentativa foi atendido. Algum tempo a ouvir e mais outro tanto a falar. Depois mais outra chamada. E mais algum tempo de conversa.
Finda a chamada, ainda havia trabalho por fazer e no fim de algum tempo, olhaste para trás e falaste, olhaste para os lados e por cima dos óculos, combatendo a pouca paciência. Depois ouviste, opinaste e lá dentro de ti continuaste com a aura luminosa por tomares atitudes louváveis e por te dedicares tanto às causas perdidas. Perdidas é força de expressão, pois bem trabalhadas, acreditadas e valorizadas, estas causas podem seguir o rumo desejado e aí verás que tudo não foi em vão, mas sim um caminho difícil para algo importante.
Depois, voltaste ao computador, escreveste mais meia dúzia de coisas e carregaste no enter e, bem ou mal, ficaste leve e fomos beber um copo.

PS

Agradeço que venhas limpar o pó. Se quiseres podes passar cá no 7º D e limpar o da sala, o dos quartos, o chão, dar de comer aos gatos e limpar-lhes a caixa também. Iria gostar muito mais de ti, sabias?
Um beijo, um abraço apertado, daqueles que às vezes dou e que hoje seja um dia bom para nós.

Quanto ao cigarro

De facto há bolhas que precisam de mais do que um cigarro. Dois, talvez.
Falando em bolhas, penso que tenho conseguido gerir bem a minha fábrica. As bolhas saem sem eu ter que levantar a sobrancelha, sem pensar muito nelas e até sem cigarros. Parece-me que começa a ser algo que sai naturalmente, sem ter que puxar o gatilho.
Todavia há coisas que me apoquentam. Esta semana tem sido uma delas. Não é preciso uma bolha, é preciso que eu me meta, todo eu, numa e que consiga fazer que alguns dias passem depressa.
Hoje fico à espera. Espero que só hoje, para que o fim-de-semana passe mais leve.

domingo, agosto 21, 2011

estranho

acabei de fumar um cigarro, contra a minha vontade, por não gostar do ambiente e não conseguir meter numa bolha.
quero um cachorro. não gente estranha!

segunda-feira, agosto 15, 2011

Na ria

Tenho olhado muitas vezes para a ria e vejo nela barcos a mais barcos que se espelham nas águas. Sento-me pontao. e baloiço as pernas, passo as mãos sobre a madeira e olho-te nos olhos, onde o azul se esconde na escuridão da noite. Todavia, o brilho das estrelas e dos fogos de artifício fazem-nos mais belos e fico feliz, simplesmente, por te-los nos meus. Os teus dedos roçam nos meus e sinto os paços de outros casais. sinto-me completo e a tua companhia faz-me gostar ainda mais da ria, dos barcos e do chão que piso. Hoje já to disse?
Dorme bem.

quarta-feira, agosto 10, 2011

dedicar

sei que é preciso aceitar as críticas, alterar alguns comportamentos para que de forma una as pessoas consigam percorrer um caminho.
sei que é preciso. todavia, o esforço não depende só de uma das partes e se uma só estiver disposta, significa que só significa para si mesmo e não para ambas.
custa-me crer que este blog esteja às moscas e eu não tenha paciência para o cultivar, como os canteiros que tenho na varanda. lá tu consegues ver a minha dedicação. aqui, escrevo para um nada.

 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...