terça-feira, dezembro 30, 2008

Carinhoso

Pixinguinha and João de Barro

FDP


(...)recebo-te a ti ,
e prometo ser-te fiel,
amar-te e respeitar-te,
na alegria e na tristeza,
na saúde e na doença,
todos os dias da nossa vida.
Há verdadeiramente pessoas que, mesmo não as conhecendo, nos servem como exemplo a não seguir.

Pergunto-me se uma doença degenerativa é motivo de exclusão/ motivo plausível para a anulação de um casamento. Não deixa de ser doença e como tal, como diz acima, deve ser levada a cabo pelas duas partes, unidas.
A minha raiva não é pelo facto de irem contra os votos do direito canónico, mas sim pela falta de tolerância, amor, compaixão e, sobretudo, solidariedade, que é propícia desta época, para não falar que me repugna o facto de saber que alguém pode virar as costas nestes termos.
Que fique claro que o que me fere não é irem contra a ideologia/ sacramento/ regras da igreja, mas sim, irem contra valores, que devem ser a cabeça, tronco e membros de uma sociedade.
Pode ser o sentimento do fim de ano a falar mais alto, expressando o meu descontentamento dos comportamentos. Ou, simplesmente, falta de compreensão da minha parte… ( ironicamente, claro).

sábado, dezembro 27, 2008

4 Meses


Matilde
Há momentos que nos dão forças para viver.

Ontem, jantei com amigos, de há longa data, que mal nos vimos, envolvemo-nos num abraço antiético (nostalgia / felicidade).
O jantar durou horas, numa das pequenas delícias da Sé, com momentos de gargalhadas compreendidas nos olhares e momentos do passado.
Pessoas que construíram uma base sólida de anos de amizade, que mesmo com os pequenos atritos, soubemos contornar os interesses e levamos a bom porto as nossas relações.
O clímax da noite cingiu-se na despedida, de ventos gélidos que contornavam as esquinas da Sé. Sorri, pus as minhas mãos na barriga da A. e desejei-lhe sorte para a vida da Matilde, com apenas 4 meses de gestação. Agora espero, ansioso, por Maio, para poder tê-la nos braços, olhá-la nos olhos de azeitona e ensiná-la a chamar-me Glau-Glau.

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Die Natali










E lá vai mas um Natal.

Confesso que estive muito receoso, por motivos muito particulares, que tocam a organização de uma cultura e um estado de espírito que me é muito particular, mas tudo correu na perfeição.
Romai Romani, ou não seria eu de clássicas!
Com o tempo vamos deixando de mesquinhices. Adaptamo-nos. Afinal a época é propícia à tolerância e à união.
A noite correu na perfeição ( existindo), com a ajuda de umas valentes taças de que me são muito peculiares. Bebe-se, convive-se, deixa-se a pele arrepiar pela saudade dos que não estão e pela cumplicidade dos presentes.
Houve partilha, num encontro de mãos apertadas.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Feliz Aniversário ( atrasados, eu sei)




(...) Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas... (...)
Eugénio de Andrade

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Vale o que vale

A propósito de filmes, há duas noites vi o American History X.
Igualmente recomendado como tantos outros, contudo, o seu sentido de oportunidade pode ligar-se às eleições, fresquinhas, dos USA. Pondo-nos a pensar nas incríveis ideologias racistas, direccionadas ao grupo dos skinheads.
A película não aborda, na totalidade, a irmandade, foca um caso especial, muito parecido com tantos outros, que nos enchem algumas páginas de Internet e são alvo de várias criticas.
O surpreendente do filme, ao meu ver, é a ideia de herói, protagonizado, claro, pela personagem principal, que através da dor, associada à consciência dos seus erros, luta, com a ajuda intrínseca das suas vivências/erros, por um ideal de purificação/ salvação. Tal facto é atingido no fim, mas como tudo na vida, pagamos sempre mais tarde pelos nossos erros.
A catarse verifica-se e o pathos também. Isso se quisermos comparar , paralelamente, o filme como uma tragédia ,à maneira grega.
Bom resto de sexta.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Pessoas

Há pessoas que aparecem nas nossas vidas do nada, outras são trazidas pelas mãos de outras pessoas. Há pessoas que nos preenchem, outras, nos desiludem.
Há dias, conversava com uma amiga sobre isso. Aliás, não foi uma conversa, foi um desabafo: Há pessoas que aparecem nas nossas vidas e podemos tirar partido delas. Falo de um partido de vivências, carinhos, cumplicidades e afectos. Pessoas que são um partido, ou parte de nós, mesmo que de forma ténue e breve.
Há pessoas e pessoas e há tanto verbo “haver”…
É na diferença das pessoas que aparecem a nossa frente que eu queria chegar. Há outras que são trazidas pelas mãos de pessoas amigas e, por norma, deveriam revelar-se merecedoras de alguma admiração. Infelizmente tal não se verifica.
Há pessoas que nos desiludem e com o tempo, fazem parte da nossa linha da vida como exemplos. Exemplos a não seguirem, claro.

segunda-feira, novembro 24, 2008

Ri-te, pois és saudável - até que se prove o contrário


Às vezes pergunto-me:

- O que eu seria se não tivesse escolhido o que escolhi para fazer?

Respondo-me:

- Não teria tirado o curso que tirei, não teria tirado partido das minhas vivências , não teria conhecido as pessoas que conheço.

Contraponho outra pergunta:

-Teria sido mais feliz?

(Instala-se a dúvida. Agradeço os meus dias de consciência.)

terça-feira, novembro 18, 2008

sexta-feira, outubro 31, 2008

Valos lá agitar


Às moscas, às moscas…

Não tenho tido muita paciência, pois os dias têm-se esticado de tal forma que me leva a esticar-me no sofá.
São papéis para rever, juntamente com digitalizações sombrias, num fundo monótono de poucos acordes que me levam a desejar as duas horas diárias de Língua Portuguesa. Mesmo revendo o valor dos adjectivos nas funções sintácticas, assim como as orações subordinadas adjectivas, que dão uma dor de cabeça para os do 12º…, sinto-me completo. É uma questão de sabermos aproveitar os pequenos momentos e projectá-los.
Por isso mesmo, hoje, dia 31 de Outubro, decidi abrir as portas lá da casa de campo e deixar o meu rebanho entrar.

- Sim, uma festa.
- Motivo?
- Um pré-aquecimento para o dia do leitão, o "bota-fora" da MCapela, conviver...

- O dia seguinte?
- Uns vão dormir, outros vão ao cemitério e eu vou dar as funções sintácticas de mãos dadas ao Ortónimo.

Tragam bebidas e venham com cuidado, pois a estrada está péssima*

quarta-feira, outubro 01, 2008

Sonho



Estranha forma de me recordar.
Mudanças espaciais, claras e límpidas, com a nitidez da areia por debaixo da cristalina e calma ondulação. No céu, um azul rasgado por torres. Dentro de casa, um abraço quente, como aqueles que me davas, outrora, num passado tão distante. A distância, medida cronologicamente, gera a saudade, o aperto da alma, dentro de um corpo crescido. O corpo cresce, a alma mantém-se intacta, porém revolta.
Vi-te da mesma forma, como se o tempo não passasse pelo teu rosto, embora eu crescesse e mantivesse os carinhos de menino.

Instalou-se a saudade.

Sei que a primeira fase do Modernismo brasileiro não se adequa à minha saudade familiar, mas a tela de Tarsila recorda-me os fins de semana de pés no chão e todas as outras memórias que tenho de um espaço, que não idealizado, me é saudoso.

sexta-feira, setembro 26, 2008

Parabéns titi Taninha



O mais novo rebento da Capuchinha nasceu!
Ao fim de meses de sofrimento, graças ao peso proporcionado por uma barriga inigualável, a Titi Taninnha resolveu ir à faca e deixou que lhe arrancassem o priminho Martim do aconchego da sua placenta.
Nos seus dois primeiros dias de vida, o pequeno já se auto-mutilou, ao ponto de lhe porem umas luvas para não se arranhar mais. Se tivesse dentes, mordia todos os tios, para não falar do primo invejoso ( moi meme) e da prima cadela ( Luna- minha irmã assassina)!
Aos papás deixo um abraço de parabéns e votos de muitas felicidades. Ao primo Martim, mesmo chateado por me pôr no canto dos olhos dos meus queridos tios, desejo-lhe em dobro aquilo de desejo para mim: Uma vida feliz, regada com Bianco e cartões de crédito!

segunda-feira, setembro 15, 2008

Estivemos!


Sim, realmente há coisas impossíveis de descrever, ou, pelo menos, pouco fáceis. Nem o mais astuto, linguisticamente, conseguiria.
Uma coisa que se entranha na pele, ao movimento das ondas de som e da vibração, acompanhadas com nuvens de pó que se acumulam de forma seca.
Foram horas a espera para vermos um grande espectáculo, que classifico-o com o adjectivo do nome que o denomina.
50 anos na pele, nos ossos, nos músculos, nos olhos, que nos encorajam levar a vida de forma esgotante, pelo menos nos momentos de aflição, abstraindo-nos das coisas chatas da vida.
Os braços no ar, acompanhados com o som das palmas, quase que sincronizadas, fizeram um batimento cardíaco em cadeia.
Acho que não quero falar mais. Sou egoísta, pois prefiro ter só para mim aquela sinestesia.

sábado, setembro 13, 2008

Sexta

Ao fim de uma viagem de 3h30, cheguei, com dores, vómitos e pouca paciência. Se calhar por paralelismo ao vento que fazia revoltar as palmeiras, algures perto do aeroporto.
Valeu à pena ver a M., dentro do primo azul, em segundo lugar, perto da saída da central de camionagem. Tudo se recompôs . Seguimos, juntamente com as nossas conversas, acumuladas há um ano e um a semana , dire(c)tinhos para o Chiado. Nood: Ó(p)tima escolha!
Comemos, re-comemos, conversamos, bebemos. Para esticar a pernoca, lá demos uma volta, com o sabor patrocinado pela Hagan Daz.
Hoje há muito mais, mas até lá, há que bater as natas para o doce do almoço ;)

quinta-feira, setembro 04, 2008

quarta-feira, agosto 13, 2008

Não te amo

Não te amo, quero-te: o amor vem d'alma.
E eu n 'alma – tenho a calma,
A calma – do jazigo.
Ai! não te amo, não.
Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida – nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!

Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.

Não te amo.
És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?

E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.

E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.

Almeida Garrett
Ok, tenho tido muito trabalho, mas uma escapadela pela net não mata ninguém. Até me alivia.
Um abraço ao Dr. Fenandes e a Andy, que bem me fazem lembrar as aulas de Lit. I

terça-feira, agosto 12, 2008

Sincerely?


Ainda só vamos na terça, mas já me sinto tão cansado…
Passo a explicar: passei duas semanas sozinho a trabalhar, o meu colega veio 4 dias e voltou de férias, mais três semanas.
Resultado: chamadas, mails, facturação, cotações, colocações, consultas, simulações, banco, correio, Companhias.
Como sou bom rapaz e muito saudável, não faço pausas para fumar… faço melhor: vou a pastelaria comer uma fatia de bolo de chocolate!!!!
O importante é haver trabalho, não é?

Hoje há Anatomia*

sexta-feira, agosto 08, 2008

Eu faço boas escolhas, não?

Para aqueles que ainda não me ofereceram nada no meu aniversário, já sabem. Cães...

Confusão

Aquele que caminhou sobre a passadeira vermelha, morreu, após ter cometido a hybris.
Não caminhaste, pairaste, leve, com sentido, mantendo a tua sombra fresca e serena sobre ela.
A tua marca ficou, mesmo não se notando.
Por isso, não cometeste a hybris.

Bom dia de último dia de semana de trabalho.
Só falta a parte da tarde :)

quarta-feira, agosto 06, 2008

A poeta finge. Não por maldade, mas por aumentar a sua dor. Aliás, tudo que é penoso, quanto mais dado importância, é multiplicado.À dor, é preciso diminuí-la, não esquecê-la. Nada deve ser esquecido, mas sim recordado, dando valor ao que existe, ao que fica.Compreender-me-ás, no seu devido tempo, eu sei.

terça-feira, agosto 05, 2008

Fugio

Novamente desço a escada em espiral, rodeada de paredes viscosas e frias.
Sinto um agoiro, uma injúria coadjuvada com o medo.
Não tenho certezas do caminho, do meu futuro, de uma felicidade.
Mas sei que é necessário descê-las para encontrar o meu fim.

Sigo,
Toco,
Tenho os olhos baços,
Tento ouvir...
Não oiço.

Recuo a cabeça para cima.
Já não há luar.

Baixo os olhos,
Envergonhado
E
Continuo,
O tempo que for necessário,
Sozinho,
A procura do meu fim.

Karma

Caí das escadas e tenho a canela toda esfolada.

segunda-feira, agosto 04, 2008

Fica registado

Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.

Eugénio de Andrade
O pior é quando as vemos e decidimos apodrecer, caídos no chão.
É o meu caso.
Arrependimento?
O tempo e o silêncio encarregar-se-ão disso.

quarta-feira, julho 30, 2008

Sonho de mãe negra



Mãe negra
Embala o seu filho
E na sua cabeça negra
Coberta de cabelos negros
Ela guarda sonhos maravilhosos

Mãe negra
Embala o seu filho
E esquece
Que o milho já a terra secou
Que o amendoim ontem acabou

Ela sonha mundos maravilhosos
Onde o seu filho iria á escola
Á escola onde estudam os homens

Mãe negra
Embala o seu filho
E esquece
Os seus irmãos construindo vilas e cidades
Cimentando-as com o seu sangue

Ela sonha mundos maravilhosos
Onde o seu filho correria na estrada
Na estrada onde passam os homens

Mãe negra
Embala o seu filho
E escutando
A voz que vem de longe
Trazida pelos ventos
Ela sonha mundos maravilhosos
Mundos maravilhosos
Onde o seu filho poderá viver.

Kalungano


Porque revejo nos olhos, mesmo longe, da minha mãe negra
a dor,
o sonho,
a saudade
e o amor.

sexta-feira, julho 04, 2008

Lá vou eu!




Liberdade

Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.

Sophia de Mello B.

terça-feira, julho 01, 2008

A perfeição dos 40



É necessário vestir-se bem, ser sociável, divertida, bonita, arrojada, inteligente e atrevida, não ordinária, entenda-se, afinal no meu curso de clássicas aprendi que a uirtus in medio est!
As 4 meninas podem pertencer à ficção, mas acredito que haja algumas pessoas com gostos paralelos. É uma forma de viver. Não de sobreviver. Principalmente quando não se acredita no amor e nas suas potencialidades, ligadas, é claro, ao termo casal.
A felicidade, existindo, gera-se a partir de nós próprios. É claro que existe pessoas que só a atinjam com a ajuda de outras, mas para quê a ajuda de alguém se temos todos potenciais? A felicidade tem que ( pragmática linguística: que de obrigação) ser cultivada, dando atenção aos nossos desejos, pondo à prova a nossa ambição de estabelecer a ligação entre três factores: amor prórpio, bem estar e energia. Não é uma questão de egoísmo, embora pensem que sim. No meu caso, possivelmente, será, mas gosto, sinto-me bem. Não basta?
Fica o pensamento gerado ao fim de ver o filme. Não ficou o desejo miudinho de amar ou de encontrar um amor. Ficou o desejo, no sei sentido lato.
O amor fica para depois dos 50, afinal, ainda nem tenho 30! Sim agora fui egoísta.

:)

segunda-feira, junho 23, 2008

Je suis venu!

Uma semana sempre a correr, com sol, lábios salgados e até um escaldãozeco.
Agora cá estou trancado, durante 4 dias, depois tenho mais 3 de boa vida, depois trabalho mais 5 e DEPOIS volto novamente para o sol!
Da semana que passou retenho a espetada miserável de lulas, o bife divinal na chapa e o sábado champanhento ;) LITERALMENTE!

sexta-feira, junho 13, 2008

Não tenho culpa, é por lei!


Pois é bebé!!!! 1 semana, depois volto, mais 4 dias, depois volto, depois mais 2 semanas, depois volto, depois mais 1 semana!
Depois?
Olha, trabalha-se até pró ano ;)

120 anos



Para ser grande, sê inteiro

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive

Ricardo Reis
**********************
Aqui fica um incentivo às nossas vidas.
É preciso lutar, mostrar as nossas potencialidades e, principalmente, acreditarmos em nós próprios.
Feliz aniversário.

terça-feira, junho 10, 2008

Quando me quer enganar







Quando me quer enganar
A minha bela perjura,
Pera mais me confirmar
O que quer certificar,
Pelos seus olhos mo jura.
Como meu contentamento
Todo se rege por eles,
Imagina o pensamento
Que se faz agravo a eles
Nγo crer tγo grγo juramento.
Porém, como em casos tais
Ando já visto e corrente,
Sem outros certos sinais,
Quanto me ela jura mais,
Tanto mais cuido que mente.
Entγo, vendo-lhe ofender
Uns tais olhos como aqueles,
Deixo-me antes tudo crer,
Sσ pela nγo constranger
A jurar falso por eles.



Luís de Camões








********




Porque, por vezes, fingimos acreditar para o não constrangimento.


Que as pessoas sejam felizes nas suas verdades, mentiras e loucuras.


Feliz dia de Camões, Portugal, das Comunidades Portuguesas e dos Professores de Língua Portuguesa ( institui agora o dia!)*

segunda-feira, junho 09, 2008

Tardes

A sala tinha dois planos com lados simétricos. Um dava ao mar, outro, na parte mais alta, dava para ao campo.
Estavas virada para o campo. Lá, sentada, com o cigarro a correr para o filtro, pensavas de forma frenética. Olhavas as ramagens, acompanhando o vento pouco subtil. Não era preciso perguntar-te o que te afligia, mas não eras a única com inquietudes. Virei-te as costas e corri a porta dizendo que iria ver o mar. Não me respondeste, mesmo ouvindo perfeitamente os meus passos.
Arrastei-me, sem paciência, contra o vento que ia ao encontro de ti e do campo. Sentei-me. Fiquei eu e as ondas, numa incompreensão, com inconstantes desencontros. Fechei os olhos e senti o cheiro a mirra do teu corpo. Sabia que continuavas sentada, a olhar para os ramos, e isso apertava-me o peito.

E eu aqui sentado a trabalhar...


Πελοπόννησος


É interessante ouvir nomes que nos ficam na memória.
É o caso de Peleponeso, que, por infortúnio, apareceu hoje de manhã na TV., como palco de um tremor de terra.
A primeira vez que ouvi a palavra, foi pela boca do Doutor Pulquério, a propósito dos Persas, de Esquilo. Trata-se de uma tragédia grega de 472 a. C., que relata a Batalha de Salamina, na Segunda Guerra Médica. É a mais antiga peça em Grego Clássico que chegou completa até nós.
Das aulas, retenho sempre as metáforas que o Professor nos obrigava a descodificar. Ele ouvia-nos atentamente e tecia alguns comentários. Lembro-me das expressões: “as cabeças marravam contra as rochas” e “como duas gotas de orvalho” e do momento de hybris, quando Xerxes mandou chicotear o mar. Retenho também a voz doce de um verdadeiro contador de histórias.
Tenho saudades. A melancolia instala-se, ao fim de um tremor, com necessidade de reviver momentos e abraçar algumas pessoas que estão longe.

terça-feira, junho 03, 2008

Depressão

Há tempos, andaram pelos blogs a falarem das impressoras. Umas falavam, outras enganavam... Enfim, faziam de tudo para chamar a atenção.
A minha cá do escritório anda compretamente idiota. Come as folhas, em vez de vomitá-las. Tem sido uma constante a minha ida para ajudá-la a parir as impressões, que saem quentes, borradas e completamente húmidas. À pala da aparente depressão, tenho a camisa e a gravata completamente estampadas, os dedos cheios de cores e a paciência esgotada.
Contudo, respiro fundo e penso: "Fala menos de duas semanas para entrares de férias, fazeres anos e tens um bilhete da Madonna no quarto. Para quê tanto stress, boy?"


quinta-feira, maio 29, 2008

Desperdício



Fala-se do Europeu, do estágio da selecção, dos Viseenses ( sim em maiúsculas, é nome de um povo) por estarem contentes por terem cá os jogadores, mas, sinceramente? Não vejo grande azáfama. Houve sim, antes de chegarem: ruas recompostas; candeeiros mudados ( somente as lâmpadas… que funcionavam, mas mesmo assim foram mudadas); smarts pela cidade, estampados com slogans, dos quais um é do uso exclusivo do Sr. Presidente da Câmara; barraquinhas do Natal em pela Praça da República ( vulgo Rossio); carrinhas das emissoras televisivas mais conhecidas…
Aparentemente, parece, de facto, estar um reboliço, mas para os que aqui vivem e passam constantemente pelas ruas, só vêem confusão as 18h ( hora de ponta) entre a rotunda da Universidade Católica à da feira semanal.
Valeu a pena? A cidade já estava bem aprumada, não valia a pena, na minha opinião, claro, comprarem mais lâmpadas.

terça-feira, maio 27, 2008

Sonha-se



Há sonhos que nos perseguem, há outros inexplicáveis.
Quem nunca sonhou em andar nu na rua, voar, com a morte dos pais e outras coisas mais, que diga-se de passagem, sempre nos marcam aquela noite. Acordamos assustados, transpirados e só pensamos, ao fim de nos sentarmos rapidamente: foi um sonho!
Hoje sonhei com coisas que me fizeram pensar. Assuntos que fazem parte da minha vida e de algumas pessoas. Coisas que sei, desde há muito e coisas que espero não serem concretizadas, para sorte de alguns.
Como os sonhos, há pessoas que também nos assustam. Outras, querem assustar, mas só caem no ridículo, no absurdo. Contudo, marcam. Sonhamos com elas, pensamos um pouco e, normalmente, abanamos a cabeça, dizendo: Acordei desnecessariamente.
Não tarda está a chover.

quarta-feira, maio 21, 2008

O tempo corre



Lá diz o ditado: Quem procura acha...

Clicando em várias coisas que escrevia no Google, encontrei um Blog de antigos alunos da UCP - Viseu. O que mais me agradou, foram, de facto, as fotos do Desfile Académico. Bateu uma saudade daquele tempo de estudante, que até não está muito distante...
Fica aqui para quem quiser ler ou rever algo.

( Já é quase fim-de-semana prolongado!)

Antes do café



Estranha forma de amar.
Sinto-me confortado por estar distante dos meus desejos,
Descendo a escada em espiral
Que me leva ao gélido e ao mais obscuro dos sentimentos:
A Avareza.

Trata-se do medo de perder algo que possuo:
A Independência.

Assim,
A Independência esconde-se atrás da Avareza,
E esta, com espadas de duas laminas,
Escolta o cimo da minha escada em espiral.

A Independência deveria envergonhar-se,
Pois verga um nome aliado à Revolta;
À vontade,
À luta;
À bravura.

Contudo, ela é Vaidosa.
Aconchega-se,
Trocando as suas características com a sua protectora.


Glaukwpis

terça-feira, maio 20, 2008

Meet the Spartans


Leónidas and Xerxes
Como a Ciranda anda numa de crítica cinematográfica, aqui fica algo deliciso.
Trata-se de Leónidas e Xerxes, no Meet the Spartans, uma sátira ao épico 300. O filme nãdeve valer pelo cómico de situação, que para mim é mais "de imagem". Baseia-se também noutros filmes e nalgumas personalidades americanas, como por exemplo Paris Hilton e Britney Spears. Ok, não é algo que nos faça pensar, mas com os desastres naturais e subidas exageradas dos combustíveis, temos que rir! Afinal, Pensar é estar doente dos olhos, não é Ciranda?

Telesilla



Quatro (quecas) numa noite, dou na boa, podes ter a certeza;
Contudo, nenhuma, em quatro anos, contigo, Telesilla.


Marcial


*****************************
Qual teria sido o seu aspecto?
Há poucos fragmentos. Diz-se que era de Argos. Associam a aretê ao seu nome... Bom, virtude não é sinónimo de beleza, como sabem. Contudo, teria sido ela tão bela e com uma virtude camuflada, que o pobre Marcial se lamentou de não a ter experimentado?
Fica a interrogação!


segunda-feira, maio 19, 2008

sexta-feira, maio 16, 2008

Traduzir não será um crime!

Qual é meu tipo de mulher, Falccus?
Uma nem fácil nem muito difícil.
Para mim o meio termo é o melhor:
uma que não me esfole nem me deixe mal.


Marcial
*********
Embora seja apontado como um poeta sem tento na língua, eis um dos poemas mais calmos. A crítica e o deboche são camuflados por falavras levemente escolhidas, deixando brilhar alguma graça nos olhos dos leitores. Contudo, há muito mais por dizer... Por isso, quem ler e achar algo despropositado para um rapazinho de bons modos como eu, pensem que só estou na minha vertente de tradutor: transpôr noutra língua as palavras do poeta.

quinta-feira, maio 15, 2008

O rei da Pornolatinidade

Mosaic of a couple reclining outdoors, Rome 2nd century C


Quale, Flacce, velim quaeris nolimve puella?
nolo nimis facilem difficilemque nimis.
illud quod medium est atque utrumque probamus:
nec udo cruciat nec volo quod satiat.

Martial

terça-feira, maio 13, 2008

Season 3


Tenho feito o máximo para não a ver on-line, pois quero comprá-la. Mas não a forma de estar a venda...
Mercado Negro, não?
Pirataria?
Gravado do amigo, do amigo?
Não, meus caros, quero comprá-la.
Malditos Americanos que não mandaram o piquete para Portugal!

sexta-feira, maio 09, 2008

quinta-feira, maio 08, 2008

Não reclames ( Imperativo com valor de ordem)!


Valha-nos Deus!
Tenho vindo postar e nunca consigo chegar até ao fim. Falta de tempo? Paciência? Muito trabalho? Não sei.
Os dias têm sido complicados. A bem dizer, até nem são, pois o depressivo anda a vestir a pele do “FODA-SE”. Está bem, parabéns, não está, paciência!
Não que a vida corra mal, mas há pequenas coisas, atitudes, olhares, que não duram mais de 5 segundos, ou até mais, que deixam uma pessoa pensativa e rumorosa por dentro.
Corre-se para um lado, puxa-se do outro, alarga-se o tempo, mais do que merecido, e dorme-se as horas necessárias. Já dizia o dos latins, com a as correntes filosóficas e palavras terminadas em –xia: CARPE DIEM!
Se não “carpar”? Olha, morre-se estúpido!

quarta-feira, abril 23, 2008

Véspera do 25


Estive a falar com o T. e saiu-me: Ainda bem que tivemos um Salazar, pois, se o filho da puta não tivesse existido, não teríamos hoje o feriado do 25 de Abril.
Amanhã é um dia cheio: trabalho, trabalho e trabalho, mas depois, lá para o meu fim do dia, meto-me no Yaris e vou eu para a Cidade Berço.
Oxalá não chova...

quinta-feira, abril 10, 2008

Adios, Maldito!


Menos um siso, lá se foi o juízo!
É verdade, ontem, ao fim da tarde, perdi por completo a compostura, ao ponto da coitada da Dra. Coroado pensar que já tinha falecido sobre a cadeira. Transpirei como um porco, perdi a nocção do meu rosto e fui, constantemente, assombrado pelo meu segundo ano da Faculdade, que à semelhança do dia de ontem, arranquei um siso. Não desmaiei, nem fui para casa de taxi! Agora que eu estava a compreender as noções básicas da dor e da agonia, descobri que não tenho mais nenhum para arrancar!
Pode ser que agora, sem atino nenhum, consiga a vida desvairadamente alucinada que sempre ambicionei!
A dor ainda cá anda. Estou a trabalhar, que remédio, afinal quem n trabuca, não recebe!

quarta-feira, abril 09, 2008

Y + guaçú


Ao ver um pequeno documentário, posto, pela 1/2kg, na /Residencial Medrosa, recordei-me de mais alguns momentos que fizeram parte da minha infância.
Em pequeno, por volta dos meus 11 e depois 13 anos de idade, fui ao Paraguai, a Argentina e ao Uruguai. Verdadeiras lojas chinesas, instaladas ao lado do meu país, que deliciam qualquer um com belezas naturais e preços surpreendentemente em conta.
O roteiro era simples: compras e visitas às cataratas do Iguaçú. A maravilha das maravilhas naturais que até hoje vi.
Trata-se de um conjunto de quedas de água. A melhor parte é a Garganta do Diabo, localizada no Parque nacional do Iguaçú, localizado na fronteira do Brasil e da Argentina. Há, no entanto, movimentos para a mudança do nome para Voz de Deus. Confesso que suscita-me mais fantasia a actual, pela brutalidade da queda e a atroz correnteza. Coisas que somente sentidas em loco têm uma compreensão.
A primeira vez que lá fui tinha um toque de magia. Fui com a minha avó Marisa. Havia um reboliço no elevador. Tivemos que descer pelas escadas. Dizia-se que a Princesa Diana estava em visita com os filhos. Não vi nada. Naquela época acreditei. Porque não?
Descida as escadas, voltearmos um restaurante pelo nosso lado direito, para uma plataforma onde vislumbrámos a maior maravilha natural das nossas vidas. Os meus olhos e os da Mel brilhavam. Felicidade e medo se instalavam sobre nós. Medo pelo respeito à natureza, pois muitas pessoas, querendo ver mais do que podiam, debruçavam-se sobre o peitoril. A visão era simples, mas surpreendente: vários véus de noivas, postos nos nossos olhos, borrifados com uma humidade avassaladora, com arco-íris instalados sobre o branco e o castanho do barro que escorria. Eu apertava as mãos da minha avó, que não tinha pudor em segredar com a minha mãe a alegria por nós vivida.
Mais a baixo havia uma passarela que dava no centro do rio, onde os mais astutos se aventuravam, em prol de uma foto central, com pano de fundo a Garganta. Da segunda vez quue fui, já não havia passarela. Tinha sido devastada por uma cabeça d’água. Tinha levado alguns turistas. A magia transformou-se em desagrado.
Iguaçu, em Língua Guarani, deriva de Y ("água", "rio") e guasu ou guaçu ("grande"), significando, literalmente água grande, ou seja, rio de "grandes águas".

terça-feira, abril 08, 2008


Ontem um indivíduo, natural de S. Pedro do Sul, espalhou o pânico pela cidade de Viseu, matando o responsável da Moviflor e, de seguida, dando tiros na Dependência de Viseu, da Companhia de Seguros Açoreana.
Dizem, nos jornais, que os 5 funcionários da Companhia se esconderam por baixo das secretárias e um mediador, que fazia pagamentos, teve o sangue frio de desarmar o sanguinário.
Dos 5, conheço 4. Não sei se agiria da mesma forma. Não sei se ficaria pasmo a olhar para a arma em riste e desvairasse nas minhas memórias ou nas minhas imaginações. Não sei se ficaria inerte, como em frente a Tv., sem pensar, a vegetar. Não há explicação. Não há forma de prever como agiríamos.
Vive-se, actua-se ou não.

segunda-feira, abril 07, 2008

Past Simple


Decididamente devo andar com alguma doença que me afecta a vitalidade e me põe sonolento e sem genica para as coisas mais básica: como tomar banho, calçar-me e até cortar as unhas. Calma, ainda tenho bom aspecto e um ar limpo. Só tenho preguiça. Arrasto-me.
Para corroborar com o meu estado vegetal, ouvi na meteorologia que haveria trovoadas para Viseu. Aquele fenómeno que me deixa prostrado na janela a ver aquele rasgo incerto e profundo. Quando pequeno, punha-me de joelhos no sofá, de frente à janela, a verem os raios que lambiam e deslizavam sobre os fios de electricidade, onde geradores explodiam e eram acompanhados por chuvas de faíscas, que pareciam purpurina. Eu olhava para a minha mãe, ela esboçava-me um sorriso e dizia sempre: já fechaste a janela do teu quarto? Hoje as ruas vão encher.
Normalmente era calor. Não me apetecia fechar a janela e ligar o ar condicionado era um perigo. O alcatrão cheirava a piche queimado. As pessoas vinham a rua refrescar-se. Ninguém era corrompido por nenhum raio. Os mais novos brincavam e havia até quem pusesse baldes para encher, no intuito de depois servirem-se da água, para limpezas, ou para as plantas de casa. Havia alegria.
Agora, vejo por dentro do escritório um céu incerto. A espera da vitalidade daquelas pessoas que me contagiavam. Daquela gente parte de mim. Das “gentes” da minha terra.

sexta-feira, abril 04, 2008

Ao som de Jazz


Diaba,

Desculpa a minha falta de tempo e a minha indelicadeza em não te responder a mensagem, mas como deves calcular, tenho tido muitas alminhas aqui no Tártaro para maltratar.
As coisas correm, com a graça do nosso mentor, o seu marido/amante, o todo poderoso Hades. Tenho uma nova cria para semear, mas oportunamente dar-te-ei novidades. Penso que, se tudo correr bem, ainda hoje trocamos mensagem, no intuito de marcar uma hora, lá para as tantas, para pormos em dia as nossas coisas e, obviamente, o nosso Bianco em dia. Uma conversa sem Bianco não corre nada bem. Pois, como sabes, quando estou dentro da minha verdadeira pessoa, embriagado e com os olhos garços – não iria eu me chamar Glaukopis - , gosto de por a língua bem bifurcada. Veneno me falta, mas nós, filhos e seguidores do todo poderoso, não podemos ter tudo.
Como anda a Viúva Negra? Sim, é ela! Aquela que partilha os calabouços contigo e tem uma picada fatal quando quer. Também tenho saudades dela.
Bom, faz-se tarde e eu, como agora dei para pôr em ordem as minhas tarefas, e como se avizinha o fim-de-semana, tenho que levar a bom termo o meu expediente.
Mais tarde mando mensagem.
Prepara o espírito, pois, logo, conto contigo.

Semente do mal.

segunda-feira, março 17, 2008

Há que trabalhar ;)

Cara Diaba,
Como pudeste comprovar, estive de férias e não tive qualquer vontade de postar.
Fiquei prostrado no sofá, na cama, na poltrona, na cadeira, nas escadas do jardim, na churrasqueira, no carro, no bar. Enfim, vegetei.
Também dei umas horitas de Português e outras coisas que se juntaram à ela. Recebi as notas das minhas pequenas sementinhas. Li revistas. Vi imagens. Cozinhei. Estive com a minha Dra. Torres, estive contigo, estive com outras pessoas, de igual importância, e outras nem vi. Ainda bem, se calhar…
Regressei ao trabalho. Vou sentir-me útil e deixar o /prostramento/ na semana que passou, pois há muito para fazer. Voltei à rotina, que até tinha saudades. Não tarda é dia dos pais e depois a Páscoa. Até lá intercalam-se uma festa de aniversário e um casamento esperado.
Não te esqueças de mim para semear o mal,

Beijinhos,
Semente do Mal.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Like /Camones/



Hoje é daqueles dias tortos, pesados com uma dor de cabeça dos demónios… Dormi no sofá, sem as almofadas e fiquei completamente influenciado pelas curvas e vincos marcados no meu rosto.
Não me apetece fazer nada. Contudo, sou obrigado. Leio mails, tenho uma apresentação para fazer e milhentas cartas para enviar.
Para já fico com as cartas. A apresentação fica para quando a dor de cabeça desaparecer, de mãos dadas com os vincos do sofá que teimam no meu rosto.
Maldito sofá! Detesto-o, mas ao mesmo tempo tenho saudades dele! Tipo o poema do /Camones/!

domingo, fevereiro 24, 2008

De joelhos









Bolas, uma semana sem escrever nada.


Não é preguiça, são outras coisas que me aparecem a frente. Tenho fichas a preparar, ao som de um cd, divinamente gravado, que já está no Mp3 para se ouvir no carro!









Aqui ficam alguns pedidos:





De agradecimento:





- pelo Cd;


- pelo café;


- pelas horas de conversa da treta com os meus amigos;


- pelo desejo tornado em realidade.





De desculpa:





- pela falta de paciência;


- pelas críticas negativas que faço, em pról da perfeição.





Obrigado,


Amém.





É verdade, ando dado ao Cristianismo.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

É preciso ser-se Valentino!


Hoje é um daqueles dias que nunca achei qualquer piada. Se calhar por não dar o devido valor às pessoas, ou elas não me darem a mim.
Vendem-se ursinhos, chocolatinhos, fazem-se jantarinhos, dão-se beijinhos e acaba-se na caminha a fazer-se lá o que cada um quer, da forma mais romântica e piegas, como só os apaixonados sabem fazer.
Comovido pelo sufixo de diminutivo, deixo aqui o que eu vejo, pelos olhos do outro. Sempre gostei do poema, vai-se lá saber porquê…



Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que sãoRidículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)


Álvaro de Campos, 21/10/1935

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Amy Winehouse

Há uns tempos postei uma música desta ave e pelos vistos há quem mais a oiça. Um conselho: som alto e um Bianco bem servido!

5 Nomeações.

Não se esperava menos ;)

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Recordações

http://www.jornaldocentro.pt/?lop=conteudo&op=8efb100a295c0c690931222ff4467bb8&id=b6bcdc5176f139f9c4c0036b123ee12d&drops[drop_edicao]=32


Vem, no Jornal do Centro, referências à morte da Faculdade de Letras, por falta de alunos. Tenho pena, pela ememória que me acalenta em épocas do bar, onde vários olhares se trocavam, das parvas aulas de conversação das francófonas com a professora muçulmana, do medo da senhora da linguística, das aulas chatas de grego, dos beijos no jardim, dos intervalos no relvado, das senhoras Leontina e Júlia, da força das aulas de Lit. Medieval, das ignorâncias que surgiam com o Senhor de Peras nas aulas de Literatura, das aulas doces e carregadas de emoção do país dos índios e pretos, das praxes absurdas, da capela com cheiro a mofo, da manhã de Inverno com o lago cheio de espuma, do bitoque com batatas fritas e dos meus melhores amigos, que mesmo longe, perduram.
Não tenho saudades do oleoso. Do coça-pilas. Do arrogante. Mas a verdade é só uma... o rato lá continua.
Maldito!

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Heroes


Fiz um interregno de uma semana ao Roma e arrisquei a indicação da M. e comecei os Heroes. Vou no 3º CD da primeira Série e ainda não me sinto completamente preso. Aguardaremos as próximas cenas!

 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...