E eu n 'alma – tenho a calma,
A calma – do jazigo.
Ai! não te amo, não.
Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida – nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!
Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.
Não te amo.
És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?
E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.
E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.
Almeida Garrett
Ok, tenho tido muito trabalho, mas uma escapadela pela net não mata ninguém. Até me alivia.
Um abraço ao Dr. Fenandes e a Andy, que bem me fazem lembrar as aulas de Lit. I
3 comentários:
Arre, que até este querer consegue ser mais mórbido do que o amar!
Lindinho, este café está muito demorado e não vejo forma de acontecer esta semana ainda. Que raio.
Tem graça, só a minha madrinha me trata por lindinho.
O café fica on-line.
Olá
Foste aluno da UCP em que ano? Concordo que o blogue esteja às moscas e eu sou uma das que pouco lá aparece pois dou logo de caras com a Lulu e o Sócrates lol
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