sexta-feira, dezembro 31, 2010

Falta muito pouco tempo



Mais 14 dias, só mais 14 dias :)




Falas línguas

Às quais desconheço o sentido.


Lexema,

Semantema,

Fonética,

E pragmática

Que me fazem sorrir

Sem compreensão linguística.


Não são as palavras,

Não são os significados,

Nem os significantes

Que me apertam o peito e me rasgam os lábios.


É mais do que uma questão linguística.

Por isso,

A ciência fica ali no cantinho,

Quieta.

No silêncio.

Muda,

Sozinha.


Glaukwpis




Uns meses

Há meses que não passo por aqui. Há pessoas que ainda o fazem e mandam mensagens a perguntarem se o blog ainda está vivo. Leio, não me apetece responder e deixo os dias correrem, a ver as coisas que acontecem, sem, como era hábito, comentá-las aqui.
Porquê?
Porque há coisas que só me dizem respeito a mim e só a mim dão-me prazer em sabê-las.
Os mais curiosos?
Que me perguntem directamente as coisas. Responderei, se me apetecer.
A propósito, Bom Ano. O meu fim deste está a ser, de forma imprevista, fantástico.

sábado, agosto 14, 2010

Malas feitas

Oficialmente tenho a mala fechada. Não tenho muito sono, pois dormi duas horas na praia e uns largos minutos aqui no sofá.
Roma será um destino há muito apetecível. Possivelmente iremos a outra cidade, vamos ver se nos damos bem com o comboio e a viagem seja rápida.

Vamos lá ver se o sono vem.

A verdade

Passei o dia na praia e algum em casa. Tenho a mala por fazer, mas ponho-me aqui a ver algumas fotos dos últimos dois meses.
Dois meses de luta, poucos frutos. O que fazer?

Viajar.

Cheguei

Com uma bolha no pé, uma a cabeça cheia de recordações. É assim que defino a ida a Paris.
Tenho pouco tempo para escrever, tenho uma mala para fazer, uma praia para me estender e um jantar. Coisas que têm de ser aproveitadas.
Abraços para serem dados e risadas e copos.
Alguns copos.
Muitos copos?

:)

I., depois aponta na agenda as peripécias que eu passo para aqui!

terça-feira, agosto 10, 2010

Ici

Chegamos. A viqgem correu nq perfeicao. Estivemos em varios sitios e estamos completamente molhados. Amanha e dia de museus e mais catedrais. :] Ha varias fotos e vqrios momentos gravados na minha memoria. Nao tenho saudades. Continuo antes a ter pena e a recordar-me do teu abraco na despedida. Chorei sem ti no meio da multidao. Chorei por mim e pelo que me tornei.
Passado. Passe compose.

Este teclado e uma merda...

segunda-feira, agosto 09, 2010

?

Como posso acreditar quando ao perguntar-te negaste-me?

Brinquedo


E não é que tive que comprar uma digital nova? :)

Quase

Apetecia-me imenso estar deitado no areal e meter-me na água em mergulhos ligeiros, abrindo os olhos para ver as pedras. Contudo, tenho uma mala para terminar, uma FNAC para encontrar e deixar tudo preparado para quando voltar.

Fico uns dias em Paris, depois regresso um dia e depois mais alguns em Roma. Vamos praticar o francês e ver in loco alguns espaços das descrições dos textos latinos. Só penso em declinações, radicais, vogais temáticas e preposições que regem Ablativos. Também nalguns Locativos, levando-me a dizer Romae Romani!

Se der, posto de lá aguma coisa. Multa oscula!

domingo, agosto 08, 2010

Construção da utopia

Não tenho glórias, tenho, antes, momentos de felicidade, que passam com o Zéfiro ao meu lado, trazendo picos de alegria.
Quando ele não passa, fico sentado imaginando como seria.
Imagino,
Imagino,
Imagino
E não consigo arquitectar o que quer que seja.
Fico com o meu mensamento núlo e a minha imaginação árida.
Sinto os olhos leitosos de Cassandra
E lá no fundo
Profetizo alguns segundos,
Para que o meu estado não fique à quem das minhas capacidades.
Há dias que não profetizo.
Estes,
Fico sentado à tua espera para que possamos os dois construir algo.
Consiguiremos?
Glaukwpis

sábado, agosto 07, 2010

A Glória Literária

Quando morreres, hás-de jazer sem que haja no futuro
Memória de ti nem saudade. É que não tivesse parte
Nas rosas de Piéria. invisível, andarás a esvoaçar
No Hades, entre os mortos impotentes.

Safo (frg. 55 Lobel-Page)
................................................
Há dias que me apetece o Trártaro, ver as almas negras e sombrias, num sítio frio e bolorento para conseguir congelar as minhas ideias e os meus sentidos. Conseguindo, caminharei, levemente, de braços abertos, nos Campos Elisios, contemplando a luz da aurora e o laranja do entardecer, ao lado dos reis e poetas. Sentar-me-ei e ficarei a espera que me perguntem:
- Quem és tu menino de olhos verdes?
E eu ficarei calado, em sinal de respeito, contemplando o silêncio.
Glaukwpis

Da janela

As gaivotas vão e vêm. Tenho a janela aberta e não as vou mandar embora, por enquanto. Ficam até quando eu quiser.

É mais fácil fechar a janela, atirar-lhe com uma camisa ou até mandar um berro.

Valerá à pena.

Ficam até quando eu quiser.

Com gaivotas

Sentes os batimentos do meu peito?
Batem numa ânsia, onde a força dos músculos contraem em movimentos de aflição, deixando-me a alma revolta numa conspiração de sentidos. Não sinto gotas de orvallho, mas sim sangue, que cai dos céus, sobre o meu corpo nú, ao teu lado, numa cama qualquer.

Sinto-me quente,
molhado
E sujo.

E o coração bate... Bate apertando-me o peito e deixando-me a cabeça às voltas, numa incompreensão do real.

Vejo-te aqui ao lado.
Abraço-te e só quando sentir o teu braço a apretar-me o meu, sonseguirei transformar o sangue em lágrimas de madrugada e abrandar o meu peito.
Quero senti-lo sempre,
Pois nunca gostei de acordar aos sobressaltos,
Nem de te ter no outro canto da cama,
De costas,
Sem os olhos e a boca contra a minha.

Faço-me compreender?


Glaukwpis

quarta-feira, agosto 04, 2010

Jantarinho

Praia, caminhada, sol, mergulhos, muitos até, abraços, beijos, esplanada, escadas e mais escadas, compras, jantar virados para o mar.

Depois? Mojitos, não sabem?

terça-feira, agosto 03, 2010

segunda-feira, agosto 02, 2010

À espera

Cá de cima vejo
As copas dos pinheiros,
Esplendorosos,
Magníficos
E verdejantes.

Bailam ao sabor dos ventos,
Levando saudades ao meu amor,
Num infinito ardor de sentidos,
Que me prendem
Aos momentos dourados
Das noites de Verão que vivi ao teu lado.

Faz-se tarde,
O sentimento não desaparece
E os pinheiros ficam parados,
Sem respostas tuas.

Preciso de notícias.
Não dás.
Levanto-me e viro-lhes as costas
Numa apatia profunda,
Embora continue a gostar de ti
E não dos pinheiros.

Glaukwpis

sábado, julho 31, 2010

Para o Olimpo

Depois que assim falou, partiu Atena, de olhos garços ( glaukwpis),
para o Olimpo, onde se diz que fica dos deuses a eterna e segura
mansão: não a abalam os ventos, nem a humedece a chuva;
não se acerca dela a neve, mas um céu brilhante
se abre sem nuvens. Uma luz alvinitente se derrama por cima.
Aí se deleitam todo o tempo dos deuses bem-aventurados.
Para lá se retirou Atena, depois de falar à donzela.

Odisseia, VI, 42-47
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Quero manter-me no Olimpo, ao lado de Atena, para que as adversidades não passem ao meu lado. Havendo ventos, chuva e neve, enconstar-me-ei do seu lado direito, beijando-lhe a mão, na esperança de dias menos penosos. Ficarei lá, até que me sinta confortável para continuar a minha caminhada. Se me apetecer, continuarei lá, eternamente.

sexta-feira, julho 30, 2010

Arroz de Pato

Já falei sobre os dias de sol, sobre os seus efeitos. Contudo, fico por aqui. À espera que não seja só o sol a lamber-me as costas.

Continua,
Continuarei,
Dia após dia,
A dar-te luz.

Se o sol não brilhar,
Não acenderei a luz,
Pois prefiro o teu natural.

terça-feira, julho 27, 2010

Fim da recta?

No fundo da recta há uma bifurcação. Há que escolher o caminho mais sinuoso ou o com alcatrão desfeito. Para trás, fica uma recta imperfeita que me era aprazível, com algumas árvores que me deram sombras, outras que me davam pena, por ter o casco dorido e os galhos despidos. Não as vi fartas de folhas verdes, nem esplendorosas. Vi-as, simplesmente, despidas e sem vida. O caminho será escolhido, mas não sei qual seguir. Ficarei mais um pouco parado a olhar para o mapa e a tentar decifrar qual o mais rápido, independentemente, das adversidades que me possam aparecer.

As metáforas vão aparecendo, umas mais directas do que as outras, basta-me ter a Pragmática bem estudada para que possa analisá-las e compreender-lhes o sentido, de acordo com a tua comunicação. Espero não me enganar. Espero que este caminho seja menos penoso do que me parece. Quero sentir-me confortável na caminhada, apaixonado pela estrada. Só depende de ti e da forma da minha condução. O início parece simpático.

Continuará?

Optei pelo sinuoso. O alcatrão queima-me o peito.

sábado, julho 24, 2010

Recordações

Acordei já passavam as 4h, com frio, sono, mas com vontade de ir. A estrada definia silhuetas extravagantes, onde me sacudiam de um lado para o outro com um único iogurte e meio copo de sumo. O meu estômago ressentia o chocalhar e os picos de dor de cabeça eram leves. Mantinha-me. Desdobrei o mapa que o meu pai me dera e seguia com o dedo o risco amarelo da nacional até Beja. Passei igualmente pelo IP2. A atmosfera revelava o laranja habitual dos dias do Alentejo. Recordo-me dos sonhos do monte alentejano, da viagem do sentido oposto, da minha digita que apagara as fotos e até do café fraco da residencial. Há dois anos que não vinha, mas a memória continuava fresca, lembrando-me das artérias, que ora pediam por sentidos únicos, ora por duplos. Estacionei à porta da EU e por espanto o portão estava aberto, deixando o claustro exposto e desprovido. Entrei, fotografei as janelas, recordei-me do meu concurso para Estudos Portugueses. A opção devia ao facto do Latim pesado ensinado nas salas frescas do edifício e pelas descrições que Virgílio Ferreira fazia das suas aulas chatas de gramática do secundário. A Morfologia e a Sintaxe eram coisas que desconhecia de forma metódica, mas Évora era um destino apetecível. A verdade é que entrei no Algarve e decidi i ficar em Viseu, ficando com uma pseudo-bolsa na FLUCP. Escolhas definidas que não influenciaram nada as minhas aprendizagens na área da Linguística.

Subi até o templo de Vespelano, tomei o pequeno-almoço nos Loios. Outrora fora um café e um cigarro, no fim de uma tarde. Na mesa ao lado tinha uma pivot com a filha. Parecia mais simpática. De facto somos diferentes de acordo com o mundo que nos envolve.

Desci até à Sé. A porta estava aberta, mas como a entrada à torre estaria ainda fechada, decidi descer mais, passar e fotografar a fachada da Reviera e acabar no Giraldo. O sol queimava as pedras e o alcatrão, fazendo sentir o vapor que outrora fora orvalho adormecido na cidade dos vestígios. Vestígios de uma história, de várias até, que me recordam os erros do livro de Latim do 10º e pedaços de mim e de todos aqueles que aqui passaram. Vou tomar mais um café pois tenho a torre, a Sé, a Capela dos Ossos, umas quantas Igrejas, um doce conventual, uma Fundação e uma quantas artérias que quero cheirar.

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No fim do dia, regressámos, juntos.

quarta-feira, julho 21, 2010

Dia

A noite foi menos penosa, respirei melhor, com pequenos abraços que me punham calmo e aconchegado.

Embora o dia começasse nebuloso, o sol apareceu e queimou-me durante alguns momentos, que me faziam ir à agua. Aproveitamos o bom tempo e saltámos do areal à procura do desconhecido, pelo menos para mim.

Deixámos as tralhas em casa, percorremos à beira do areal e atravessámos o rio ao encontro dos rochedos que picavam os pés e rasgavam o momento. Éramos 5, uns com mais performances do que os outros. Seguimos a trilha a procura dos caminhos. Houve quedas, transpirações, águas frias que nos cortavam as pernas. Tenho o pulso cortado, nada de valor em comparação às imagens que vi. Captei-as, assimilei-as e instrospectei , se tal termo existe no léxico português. Recordei a infância, aquando os meus tios em M.A. faziam-me caminhar com os meus primos e tio pelas trilhas. Não tive cachoeiras, tive o mar sempre do meu lado esquerdo, do meu lado que mais detesto e me é menos aprazível. Deixei de parte as minhas horas de seca de escola e estudos. Mantive-me livre durante horas e sem ressentimentos de estar a escrever sobre as patologias que assombram os dias das crianças. Elas que me perdoem, mas há dias não me apetece, simplesmente.

Descobri que lias o blog. De facto, tenho escrito sobre a minha vida pessoal. O blog anda chato e enfadonho, com momentos de trabalho e cansaço. Quando o criei, foi neste sentido. Era um estagiário desgraçado, depressivo, com uma mãe com cancro, numa cidade desconhecida, no fim de uma relação. Nada positivo. Mas o blog mantém-se, eu também.

Quanto à ti, há imenso para dizer, mas isso prefiro fazê-lo de olhos nos olhos, ou pelo menos em voz, sem que as coisas perdurem cá. Há coisas que não devem ser escritas, mas sim ditas, pois a escrita perdura, a voz fica na memória, na nossa memória.

Vou fumar o cigarro do meu pseudo-vício. Sei que não gostas, não me importo. Se for importante e te fizer muita confusão continuarás a ser pseudo. Que não sejas. Luto por isso.

Lutarás? Quero lá saber.

No fundo sabes.

Fármacos + oíkia

Desloquei-me à farmácia mais próxima e vim carregadinho de coisas. Tenho a cabeça mais leve e as narinas livres. Pode ser que consiga dormir sem funfar a noite toda.

Manhã

O dia nasceu sonolento, com uma dor dos olhos à nuca, onde a própia maresia sentia-se subjulgada ao latejares.

Vê-me de longe;
Saio da cama,
Faço um café e penso no meu cigarro.

O resto é um acaso. Um dos vários acasos que compõem o puzzle da minha vida.

terça-feira, julho 20, 2010

À beira

Evidentemente que as coisas não são de todo perfeições cristálicas, onde as formas lapidadas são milimetricamente definidas. As relações humanas são imperfeitas, confusas, doridas, avassaladoras, calmas, duradouras, ou finitas.
A areia esteve quente, o sol raiou e lambeu-me o corpo durante horas. Vim, tinha frio. Conversámos coisas triviais.
Apetece-me ficar. Até quando não sei.

segunda-feira, julho 19, 2010

Veni, vidi (vici?) !

Vim, vi, só não sei se irei vencer.
Contudo,
Como diz o outro
O sonho comanda a vida,
Por isso
E só por isso estou cá.
Citações,
Devaneios,
Contaminações,
Sonhos
E desejos.
Não é para isso que vivemos? Se não for, ando enganado neste mundo e a culpa é da minha mãe, por não me ter ensinado desde pequeno, da família, por não me ter reeducado, da escola/faculdade por não me ter formatado.
Dos amigos? Não contam, são simples acasos felizes da vida.
O mar bate.
Dorme bem.

sexta-feira, julho 16, 2010

Menos um

Já entreguei o relatório da minha Coordenação.
Depois de uma noite complicada, dirigi-me para a POC e alinhavei o dito documento. Troquei alguns mails, juntei mais anexos, revi o texto e citei Saussure e Virgílio. Coisas que ficaram no ouvido e que serviram como um chavão no último parágrafo sobre a importância da leitura.
Agora é terminar os trabalhos do Mestrado e apanhar o sol o dia todo.
Estou fora. Esgotado. Cansado. Completo.

quarta-feira, julho 14, 2010

Apetece

Apetece-me
Morder
A noite
Toda

Até
Conseguir
Sentir
O
Teu
Sangue.

Apetece-me.

Manhã

Começámos a fazer as prospecções para as visitas de estudo para o próximo ano lectivo. Estive reunido com o Grupo de História, na Torre do Tombo.
O objectivo foi ver as instalações e as três partes que compõem a exposição sobre o "Centenário da República". Penso que a exposição está mais adequada ao 3º ciclo. Os meninos do 2º vão passar uma seca tremenda.

Antes de lá chegarmos, eu e a S. parámos no Marques, descemos à Av. da Liberdade e bebemos um abafadinho e depois, na FL, umas imperiais. Recordámos o tempo de estudante e depois, quando o telemóvel tocou, corremos para a TT. Estivemos firmes, sonolentos, sem paciência para a "coisa pública"!

Amanhã é para Sintra e os abafadinhos da Piriquita, com uma bela almofada!

terça-feira, julho 13, 2010

Menos peso

Não sei o que me apoquenta, nestes dias de Verão, que me têm posto dentro da biblioteca a escrever coisas de que gosto, a investigar e a recolher informação importante. Se calhar é o stress que me corrompe o peito por ter medo de um futuro profissional, se calhar um afectivo, se calhar um dia de chuva, que me venha destruir os sonhos de um banho de sol numa costa qualquer.
A verdade é que consigo dormir as horas todas, o trabalho flui. Contudo, tenho o peito apertado, no fio dos meus dias, que são de luz, calor e vivências, que farão pó da minha vida.
A casa foi aspirada, limpa, a roupa arrumada e tenho a música aos berros, para que não pense no dia bom que tive, longe da praia. Sinto-me confortável, embora o nervoso miudinho ande aqui, de um lado para o outro. As férias poderão ser um escape. Poderão pôr-me longe, a olhar o ano construtivo e cansativo que tive. Mais umas semanas? Se calhar nem tanto.
Toca a enviar tudo para que consiga adormecer horas no areal, com o ipod a tocar, enquanto o sol lambe-me o pelo.

Reunião

Hoje foi o almoço na POC. Antes, tive de imprimir relatórios que não são meus, mas que fazem parte do meu relatório, que ainda não está, totalemente, concluído.
Tenho uma pseudo reunião não tarda. Trabalhos para o Mestrado, organização de férias, pagamentos, destinos, afins.
O que me vai custar são os trabalhos, mas penso que são rápidos. Se não forem meto música e inventamos umas quantas merdas para o professor.
Já não tenho paciência. O sono impõe-se.

Sem-se-não

Regressei,
Vindo com o sol sobre mim,
Por entre a sibilante de alcatrão,
Numa conversa pouco fluida,
Onde o sentido demonstra-se
Estático.

Continuarei,
Sem perceber,
Ao sabor do vento.

Apetece-me fumar,
Enrolar momentos entre a erva
Que fora cortada num qualquer campo Africano.

Durmo.

domingo, julho 11, 2010

Sem paciência

Poderia mentir, contar histórias ou até estórias sobre o dia de hoje. Contudo, apetece-me, simplesmente, deitar-me, despido, e dormir de lado até amanhã, seguir para a POC, terminar dois relatórios, meter-me na estrada e fazer uma tarde de praia.
Fico a imaginar se estivesse a leccionar no interior, com a quantidade de relatórios, registos, actas, reuniões... Não teria o mar, nem simplesmente o metro, que me leva a todo o lado. Passaria os dias no terraço de minha casa, a apanhar banhos de sol. Aqui tenho a imensidão, o descontrolo frenético dos dias, os cafés, almoços e jantares do nada, que me põem no duche de 5 minutos. É disto que gosto, é disto que quero, até quando não sei.
Sei que tenho falhado com algumas pessoas, mas também tenho falhado imenso comigo e é comigo que quero estar. É o tempo.
Do interior, tenho saudades dos pássaros, do cheiro da minha relva cortada e dos beijos da minha mãe.



- O dia de hoje?
- Passou.

sexta-feira, julho 09, 2010

E +

Uma semana cheia de trabalho e só me apetece dormir.
Ontem, a Escola + dinamizou uma tarde de actividades que prolongou até a madrugada, onde os alunos inscritos participaram numa festa. O fim foi um mega acampamento no ginásio da POC.
Como tenho alunos na E+, fui dar um pé de dança, nos rítmos africanos. Fomos recebidos com gritos e abraços. Levei, juntamente com a P., gomas, pipocas e afins. Levámos também algumas garrafas de martini, que souberam a néctar, enquanto os técnicos assavam chouriças. As crianças dormiam e nós festejavamos um dia de actividades, brindando a pedagogia diferenciada e através das actividades lúdicas.
Para a semana serão os dois últimos grupos.
Não apaeço, pois os meus alunos estavam todos no primeiro.

sexta-feira, julho 02, 2010

Resposta

Pergunto-me vezes sem conta o que ando aqui a fazer, para além de gastar cerca de 260 euros...

Resposta da I.:

Um certificado! Cala-te!



(Calo-me, mas n deixo de pensar)

terça-feira, junho 29, 2010

Dormir

Sinto-me cansado, contudo os objectivos traçados para hoje foram concuídos.
Amanhã haverá mais, num mortal, na esperança de que ao pôr as lâminas no gelo, deslize de forma consciênte e perfeita.
Fico à espera do sono, caído de costas para o técto, onde o branco me lambe as costas, a noite toda.
Sempre pensei que se fizessemos o que gostamos na vida, as coisas seriam mais fáceis. Sou tão ingénuo.
Ou pelo menos, faço-me. É mais fácil em dias como este.

Avaliação vs. Jogo

Com cheiro a marisco, barulho vindo da rua e a tv ligada por causa do jogo, coso a minha Avaliação de Desempenho. Tenho colegas que foram para as esplanadas com os pcs abertos, outros estão em casa a fazerem o mesmo. Abstraio-me, revejo parágrafos, tento recordar-me das actividades que participei e justifico-as com adjectivos objectivos para que me caia uma classificação igual ou superior ao Muito Bom.
Acho que termino a tempo de dar um grio no Bairro-Alto, beber, fumar uns quantos cigarros, para tirar o stress de um dia de matrículas, de uma pré-reunição para o Departamento de Línguas e de um relatório.
Não choro pelo trabalho. Choro por ver um Portugal agarrado a um jogo, enquanto eu teço comentários sobre as minhas práticas pedagógicas.
Muitos ainda não perceberam a expressão panem et circum... Choro por percebê-la.
Será uma nova queda do Império?

sábado, junho 26, 2010

Ficas, até quando não sei

Passei a noite a saltar de pensamentos em pensamentos, numa ssombraç\ao de imagens que me faziam, sem querer, recordar vivências de um passado muito distante. O nó apertou o meu peito e ao mesmo tempo a minha garganta, que teima em sufocar.
Sinto o corpo quente, a cabeça pesada e um descerto profundo. posto isto, tiro as minhas conclusões e decido, por 5 minutos, deixar-te ao sol, aberta, para que te libertes.

De Pandora

A caixa ficou ao sol, para tirar o cheiro a podre do bolor, onde toda a unidade do tempo tem feito acumular camadas de um cheiro de nojo. De longe, vejo as ondas de calor. A pele aquece e o verde vai ficando mais desbotado, lascando em veios, graças à claridade dos meus dias.

Não falo do bolor. .

A caixa ficará ao sol, até quando me apetecer. Havendo nuvens, deixa-la-ei à chuva.

Regressatus

Quando cheguei já passavam das 1h15 da manhã. Tinha o portão fechado, a rua calma e cheirava-me a pinheiros corartados.
Estacionei tirei a mala, mas não a arrastei, pois não queria estragar o silêncio da madrugada. Entrei pelo jardim, a relva estava cortada e molhada. As flores, mesmo no escuro, mantinham as suas cores garridas. Abri a janela ( há coisas que não mudam) e entrei, com um sorriso rasgado de ponta a ponta, quando vi a gata a aproximar-se. A casa cheirava ao mesmo e sinuoso pelos cantos havia brinquedos. Continuei, dirigi-me para o meu quarto, poisei a mala, abri a janela para que a madrugada provinciana entresse. Vi umas cartas, tirei os sapatos de vela e fui à descoberta do resto. Diria que tudo estaria igual, se não fosse o facto de encontrar de meio em meio metro brinquedos e mais brinquedos. Todos em montinhos, como que arrumados. Havia vida na casa e sentia-se.
Depois, abri a porta da master. Estavam os dois, de lado a lado. Não resisti e atirei-me na cama a gritar.


( detesto trabalhar no mac)

CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

O resto não te conto. Tu sabes.
Depois fui ver o meu sobrinho, que dormia todo esticadinho.

Ainda há vida!

domingo, junho 20, 2010

Quase

As coisas tomam novos rumos.
Fecha-se o ciclo das aulas na POC, mas continuo com as apresentações no M. A vontade não tem sido muito, pois já me sinto sem baterias. Preciso de ver os meus pais, o meu sobrinho. Sentar-me à mesa com eles. Deitar-me no sofá de Viseu, nos dias de domingo, com os pés no colo da minha mãe.
Coisas de menino mimado.
Coisas do passado.

Falta pouco.

quinta-feira, junho 10, 2010

Pode ser este

Acha a tenra mocidade
Prazeres acomodados,
E logo a maior idade
Já sente por pouquidade
Aqueles gostos passados.
Um gosto que hoje se alcança,
Amanhã já não o vejo;
Assim nos traz a mudança
De esperança em esperança
E de desejo em desejo.
Mas em vida tão escassa
Que esperança será forte?
Fraqueza da humana sorte,
Que quanto da vida passa
Está receitando a morte!

Camões

Dia

Que dia estranho.
Comecei por terminar a correcção dos últimos testes deste ano lectivo e como estava numa de sair de casa, fui caminhar pela marginal. Inicialmente havia nuvens, mas o sol espreitava a medida que caminhava. Cheguei a transpirar, até.
Regressei, comi um franguinho de churrasco com a R., tratei da roupa, arrumei a pasta para o dia de amanhã e voltei a dormir.
Li umas coisas do Mestrado, não tive paciência para mais. Faço-o amanhã. A leitura bastou-me para perceber algumas coisas sobre a leitura aumentativa/alternativa. Nada que no meu primeiro ano de Linguística não tivesse aprendido. Compretou-me algumas lacunas, compreendi algumas técnicas. outras, nem por isso.
Quanto ao último teste, na parte da composição, não li nada transcendente. Já estão fartos das aulas, já não pensam com rigor, embora tivesse cartas sem um único erro. Amanhã falo com eles. Devo almoçar no refeitório. Nunca o fiz.
Agora fico a ver séries, a conversar, a telefonar, a arrastar-me por causa do comprimido. Nunca pensei que fosse tão forte, mas estava a precisar. Há limites e começo a pensar que com o ritmo de trabalho que tenho, as últimas três semanas do 3º período serão sempre o meu limite. Nunca trabalhei tanto. Nunca dei tanto de mim. Sempre achei absurdo trabalhar por objectivos e mesmo que no ensino não haja uma obrigatoriedade, sinto-me obrigado a aceitar os desafios como objectivos pessoais.
Para o ano quero aprender Russo. Quando concorri para a Faculdade de Letras, uma das escolhas foi Italiano. Acho que não ando numa onda de italianar. Apetece-me algo desconhecido linguisticamente. Algo que me ponha a pensar no metro, quando os senhores do leste abrem a boca. Se calhar mudo de ideias e meto-me noutra língua estrangeira. Se calhar.
Vou continuar nas séries. Sem paciência.
Antes de dormir, leio uns versos de Camões, para não deixar o dia em branco.

Breathe

Vou dar uma volta*

For you

O dia está estranho, mas há pequenas abertas de sol. Tenho um artigo de 4 folhas para ler, mas está no pc, por isso, não o levo para a rua, fica em casa.

I., vou tentar lê-lo antes do jantar. Pode ser que tenhas algo na tua caixa de correio. Se não tiveres, é porque arranjei outra coisa mais interessante para fazer.

Tb te amo.

Vidas

- Stôr, os meus pais foram presos.

- Quando?

- Ontem. Arrombaram a porta de casa, apontaram-me uma pistola e levaram os dois.

- E sabes qual foi o motivo, rapaz?

- Por causa da droga.

Abracei-o, tinha o coração em gelatina, uma vontade terrível de chorar. Respirei fundo.

- Dá-me notícias, logo que saibas de alguma coisa, e nunca te esqueças que tens que fazer algo diferente do que os teus pais fazem na vida, para que não haja mais pistolas apontadas na tua cabeça!

Fui à direcção. Já sabiam. Não era a primeira vez que “O Santinho” tinha sido preso. Aliás, fora acusado de matar o pai do meu C. Parece-me que é desta que fica dentro, deixando quatro filhos: três na Cova ( a C., o meu R. e uma pequenina de apenas 8 meses, nascida na mesma semana do meu sobrinho) e um no 6 de Maio, encontrado há quase dois meses, com 12 anos, filho de uma outra relação.

Quando tenho as minhas crises de ansiedade, os meus desesperos humanistas e só me apetece marrar com a cabeça contra as rochas, penso, de forma racional, na vida dos meus garotos e vejo a vida de outra forma. Mais leve.

Ontem disseram-me que vou ter DT no 3º ciclo. O meu coração bateu tão forte e olhei nos olhos da pessoa que trazia a informação e disse:

- Vou ser pai.

Nunca mais chega Setembro.

terça-feira, junho 08, 2010

Basta acreditar

Hoje foi um dia de revelações positivas.

Ao fim de uma noite mal dormida ( por um bom motivo), zarpei para a POC, dei um teste a HGP, corrigi uma turma de Globalizantes e dei uma aula, assistida pela Coordenadora do Departamento de Línguas.

Optei pelo método tradicional giz e quadro, cheio de cores, onde as coordenações e subordinações bailavam de forma organizada e ininterrupta, numa concepção de pensamentos, entre os vários sentidos de cada uma das suas subclasses.

Deu o toque, não se levantaram. Terminamos o exercício e no fim de todos saírem, a MJC olhou-me nos olhos e disse-me:

- G., não vou fazer reunião da tua aula.

- ( Gelei) Então?

- Não é preciso. Estava tudo perfeito e a tua turma é deliciosa. Que inveja.

Sorri-lhe de um canto ao outro. Passei-lhe a mão pelo ombro e fomos almoçar com o pessoal.

Se aquela turma não é minha no 7º… Felizmente há uma alínea para a chamada continuidade pedagógica :)

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A outra foi do tipo secreta. Chamada telefónica no meio de uma aula, que me fez correr ao pátio e ouvir, com todas as letras que compõem palavras, a informação. Não era novidade, mas vinda daquela boca…

Para o ano há mais!

Reconhecimento.

Muito

Os dias têm sido escassos para a quantidade de trabalho que têm surgido. Alguns já agendados, outros… aparecem nos placares, na caixa de correio.

Em conversa com uma colega, concluimos que, na época da Faculdade, tomávamos magnésio. Entupíamo-nos com as ampolas milagrosas do Sargenor 5, mais litros de café, para que o estudo corresse bem.

Hoje em dia, já não vou à farmácia. Continuo com os cafés. Mais litros do que o habitual. Mais uma semana e meia entro em desintoxicação "cafeínica". Vou dormir as sagradas 8hs e fumar menos.

A propósito, marquei as minhas farias. Saí da secretaria com o peito inchado.

domingo, junho 06, 2010

We

De tudo,
Retenho os sinos a tocarem,
Enquanto dormias com a cabeça
No meu peito.

Que continues a dormir
E que contemplemos o atlântico,
Azul, imenso e enigmático
Como nós.

Glaukwpis

quinta-feira, junho 03, 2010

Completo

Sinto cada vez mais os dias, de forma completa, como abismos claros .
Sinto cada vez mais a vontade de me atirar,

Lançando-me à apetecível vontade de sentir a adrenalina
Que me cobre de líquido prateado
Num fluxo,
Num desejo,

Nalgo,
Que só lá em baixo,
Onde as ondas marram contra as rochas,
poderei sentir-me

Pleno,
Competo,
Só eu.


Glaukwpis

segunda-feira, maio 31, 2010

Preciso de o/ks/igéni/u/

Já é segunda. Mais uma semana. Falta pouco e os dias estão fantásticos para oxigenar!

**************

sábado, maio 29, 2010

Sentidos

Depois de um dia a dar e assistir aulas, bebi duas vodkas red bull. Não me rocordo do resto. Se calhar não é importante. Ou é e está perdido no fundinho das minhas vivências.
Agora espero pelas torradas.
Depois?
Caminhar à beira mar, preparar aulas, sem stress, e mais duas ou três vodkas red bull.

sexta-feira, maio 28, 2010

O pequenino para os meus pequenos

Não me rendi. Já se era de prever.
Como consegui terminar todo o conteúdo do 6º ano antes da Prova de Aferição, estou a fazer revisões e a introduzir novas coisas os para o próximo ano lectivo. Tem sido uma delícia vê-los a desdobrar a sintaxe do adjectivo, as novas subordinadas e lerem textos mais profundos.
A propósito do PNL, decidi introduzir a leitura do menino dos cabelos claros. Faz parte do 9º de Português e, depois, do 12º a Francês. Eles compreendem a mensagem, falam entre eles e perguntam-me, nos intervalos, se continuaremos a leitura na aula.

Digo que sim.


Vamos estar 90 minutos divididos entre leitura e sintaxe ( sim, Predicativos do Sujeito e Atributos)!


Para a semana queria dar o Pred. do CD.

Logo vejo!

Sexta de FL

Está, definitivamente, um dia para se estar em casa, na ronha, a olhar para o tecto, sem grandes ambições para o almoço e uma estúpida vontade, involuntária, de dormir no sofá.
Contudo, para a semana aplicamos as PG e há uma turma onde ainda não consegui terminar as revisões. É às 10h15, mas até lá dormia mais um bom bocado. Todavia, como sou um peseudo consciente, vou tomar um banho e meter-me a caminho da POC.
Tenho dores de cabeça. Tenho três turmas. 60 meninos. 60 pestinhas a gritar. Não sei se vista a pele de ditador ou... de criança, acabando por me comportar como eles, entre exercícios de morfo-sintaxe.


Logo vejo como eles estão.
Abraçar-me-ão?

Provavelmente.

Ouve-se


- Só pensas em sexo!
- Afinal, não é isso que queres de mim?

Riram, despediram-se e ela bateu a porta.

quinta-feira, maio 27, 2010

Sério?

Faltam três semanas e sonho com o dia 1 de Setembro...

Acho que estes dias sem praia deixaram-me pensativo e preocupado. Coisa estranha! A verdade é que ainda há muito até o fim do ano e daqui a nada estou livre. Com dias plenos, sem planos.

Será?!

segunda-feira, maio 24, 2010

Finitus, -a, -um

Poderia escrever-te sobre o meu dia de correcções. Poderia escrever-te sobre a minha reunião da aula assistida. Diria coisas boas. Muito boas, até. Contudo no fim de um dia, num velório, com caras conhecidas, que por norma rasgam sorrisos e de momento cerram-nos por circunstâncias sociais e afectivas, não me apetece falar de coisas felizes. Não por não me sentir feliz. Sinto-me. De dia após dia. Mas, por agora, fico, tal como há momentos atrás, cerrado nos meus pensamentos.

Em menos de duas semanas, dois funerais. Cortes de elos. Abraços apertados e o passar de mãos nos ombros de filhos, que ficam por terra, juntos de nós.

Por isso, não me apetece falar-te de coisas felizes, sim?


De mim / Para ti

Lisboa, 24 de Maio, 2010

A.,
escrevo-te porque há imenso tempo que não tenho notícias tuas e todos lá em casa estão preocupados.
Esta noite sonhei ctg. Tinhas escrito no teu blog. Mandavas notícias. Tinhas passado pela Itália e não ficarias muito tempo. Como deves imaginar, vou sempre ao teu cantinho, mas não há nada de novo, desde o 25 de Abril.
As coisas, como deves ler por aqui, vão bem. O fim do ano está próximo e há imenso trabalho. Lá em casa tb estão todos bem. O G. já tem dentinhos e no domingo foi ver o mar.
Diz qualquer coisa. Aguardo, pacientemente,
do teu amigo,

G.

Daqui a ver-te

E os meninos têm os braços no ar! E tu tb! Cantam?

Está a correr tão bem! Eu não disse?

AA

Por mais que teimes em dizer que não olho para ti, tenho-te na memória, de forma leve e despreocupada, para que o calor não me aperte o peito e me deixe horas a olhar para o tecto.
Este é um destes momentos. Vejo-te, de longe, pela janela, enquanto passas o "i like to eat apples and bananas".

Pareces preocupada.
Estás.


Eu confio em ti.
Basta!
*

terça-feira, maio 18, 2010

Um pedacinho do 6º

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No fim:

Coordenadora: Podes dormir descansado ;)

Ego: Quem disse te que eu não durmo bem?

Que venha mais uma!

No 5º

Hoje falámos sobre o racismo. Como motivação, decidi ler O Diário de Anne Frank. Algumas passagens que fala sobre a discriminação racial, nomeadamente, das raças que eram postas de parte pela ideologia nazi.

São do 5º ano, numa turma dita código de barras. Cada um com a sua diferença, cor, sorriso, carisma. Ficaram de olhos abertos e ouvidos afinados, a ouvirem as linhas durante 45 minutos. Depois, decidi dar-lhes a BD. Sobre o racismo, claro. Compuseram balões fantásticos, que me deixam feliz por serem frutos da discriminação e uma semente de esperança sobre o estigma. Nas minhas aulas somos todos pretos, brancos, cabritos, católicos, ateus, jeovás, NEE’s, normais, frutos do tempo, num mundo em transformações.



De mentalidades;



De esperança;



De confiança.



Somos! Seremos, todos, de mãos dadas, filhos da igualdade.

segunda-feira, maio 17, 2010

Funff ao cubo

Fodam a merda do copy-past!
( fica assim. tenho de jantar)

Amanhã

Escreve-me! Ainda que seja só
Uma palavra, uma palavra apenas,
Suave como o teu nome e casta
Como um perfume casto d’açucenas!

Escreve-me! Há tanto, há tanto tempo
Que te não vejo, amor! Meu coração
Morreu já, e no mundo aos pobres mortos
Ninguém nega uma frase d’oração!

“Amo-te!” Cinco letras pequeninas,
Folhas leves e tenras de boninas,
Um poema d’amor e felicidade!

Não queres mandar-me esta palavra apenas?
Olha, manda então… brandas… serenas…
Cinco pétalas roxas de saudade…

Florbela Espanca

Podia ser este, pois não há versos mais belos do que aqueles que nos apertam o peito em dias calmos. Prefiro a dificuldade do amor à falta de desejo de viver. Por vezes estão de mãos dadas, mas cabe-nos a nós saber separar as águas e escolher os caminhos. Uns com pedras. Outros, à beira mar, mesmo que com algumas ondulações.

É a ti que escolhi e é a ti que deixarei uma cadeira na minha sala, para que os meninos do 6º te declamem.

domingo, maio 16, 2010

Nós

As coisas começam a andar bem. Vê-se, sente-se, vive-se!

A F. vai para Timor;
O T. para Milão;
Eu e a I. continuaremos por Lisboa, na teta do ME e com o Mestrado feito ( é para rir);
O A. para o Norte da Europa;
A MJ. a a pedalar no Doutoramento;

Nós consguimos, já deram conta?
Que continue a haver escadas, altas. Não temos medo.

****

Domingo, olé, olé, olé!

- Jantas cá?
- Claro!
- Duas garragas de vinho? Porra, isso promete!

E não é que prometeu?
Voltei de não sei de onde, não sei como e muito menos com quem!

Conversei com o taxista ( basta saber se ele percebeu alguma coisa que eu disse);
Ressaquei no metro;
Toemei um duche;
Comi;
Praia;
Plano de Aula Assistida feito;

SOFÁ!

Amanhã há mais*************

sexta-feira, maio 14, 2010

Feito, para já!

Testes feitos;
Pré-Tese entregue;
Relatório do PNL terminado;
Apresentação oral na ponta da língua para amanhã ( será?);

Sono...

Mas ainda vou beber um chá e fumar à janela.
Ao contrário do que diz a música, não há estrelas no céu,
Contudo há no meu pensamento :)

Duas adversativas. Que cenaaaaaaaaa!

quinta-feira, maio 13, 2010

λήθη

Hoje foi dia de teatro!
Fomos ver os meninos da POC representar um dos textos do manual do 6º de LPO. Uma chamada de atenção às pessoas que o Futuro só depende de cada um de nós, de acordo com o interesse, empenho e vontade de brilhar.
Muita gente não nasceu para brilhar, nem sequer para respirar. Sendo, e continuando a ser, uma sombra fria à beira do Lete.

Nem Caronte (v)os quer.

quarta-feira, maio 12, 2010

Coisas

Não me tem apetecido escrever.
Se calhar prefiro deixar na minha caixa de Pandora.

Há tanto e ao mesmo tempo um nada. É preferível assim, sem stress, já dizia Horácio.

domingo, maio 09, 2010

Pré-tese

Está quase revista. Faltam 4 págias. Depois é imprimir e meter na gaveta da "estrela da tarde".

I., esta semana temos que preparar IP? Depois da correcção das provas, sim? Vai doer.

Fuma-se qualquer coisa, bebe-se uns copos e que haja sol para eu não morrer na biblio...

Bom resto de domingo*****

terça-feira, maio 04, 2010

Destacado


Ó mãeeeeeee,
sou aplicador de Matemácia e corrector de Língua Portuguesa!
FUCK!
Levo as provas e os critérios de correcção para a praia. O que mais me vai fazer confusão é corrigí-los a vermelho.
Patience, mon amour!

sábado, maio 01, 2010

Fim de tarde, ponto final.

Há vento, não sei se amanhã será dia de praia.
Há silêncio cá em casa. Não sei se é bom prenúncio.

Stockmarket

Do nada, encontrei-te numa das barracas. Sorrimos, fizemos perguntas, combinámos um copo no bairro. Vi-te algumas vezes. Perguntaste-me se queria fumar. Não quis. Ando a deixar. Já não tenho tantas dores no peito, sabes?
De resto, não gastei muito. Trouxe algumas peças e fartei-me de esperimentar calças, t'shirts e ténis.
Apetece-me gastar.
Continuar com a barga definida;
Falar das minhas aulas sentado no CCB
E a gostar de café.

sexta-feira, abril 30, 2010

Ingresso

Já escolhi os conteúdos das aulas assistidas. Não me sinto estagiário, muito pelo contrário. Sinto-me na carreira, a subir devagar, devagarinho. O importante é ter entrado e agora dar tudo, durante anos.
Até quando?
Quando tiver um AVC?
Levar um tiro dos filhos do mundo?
Fartar-me de ensinar?
Não ter amor pelos meus meninos?
Não me parece.

quinta-feira, abril 29, 2010

Especial

Era uma vez uma menina que tinha um castelo de diamantes e chamava-se Narcisa.

Veio hoje contar-nos a sua estoria. Tínhamos uma turma e alguns professores, que ouviam-na pacientemente. Tinha uns olhos de medo e uma pitada de protagonismo. Os meus brilhavam.

Tem várias particularidades e uma delas, a que nos salta à vista, são as cicatrizes no rosto. Não podemos dizer que segue a raiz etimológica do seu nome, quanto ao seu aspecto formal, mas quanto à sua beleza interior, a força e a sua vontade de expor o que faz, vale per si. É uma Narcisa de dentro para fora.

Que continue a evoluir, na sala do Ensino Especial e no Regular. Para o ano é nossa.

quarta-feira, abril 28, 2010

Assim

Os dias têm corrido com cheiro a bronzeador, para não falar da correria das aulas, dos exercícios globalizantes, das análises das provas de aferição, das reuniões, marcadas à ultima hora, dos momentos do almoço entre os colegas, dos cafés, ai os cafés que me deixam mole e com a boca amarga a olhar para os meninos pendurados nos muros da escola, debaixo do sol.
Gosto dos

Olá stôr,
Bom dia Sr. Professor,
Ide trabalhar,
Logo, como é?
Como eu gosto.

terça-feira, abril 27, 2010

Segunda, mas a Quarta será melhor



Ontem na POC:


- entrega de objectivos;

- pedi as aulas as assistidas para Muito Bom ( sim, temos avaliação- ALELUIA);

- entreguei a prova globalizante de 5º a LPO ( sou o responsável, LOL);

- terminei os objectivos da mesma.


Aprés:


- preparar aulas de HGP, na praia ( A Exploração Mineira, Transportes e Comunicação- sec. XIX) ;

- dormitar;

- babar;

- ter espasmos;

- acordar com uma chamada: de que lado estás?


segunda-feira, abril 26, 2010

G.

Acabei de receber as fotos do G. Sincronizei-as.

6 meses;
Dentinhos;
Babão;
Sorri como um perdido;
Senta-se sozinho;


( Saudades de tio)

30 %

Sabes que tinha saudades daqueles fins-de-semana alucinantes? Desde adorar as aulas do mestrado, estando atento, fumando cigarros ao sol, juntamente com pessoas que se começam a revelar, marcando encontros, copos, saídas, indo a exposições, comentando e tentando compreender técnicas e conceitos aplicados, caminhando, ora para cima, ora para baixo, numa cidade de luz e calor, onde as pessoas, como formigas, nos acotovelavam ( é reflexo?) quando pisávamos as passadeiras?

E dar um almoço, depois um jantar, sair para ir ver o mar e terminar no coração da cidade, a comer bifanas, pica-paus, salada de polvo com copos de cerveja, vendo cartazes e apelos à revolução e críticas à opressão?

Voltar de metro, morto por ir à casa de banho, depois tomar um duche rápido, sentar-me no sofá, pensar que no dia seguinte… NÃO TENHO AULAS! Morrer na cama, com a janela aberta, de braços abertos na cama e levantar-me às 5h a procura de uma Aspirina…

Ok, vou imprimir umas coisas, cumprimentar e dar boa semana aos colegas, que fizeram parte do fds e depois, sigo para a praia. Quod scriptum est.

Boa semana para quem lê, trabalha, ou vive. Vou por uma t’shirt, uns jeans, os meus vela e seguir para a linha de Cascais.

Apareces?

Manda-me um toque,

Levanto o braço

E desces as escadas.

*

terça-feira, abril 20, 2010

"Ulisses", de Menéres, por António Feio.

Hoje foi dia de teatro.

Cheguei mesmo em cima do toque e meti-me rapidamente na sala. Conversei com os meninos de HGP, dando algumas recomendações da ida ao teatro. Estavam eufóricos, embora todos já tivessem visto uma peça de teatro. De facto, o sair da escola tem muito que se lhe diga, principalmente quando a visita tem como objectivo a consolidação de conhecimentos, indo ao encontro da Planificação Anual de LP, para o 6º ano de escolaridade.

Meti-os calados, iniciei os avanços tecnológicos na segunda metade do século XIX, nomeadamente na agricultura e indústria. Compreenderam, participaram e por se portarem muito bem, saímos 10 minutos antes do previsto. Foram comprar algo para comerem antes da peça e esperamos, pacientemente, pelos autocarros.

A viagem foi rápida e a peça foi uma delícia. Adoraram o Polifemo a gritar NINGUÉM! Recordei-me das minhas aulas. Dos meus alunos. Dos conteúdos. A peça é uma adaptação do Feio e, como tal, muito dinâmica e pragmática às nossas necessidades. Os deuses jogavam a aventura de Ulisses, escolhendo os caminhos, como que num paralelismo do Consílio dos deuses de Camões. Contaminou-se, adaptou e vomitou, com leveza, a ironia que fizeram os meninos rirem. Não gostei de alguns momentos, devido a troca de personagens míticas e descoordenação cronológica. Gostei das sereias, embora, na antiguidade clássica, não possuíssem rabos de peixe. Eram aves! Coisas que só os clássicos sabem.

Agora fico sentado na biblioteca. Greve da função pública. Como gosto na minha profissão.


domingo, abril 18, 2010

Jantar


Ementa:


- Estrogonoff de peru e bróculos;

- Salada de alface, rúculoa e frutos secos;

-Arroz ( devido a falta de paciência do "eu", não haverá arroz).


Sobremesa:


- Na rua, está visto.

Conversas:
- Sobre os nossos meninos, está visto ;)

Aspirina

Uma semana vertiginosa, com reuniões, apresentações, conversas, convívios e conversas filosóficas sobre a teta do ME. As gargalhadas voltaram, como era costume no MEE. O conteúdo de uma das disciplinas é muito interessante ( def. auditiva) e parece-me que estou a ser novamente cativado por aquilo.

Fases.

Há tanto por dizer, por recordar e por partilhar, mas de momento não tenho tempo. Tenho um sofá, os travesseiros, uma manta e um jantar para preparar.

( Desespero Humanista)

Se não trouxerem o vinho, nunca mais metem cá os pés, ok?

segunda-feira, abril 12, 2010

Segunda



Dia de folga:





- Queres almoçar connosco?


- Não posso, tenho que preparar aulas... obrigado!




...




Entre D. Pedro e D. Miguel, preparava eu as aulas, fazendo esquemas para o 6º A, com o cheiro a bronzeador, o mar a quebrar nas rochas e o rosto quente. Acho que Absolutistas e Liberias nunca foram tão bem estudados, ao solinho, claro.


Aposto que o meu estudo foi bem mais rentável do que o tal almoço. Sou fdp? Azar :)

sábado, abril 10, 2010

FL, entendimentos

Compreendo-me cada vez mais e vejo que há idiais, objectivos e ambições que quero que façam parte da minha vida.
Há momentos que jamias poderão ser apagados, uma vez que foram o fruto de uma construção sólida. Não fecho os olhos senão para tirar partido de vivências. Não me sinto inconsciênte pelo que escrevo, faço-o, somente, na ambição de demosntrar que há coisas que não foram apagadas e jamais serão.

Fico feliz por isso. Ficaram raízes.

Como diz a I. ALELUIA!

:O

Uma cena, ando a ler coisas muito pesadas, que demonstram raiva, intolerância e pouca vontade.

Um supositorio, ah?

Ok, poderia ser uma flor de castanheiro.

Sábado

Virei uma sandes entre a sexta e o domingo.
Sono,
Incapadicade de pensar;

Objectivos?

Praia. O que poderia querer mais?

quarta-feira, abril 07, 2010

Fuzila-me

Quando seguia para a POC, na rotunda da Damaia de Baixo, estava armado um verdadeiro circo. Não com palhaços com os rostos esborratados de branco, azul e vermelho, nem com a tenda fofa e imponente, nem com animais no trapézio. O circo era a PSP, solta e armada, com carabinas, ou lá o nome daquelas coisas, que não me apetece procurar no Google. Um verdadeiro aparato.

Segui o meu caminho, fui para a POC, fiz os relatórios do PNL, tecendo comentários filosófico-pedagógicos sobre a importância da leitura no ser humano. Uma antítese em termos comparativos com o que tinha visto. A beleza sobre os preceitos da leitura ao lado da imagem grotesca e bruta da rotunda da Damaia de Baixo.

Pensei mais um pouco e cheguei à conclusão de que muitos daqueles homens, com a minha idade, também leram Uma Aventura, Os Lusíadas e alguns poemas dos nossos contemporâneos. Fizeram parte das vivências deles as mesmas coisas que fizeram da minha. Um tronco comum de conhecimentos, que a dada altura, ficaram para trás, perdidos no tempo. Lutam por um mundo ordeiro, organizado, com regras… Para isso é necessário envergarem carabinas, cassetetes e pistolas. Quando eu, para conseguir a ordem, com os meninos, basto ficar calado, sentar-me na mesa, de forma pouco ortodoxa, e olhá-los fixamente, na espera que se acalmem por eles próprios e cheguemos à uma conclusão racional do sucedido. Dizem que não é nada fácil trabalhar com crianças e adolescentes, mas dou graças às aulas do meu secundário e a Profª Manela ter-me ensinado a ter sensibilidade, para ser calmo, para atingir a ordem, na minha desordem. Também agradeço aos meus pais.

Antes de regressar, fui trocar um pneu, sentei-me na valeta e estive a espera. Não tive medo. Ouvi berros, vi as crianças do ATL voltarem com os educadores, vi o casal de doidos, sentados na esplanada habitual, vi carros, fiz chamadas, fiquei chateado pelo meu dia e agradeci nunca ter imaginado ir para a PSP, GNR ou outra sigla autoritária.

É verdade, não consegui ver o mar. Vou amanhã.

Amadora conta? Arrr, intão num connnnnta?!


Bien venu

Não houve reunião, só um pneu para mudar.

Fuck!

Sol

Reunião e depois PRAIA!

segunda-feira, abril 05, 2010

Segunda


A melhor parte é quando sentimos os pés bem assentes no chão.

YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

Há feijãããããããão preeeeeetoooooooooooooooooooooo!

Sobre a mesa

- Dás-me uma fatia?

- De qual?

- De ti.

Passo-te a mão na perna e basta-me, por momentos.

About

Independentemente de ter andado em colégios católicos, um dos quais franciscano, nunca vivi a Páscoa com devoção. Nem mesmo o sentimento da família, pois, felizmente, sempre fomos muito unidos e não era preciso um dia cristão para o sentido da união.

Sempre vi esta festa como uma fachada. Aliás, tenho visto muitas coisas na vida como fachadas. Desde os cargos que muitos desempenham, alguns nenhum, é verdade; os relacionamentos de amizade; partilha; etc.

Pergunto-me onde é que está o sentido da verdade, da união, da partilha de sentimentos, na ânsia de se atingir o topo. Vejo-me cada vez mais forçado a não partilhar, para que não saia partilhado, de forma repartida, como uma fatia de bolo.

Por falar em bolo, ainda há bolo de morango com brigadeiro, cheesecake de frutos do bosque, pudim de leite condensado, entre outras coisas. A porta está aberta.

sábado, abril 03, 2010

P.

Disseste-me que estiveste no Cabo da Roca.

Não ouvi paixão, nem ânimo de ver o mar, nem das rochas que são, seguidamente, espancadas.

Não ouvi.

Mas ouvi estive no Cabo da Roca,

E eu,

Imaginei-me lá,

Com impressões precárias de um sentimento frio, como o mar. Vi-me também com toda a força que ele bate as rochas, como manifestação do desagrado. Tornei-me parte dele e compreendi que por maior que sejamos,

Seremos sempre

Pequenos,

Pouco notados.

Valeu

Vou ter saudades de algumas noites,
De algumas conversas,
Dos jantares,
Dos olhares no metro

E...
De quê mais?

Não sei,
Pois não vivemos tudo,
Não é?

Não guardo mágoa,
nem ódio,
Alguma saudade,
De momentos projectados,
Que nunca foram realizados,
De partilhas que morreram,
Ainda antes de um dia serem fecundadas.

Aspirei beijos,
O peito aberto,
Não o que te dei nas noites de Inverno.

As pirei beijos,
O peito aberto,
Aquele que ombro que não soubemos construir,
Por sermos indolentes,
Diferentes,
Sonhadores,
Não cumpridores.


Fecha-se um ciclo,
Não me apetece.
Não te apetece.

Fechamos.

Manhã

Dei, pela primeira vez, a papa ao G. Tem creme de legumes até às orelhas. Ele olha, sorri, abre a boca e deita tudo para fora.
Já lhe dei um banho, a papa, contei-lhe histórias, ouvi música, mas ainda não lhe troquei a fralda. Tenho tido sorte.
Talvez.
De resto, vive-se, como dizia Horácio.

sexta-feira, abril 02, 2010

Meu, teu, seu...

Ainda só é sexta e já tenho a casa repleta de comida! Não sei se aguento por muito tempo. Até lá fico no chão a brincar com o G. Como tem feito menos birra, consigo ter conversas docentes, pô-lo a ouvir Palma e... dou-lhe umas dicas de gramática.

Ele já diz um determinante possessivo: MEUUU MEUUUU MEUUUUU... Basta ficar com com alguns dos brinquedos. Uma graça!

Amanhã ensino-lhe um demosntrativo, apontando para o biberon! Em 10 minutos decora tudo e no domingo de Páscoa entro nas funções sintácticas!

:)

Coisas da 6º-feira

Eu não sou nada tradicionalista na Páscoa, mas a verdade é que hoje ainda não toquei em carne vermelha…

Daqui a nada viro um bacalhau. Sem espinhas, claro.

Christian Andresen

Quem nunca se rendeu aos contos de Hans Christian Andersen? Adormecia com O Soldadinho de Chumbo e achava-o perfeito. Toda a história da diferença física entre o soldadinho e a bailarina apertavam-me o peito e sempre tomei a diferença como algo normal, desde pequeno, possivelmente por causa do conto. Na minha quarta classe, numa festa de fim de ano, representamo-lo e foi um sucesso.

Imaginava-me sobre a lareira a ver todos os brinquedos a movimentar-se, imaginava-me a ser comido pelo peixe e ser encontrado, imaginava-me ao lado da bailarina e, até mesmo, dentro das labaredas.

Nunca gostei d’O Patinho Feio. Acho que a metáfora personificada é demasiado lamechas… Sempre preferi os patos com laranja. Se ele tivesse utilizado outro animal teria gostado mais… fiquei preso à imagem do protagonista, não à mensagem! Coisas de criança.

O conjunto de contos de Andresen ficou em casa dos meus avós, mas vou procurar algo online e lê-lo ao G., da mesma forma que a mamã lia para mim e para a M.

Mas fim da tarde, pois já estou atrasado!


 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...