quinta-feira, junho 10, 2010

Dia

Que dia estranho.
Comecei por terminar a correcção dos últimos testes deste ano lectivo e como estava numa de sair de casa, fui caminhar pela marginal. Inicialmente havia nuvens, mas o sol espreitava a medida que caminhava. Cheguei a transpirar, até.
Regressei, comi um franguinho de churrasco com a R., tratei da roupa, arrumei a pasta para o dia de amanhã e voltei a dormir.
Li umas coisas do Mestrado, não tive paciência para mais. Faço-o amanhã. A leitura bastou-me para perceber algumas coisas sobre a leitura aumentativa/alternativa. Nada que no meu primeiro ano de Linguística não tivesse aprendido. Compretou-me algumas lacunas, compreendi algumas técnicas. outras, nem por isso.
Quanto ao último teste, na parte da composição, não li nada transcendente. Já estão fartos das aulas, já não pensam com rigor, embora tivesse cartas sem um único erro. Amanhã falo com eles. Devo almoçar no refeitório. Nunca o fiz.
Agora fico a ver séries, a conversar, a telefonar, a arrastar-me por causa do comprimido. Nunca pensei que fosse tão forte, mas estava a precisar. Há limites e começo a pensar que com o ritmo de trabalho que tenho, as últimas três semanas do 3º período serão sempre o meu limite. Nunca trabalhei tanto. Nunca dei tanto de mim. Sempre achei absurdo trabalhar por objectivos e mesmo que no ensino não haja uma obrigatoriedade, sinto-me obrigado a aceitar os desafios como objectivos pessoais.
Para o ano quero aprender Russo. Quando concorri para a Faculdade de Letras, uma das escolhas foi Italiano. Acho que não ando numa onda de italianar. Apetece-me algo desconhecido linguisticamente. Algo que me ponha a pensar no metro, quando os senhores do leste abrem a boca. Se calhar mudo de ideias e meto-me noutra língua estrangeira. Se calhar.
Vou continuar nas séries. Sem paciência.
Antes de dormir, leio uns versos de Camões, para não deixar o dia em branco.

Sem comentários:

 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...