sábado, fevereiro 27, 2010

Mais um

O próximo trabalho é sobre a acessibilidade e mobilidade. Temos de inventariar com base num decreto se as nossas escolas estão de acordo com o dito e quais as formas de colmatar as pequenas falhas.
Espero que o ar condicionado e os plasmas não tenham passado à frente das rampas, das portas prioritárias e do chamado bom senso.


Um contributo para a POC? Talvez. Algumas horas a fazer grelhas? CLARO!

"Amigos a mesma", felicidades!

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello B. A.

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Porque há momentos para tudo na vida, principalmente, para dizermos o que ,verdadeiramente, sentimos, achamos ou, até mesmo, acreditamos.
Porque faz sentido e o sentido é para se manter como papel amarelo no tempo que se avizinha, paciente, mas activo, com letras miraculosamente desenhadas.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

FDS

Foi rápido, com momentos que me deixaram chateado, pela falta de compreensão.
Voltei, pela chuva, ora a cantar, ora a conversar com a I., tentando perceber algumas atitudes, como abraço a pertado dos meus pais, as mensgens cruas e secas e a cumplicidade emotiva criada entre pessoas que não se conheciam.
Regresso ao trabalho, às leituras, aos meus garotos e a uma vida que construo, nunca esquecendo do passado, dos momentos que vivi. Que este meio ano lectivo passe a correr, para que algumas coisas terminem e outras comecem em grande, tirando as dores de cabeça e as linhas pesadas do colo.
Também tento perceber se a cumplicidade emotiva foi verdadeira...

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

A Minha Deficiência Mental

Prometi-me a mim mesmo que só iria começar o trabalho na próxima semana, mas como hoje estou mais livre, comecei a ler a bibliografia recomendada, a tirar notas e a definir alguns pontos importantes.

Tenho reflectido, dia após dia, se é verdadeiramente isto que quero fazer o resto da minha vida e oiço vozes a dizerem NÃO.


Oiço:

- É um trunfo, poderá trazer frutos, mais um certificado para o meu curriculum e mais um título.

Basta? Sinceramente, não é disso que gosto, embora defenda o conceito de inclusão e o direito à igualdade. Cansa-me o galinheiro com mais de 50 pessoas…


Quero ler livros da minha área, quero dissecar os autores clássicos, compreendendo a retórica e a busca da perfeição poética, juntamente com as tragicomédias. Quero traduzir. Voltar a traduzir, por a língua afiada para ler em voz alta do PR. Quero sentir-me MAIS realizado e assistir aulas com os verdadeiros especialistas, com os olhos vidrados e os ouvidos bem limpos para absorver e memorizar vozes no meu pensamento.

Também quero ter aulas num sítio decente, com cadeiras escuras, num anfiteatro majestoso e snob como eu.



O tema não é chato, o trabalho é que é, mas, pelo que me parece, no meio da próxima semana fica pronto e depois é só enviar.

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Semiose? Pragmática? Porra, basta falar e compreender :)

Por vezes as palavras ficam sufocadas, inférteis, por momentos de fraqueza e medo.

É necessário abraçar, de forma intrínseca, quem confiamos para podermos partilhar pedaços de uma vida. É necessário acreditar nas pessoas, nos olhares, irrigados de sentimentos, e abrir portas, que serão momentos de escape e de diálogo.

Confio, acredito e cedo.

Dialogo, recordo, c ompreendes.


Sentimo-nos leves, de mãos vazias, num sentimento de partilha, os momentos saem como rabiscos de garoto, numa linguagem clara e leve, à sua compreensão.

terça-feira, fevereiro 16, 2010

Brrrrr

Não percebo porque é que o bom tempo vai embora nos meus dias de folga...
Há imenso para ver, para sentir, para descobrir, mas com este tempo frio e molhado, os dias acabam sempre em casa, de pijama, com o termoventilador a dar voltas pela sala, a espera de que o sol regresse.
O pior que vai regressar, juntamente com o trabalho.
Paciência.
Conformar-me?
Se calhar.

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

De cá


recebo a chamadas que me contam a quantidade de neve que têm nas estradas, na Serra e no meu jardim.
Não sinto aquela saudade miudinha das pessoas, de quando ouvimos as vozes, mas tenho da neve, do frio cortante no rosto, dos cafés saloios e das luzes do meu Rossio.

Mais nada, porque o nada tem todo o sentido de existir.

domingo, fevereiro 14, 2010

Para nós!

I., uma já está feita! E estás de parabéns ( independentemente da minha dor de cotovelo por dois valores!) ;)

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Aulitas feitas

Como tenho saudades do G., decidi que a ficha de amanhã seria sobre Palma. Há músicas de que gosto mais, mas como quero, por enquanto, músicas de ouvido, para que cantem, fica esta.

Vão explicar as figuras de estilo, continuar a canção, explicá-la e exercitar o conhecimento explícito da língua. Aulas cheias! Assim é que gosto!

Peixinho

O jantar foi agradável, com alguns cigarros e cervejas pelo meio, contudo há coisas que não conseguimos deitar para fora, por vários motivos.

Não me importo, não lamento, simplesmente, penso que falta um elo forte. Não havendo, continua-se com os cigarros, as cervejas e as conversas, estupidamente, hilariantes.


Quarta de chuva e algum trabalho

Hoje há três reuniões:

- PNL;
- Informações para os novos docentes sobre o Patrono;
- Informações sobre o Conselho Geral Transitório.

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Fico aqui na biblioteca a preparar coisas para as aulas de amanhã e a rever alguns tópicos para uma das ditas.
Tenho sono, vontade de ir ao wc e pouca paciência.
stress miudinho

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Ler muito +

Um dia cheio de aulas, com direito a cerca de 2h a preparar as coisas para o PNL.

Tenho a reunião traçada, assim como toda a documentação. Não me sinto nervoso, independentemente de ser a minha primeira reunião.

Falar, presidir, aceitar, reclamar, elucidar é o que pretendo amanhã, para por todo o Agrupamento a correr os olhos pelos parágrafos da imaginação, a fim de combater o insucesso na leitura, escrita e criatividade.

Vamos a isso!

Sério?


Já me chamaram de muita coisa :)

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Escolhida!

Música escolhida. Está-lhes nos ouvidos por causa da novela.

Vou tratar da ficha:

- 5º leva com os determinantes;

- 6º leva com os verbos!

Compreender

Indagam-me porquê escrevo e penso de forma complexa sobre as coisas que me rodeiam e eu respondo:

- Porque sou complexo.


Questionam-me porque dou valor às pequenas vicissitudes que me aparecem e eu respondo:


- Porque preocupo-me com elas.


As coisas, as palavras, os acontecimentos são para serem deitados ao vento. Temos de as compreender, logo, pensar. O meu quotidiano é feito de pequenas peças de um puzzle que monto, desmonto e viro, nas expectativa de compreender novas formas, rumos e sentidos. Quando me mostro crítico, lançando fagulhas laminadas sobre os que amo – entenda-se um amor saudável, camarada e cúmplice, não o carnal - faço-os de forma desorganizada.


Basicamente, gera-se o problema, debruço-me sobre ele, de forma organizada e compreensível, todavia quando os exponho, aperto, esbofeteio e diminuo sentimentos e considerações.


Não faço de forma negativa, mas as emoções põem-se à frente da razão. E sabem o quanto amo as palavras que são ditas, atiradas como sementes miudinhas. Só as quero cultivar de forma empreendedora para que germinem, cresçam e floresçam como um Jacarandá no meu caminho.



domingo, fevereiro 07, 2010

Do Mundo

Vou deixar de escrever os rasgos da minha alma, os sentimentos que tomo como meus e as definições dos veios da minha vida. Vou deixar de te dizer palavras douradas, acetinadas e com pedras que trouxe da América, tal como os cheiros do Oriente. Irei, somente, viver, através dos moldes de ataraxia. Viver, sem pensar, sem aspirações, desmedidas.

Vou deixar-te as minhas mãos abertas, sem nada, para que deposites nelas, se tiveres ambições, um pouco de ti. De mim só terás um porto. Nu, sem recordações e com despojos do nada.

Serás capaz de atracar? Se não quiseres, segue a tua vida, uma vez que não pode ser nossa. Nua, crua e sem sentido.

MVSEVS

Hoje é dedicado aos MVSEVS.
Vou deixar de lado as lojas e as marcas para ver um bocadinho de pedra, história, de mim. Vamos dar uma volta pela zona de Belém. Aprovieto para falar um pouco da nossa história nos séculos XV e XVI, de alguns dos nossos vultos da Literatura e acabar, com os olhos postos, em Pessoa, na esperança que Campos fale em voz alta.
Depois? Logo vemos, né?
FUI!

sábado, fevereiro 06, 2010

Para o G.

Há muitos anos atrás, as corujas na Grécia faziam competições de voo. Umas eram peritas em rasantes, em piruetas, outras em mortais. Para além de voarem como verdadeiras águias, que eram as suas primas afastadas, costumavam ter o dom da palavra.

Costumavam aprender a falar desde muito cedo. Sabiam o alfabeto grego de trás para a frente. Também falavam latim e francês. Havia outras que arriscavam o inglês. O importante para elas era comunicarem, para que fossem eloquentes e muito boas conselheiras. Quando chegavam à adolescência, eram escolhidas pelos humanos daquele país para aconselhá-los nos caminhos difíceis da vida. Eram inteligentes!

Contudo, havia uma pequena coruja, que desde muito cedo, provocou grande aparato no mundo corujês… O seu ovo era torto e com pintas cor de rosa. As outras corujas bebés olhavam espantadas para o ovo matutanto do que sairia lá de dentro. No dia do seu nascimento, as suas irmãs discutiam em várias línguas, uma verdadeira torre de babel, quando o ovo, farto de as ouvir, rachou e a pequena coruja saiu de lá. Tinha os olhos muito arregalados, as penas espetadas na cabeça e umas asas tão pequenas que a coitada parecia mais uma codorniz. Olhava assustada para as suas irmãs. Impávida, porém assustada. As manas falavam que se fartavam e a mamã coruja, como andava a caçar minhocas, o ninho parecia um circo. As manas discutiam por a mais pequenina não falar. Debatiam-se, falavam alto, perdiam penas, maltratavam-se na língua do Egeu, até que a mais clara, num momento de desvario, mandou uma patada na outra por se enganar na gramática. A pequenina caiu do ninho e, como ainda não sabia voar, morreu estatelada no chão. A coruja acabada de nascer mandou um pio tão grande que fez com que a sua irmã assassina ficasse surda. Desde aquele dia nunca mais ouviu e, como tal, deixou de falar, confinando-se aos voos, ficando assim uma coruja estúpida.

A mamã coruja tinha visto tudo de longe e como achou que a nova bebé coruja era justiceira, decidiu dar-lhe o nome de Irina, em honra das Irinias, que eram figuras maléficas que faziam justiça com as próprias mãos quando um familiar matava o outro. Assim, a pequena coruja com ar de assustada, e muda como uma porta, começou a ser tratada por Coruja-Irina!

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Noutro dia continuo, quando estiver, igualmente, chateado.

Solo, semper.

O dia foi frenético, com pouco tempo para mim e muita paciência para partilhar.

Começámos pelo PN, com a neblina que me esfriava o animo e me obrigava a manter o cinzento nos meus olhos. Andei a manhã toda, onde a maresia do Tejo, que me soa a erro semântico, errava-me a pragmática do sistema.

Na parte da tarde, andei de um lado para o outro, em pensamentos, actos e omissões. Arrastava-me nas ruas, olhava para o telemóvel, trocava mensagens na esperança me melhorar o meu dia. Nada se alterava, cansando-me, de forma completa.

Dias, aliás, manhã, tarde e agora uma noite de marasmo.

Noite

Dormi só com uma almofada... tenho as cotas tortas e a pouca paciência.

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Antítese

Perco-me em mensagens obscuras e pouco racionais, a procura de saber o que verdadeiramente as pessoas sentem.
O sono pesa-me, a saudade aperta-me o peito e fico sem compreender porque é que estas manifestações são sempre tão emotivas. Reviro o corpo vezes sem conta.
Recordo-me do perfume,
Do calor,
De comentários mimados.
Tenho-te em pensamento.
...
Não me basta.
...
É pouco,
Pois tem-se multiplicado como células, onde átomos turbilham dentro do meu peito e eu, com os olhos postos no tempo, penso no domingo e tudo parece calmo, como a tua respiração por volta das 3h da manhã.

*

Sinto-me tão cansado. Este fds vai ser tão cheio e, ao mesmo tempo, sem aquilo que quero.
Vou pedir que ele seja rápido, para sentir-me novamente cansado e pleno.

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Voar

Há crianças que não voltam a voar.

Somos a motivação para os seus desejos, para que, mesmo não voando, vivam de forma plena as suas emoções.

Para a L. e L., com o carinho.

Ponho-me aqui no canto a ver as gatas a andarem com ar desconfiado, sabendo que lhes desorganizo o ambiente. Fico quieto, imóvel, olhando, de forma plácida, como me analisam. Sentem-se assustadas e desconfortáveis, no outro canto.
Rejeito-lhes os olhos, mas sinto-lhes as patas, rugosas e frias, a tocarem o soalho que não range. A medida que o tempo passa, criam uma confiança que as faz aproximar. Continuo no meu canto, com o olhar fixo na parede branca, inerte e inconsciente.

Rejeito-as, perco-me no branco e, a pouco e pouco, sinto-lhes o cheiro a pelo.

Cheiram-me, tocam-me com os bigodes.

Levanto-me, sem fazer caso, pondo-me noutro lado para não ser envolvido.

Elas vêm ao meu encontro.

Levanto-me, vou para o quarto e encosto a porta, como forma de rejeição.

Não as quero.

Não quero nada.

Ninguém.

Só a mim.

Elas não compreendem a rejeição. Arranham a porta, chateando os meus tímpanos.

Abro-lhes, deixo-as entrar e, rapidamente, põem-se aos meus pés.

Fico sem paciência para os ronronares e para as patas friccíveis. Chuto e meto-as no corredor.

Não me apetece o convívio, nem amar, seja o ser que/quem for.


Depois, volto a rever a minha atitude. Sinto mentira e nojo de mim.

4

Que o cosmo continue, perdurando no tempo, os momentos que me tem proporcionado.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Dias

Gosto de dias completos, até os que a luz da manhã desaparece, escondendo-se, de forma acanhada dos meus momentos de projecção.
A luz parece ter vergonha e até um certo preconceito dos momentos escuros, que tomam conta do seu espaço, desafiando o desejo de contemplação.
Sorrio;
Os momentos escuros têm inveja;
Não me importo, pois um dia, estes momentos de sombra passarão a claridade desmedida.

Para Rosa Lobato

Rosa Lobato de Faria nasceu em Lisboa em Abril de 1932. Poetisa e romancista, o essencial da sua poesia está reunido no volume Poemas Escolhidos e Dispersos, de 1997. O seu primeiro romance, O Pranto de Lúcifer, veio a público em 1995. Seguiram-se-lhe Os Pássaros de Seda (1996), Os Três Casamentos de Camilla S. (1997), Romance de Cordélia (1998), O Prenúncio das Águas (1999), A Trança de Inês (2001), O Sétimo Véu (2003), Os Linhos da Avó (2004), A Flor do Sal (2005), A Alma Trocada (2007), A Estrela de Gonçalo Enes (2007) e As Esquinas do Tempo (2008).
É também autora de diversos livros infantis. Está traduzida em Espanha, França e Alemanha e representada em várias colectâneas de contos, em Portugal e no estrangeiro.
É também conhecida do grande público como actriz de televisão e cinema. Em 2000, obteve o Prémio Máxima de Literatura.
Morreu ontem, dia 02 de Janeiro de 2010.

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Hoje a aula de LP, no meu 6º H, foi dedicada a Rosa Lobato Faria. Levei numa ficha biobibliográfica da autora com um poema que me é muito particular. Antes de o ler, coloquei uma cadeira no centro da sala, dizendo que seria para ela, pois seria lida com respeito e admiração. Nas minhas aulas de estágio de latim, aprendi com os meus alunos que os poetas, depois de mortos, quando eram lidos na sala de aula, ficavam sempre sentados na parte de trás. Já o fiz este ano com Sophia e agora com Lobato. Pedi que recordassem a sua voz ( conheciam-na da série A minha sogra é uma bruxa) e lessem .
A aula foi de uma contemplação de sentimentos que senti-me realizado, como sempre me sinto, felizmente. Que ensinemos com respeito e admiração, para que fique algumas sementes de sensibilidade nas nossas crianças.
O poema é o mesmo que o A. pôs no blog e, de facto, é um dos mais belos.
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Quem me quiser há-de saber as conchas

a cantigas dos búzios e do mar.

Quem me quiser há-de saber as ondas

e a verde tentação de naufragar.

*
Quem me quiser há-de saber as fontes,

a laranjeira em flor, a cor do feno,

à saudade lilás que há nos poentes,

o cheiro de maçãs que há no Inverno.

*
Quem me quiser há-de saber a chuva

que põe colares de pérolas nos ombros

há-de saber os beijos e as uvas

há-de saber as asas e os pombos.

*
Quem me quiser há-de saber os medos

que passam nos abismos infinitos

a nudez clamorosa dos meus dedos

o salmo penitente dos meus gritos.

*
Quem me quiser há-de saber a espuma

em que sou turbilhão, subitamente

- Ou então não saber a coisa nenhuma

e embalar-me ao peito, simplesmente.

Rosa Lobato Faria

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

1 de Fevereiro de 1908

Hoje marca o início das comemorações do Centenário da República.

Como não poderíamos deixar de recordar, de forma intrínseca, D. Carlos foi assassinado, juntamente com o seu filho, o Príncipe Real D. Luís Filipe, no dia de hoje no ano de 1908, em pelo Terreiro do Paço, vulgarmente, também conhecido por Praça do Comércio.

Do regicídio, é de salientar a revolta popular, que pela mão de Manuel Buíça dissipou D. Carlos com um tiro que lhe atravessou o pescoço. D. Filipe, ao fim de ser alvejado no peito, leva um tiro no rosto que lhe atravessa a nuca, fazendo com que D. Manuel se mantenha em linha de fogo, tentando ajudar o irmão. D. Amélia gritava de forma dolorosa Infame! Infame!

Como os meios de comunicação da época eram precários, em comparação dos que dispomos, fica na imaginação de cada um as pessoas a correrem pelas ruas da capital a dizerem que O “caçador” foi caçado!

Do atentado deveremos recordar valores como o direito à vida, dele devemos acreditar na tolerância e na diplomacia. Da Revolução, os ideais da República, que, de forma pouco organizada, se mantém até os nossos dias.

Fica o link para o site do Portal Nacional da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República.

I,


fica combinado para amanhã.

Segunda matinal

Quanto mais tempo temos para pensar, mais pensamos em coisas sem nexo, sem qualidade académica e sem pachorra para o quotidiano.
Tenho a cabeça em água, os ouvidos cobertos de pó e a imaginação saloiamente fértil, para os momentos de abortos e ataxias que me prendem na cama. Quero pensar e tenho dores. Quero pensar, mas sei que não devo. Penso, para arranjar formas de sair deste marasmo.
Marasmo e ataxia.
Poderia ser um AVC.

 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...