quinta-feira, julho 19, 2007

Conchas


Sinto, ao fim do pôr,
A areia quente sob a planta dos meus pés.
As conchas, emparelhadas,
São eternas saudades...
Outrora cobertas pelas águas,
Agora iluminadas pelo dourado da Vida.

03/05/07
Glaukwpis


FUI!
PARA LONGE!
FUI MESMO!

Sombras


As sombras passam,
Arrebatadas, trémulas e despercebidas.
Vindas de um passado,
Arrastam no presente a solidão.

O desespero aglutina a dor,
Que desencadeia o medo,
Que solta a angústia,
Beijando o sofrimento.

Assim são os amores:
Sombras de um passado,
Que teimam aterrorizar o presente.
03/05/07
Glaukwpis

quarta-feira, julho 18, 2007

:D


É extremamente simpático, com direito: a um papagaio alucinante, que emite os sons parecidos aos dos carrosséis das feiras populares, um casino mesmo por trás, um mar bem pertinho e uma árvore com cheiro a mijo de cão! PERFEITO!
A “bola nívea” que eu tanto falava é a mais próxima e a melhor de todas. Outras virão, teremos que descobrir e acreditem que a tarefa será maravilhosa.
Vou sexta, na companhia do meu bom amigo e companheiro de vinho verde. Lá iremos percorrer as máquinas do Casino, os bares, o areal, as lojas, as barraquinhas dos monhés ( nada contra eles, mas gosto imenso do termo), a praça, pois temos que arranjar peixe fresco e alho francês para os “jantares bêbedos”... Só não sei se conseguiremos subir as escadinhas em caracol. Acho que iremos ficar pelo sofá, ou pela banheira!

domingo, julho 15, 2007

Chuva



Também houve noites de chuva,
Que inclinávamos a cabeça ao alto,
Sentindo as gostas,
A pressão avassaladora do impacto
E de seguida a leveza da carícia que ela nos fazia.

Éramos felizes,
Inconsequentes,
Verdadeiros,
Dedicados.

Mas como a chuva:
Passou.

Destes dias chuvosos,
Recordo simplesmente do frio,
Que me deixa petrificado,
Como se fosses tu tal Medusa.

Congelei,
Tornei-me pedra.
É frio.

Fui Perseu, (in)felizmente,
Mas tornei-me pedra.


Glaukwpis

sábado, julho 14, 2007

Tardes


O solo está quente,
Como naquela tarde,
Que ambos caminhávamos descalços
E víamos toda uma imensidão de seres,
Que aos olhos de muitos,
Estavam ocultos.

É esta beleza que tenho na memória,
Quando caminho,
Descalço,
No chão quente,
Com cheiro a sal.

Outras são minhas,
Estas mesmo ocultas,
No meu íntimo,
Nas minhas memórias,
Das nossas tardes,
Quentes,
De pés descalços.


Glaukwpis

segunda-feira, julho 09, 2007

A preferida.




Como sabemos se encontramos alguém, se formamos um casal?
Há a teoria das mãos, do encaixe, mas eu pergunto-me:
Não será mais perfeito encontrarmos, antes, as nossas vidas?
O casal acaba, a vida também, mas pode perdurar na memória, de forma saudável, duradoura, como o bronze.
Não quero ninguém.
Quero a minha vida, a minha história.
Basta descobrir como salvá-la.

sábado, julho 07, 2007

SÁBADO /di/ Sol, lá lá lá !!!

Há muito tempo que não bebia um Beirão!
Acordei ressacado, com pouca paciência e afinco, para dar explicação, e decidi mandar o puto embora. Que goze o sábado dele, pois eu quero gozar o meu.
Sim, vou trabalhar, mas antes, vou estar umas poucas horas no sol a beber um Beirão servido pela minha mãe!
Há sábado matutino mais boémio? Não, pois eu sei que sou o Rei. E se acharem que não, metam então uma rolha e não voltem a ler o blog, pois sou assim e muito me honro e, sobretudo, gabo de o ser!
Adiante... Há esplanadas mornas durante toda a noite, a espera de clientes. Divirtam-se, saiam. Não finjam que são felizes, quando não o são. Delicioso não é fazer o social pelo social. Mostrar às pessoas que estão bem. Delicioso é sentar, deixar que a conversa flua, bebendo o que quiserem, até mesmo água, e sorrir, de forma valiosa aos amigos, conhecidos e até estranhos das mesas ao lado.
Prezei, durante anos, ser o “amigo de toda gente”. Mas, de facto, não sou. Gosto de sinceridade, das lágrimas claras a borratarem os olhos pintados. Gosto do toque na pele, quando fincam uma ideia importante. Gosto do piscar de olhos numa ironia perfeita e pouco perceptível aos restantes da mesa.
Hoje é sábado.
Divirtam-se!
Ahh, a imagem? É como sou. Com a mania, inteligente, sem paciênica, lindo, simpático e o resto vocês sabem*

 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...