segunda-feira, agosto 31, 2009

Regressatus sum



Cheguei, mas, ao contrário do que se pensa, venho com a cabeça e a alma inquietas.
Continuo a passar horas ao sol, na água e na sorna. Mas a minha alma não acalma e, de cinco em cinco minutos, tenho aflições.
Os anseios multiplicam-se à medida que os dias preogridem, ou, dependendo da perspectiva, se arrastam. Passo os olhos pelos meus pensamentos, mesmo sabendo que uma Torre de Babel se desaba e tento organizar as línguas que oiço.
Que falte menos.

sábado, agosto 15, 2009

Está quase, Glaukwpis, está quase...



Tem sido uma correria:
- Compras;
- Arrumações;
- Preocupações;
-Família ( a Instituição que só nos dá nós na cabeça);
- Etc..
A foto é do VF, perto de casa. Aliás, a minha segunda casa destes 15 dias.
Para lá chegar, é necessário descer a falésia pelas escadas de madeia. Escorregadias, pelas areias dos pés e das pernas das pessoas que a frequantemente utilizam. Passam-se por duas ou três casas, pouca vegetação e um mar azul como pano de fundo. Ouvem-se o partir das ondas e mira-se para o estreito areal.
Passa-se a manhã num piscar de olhos. Por hora do almoço é necessário arranjar outro poiso por causa da água, que teima tomar conta do espaço.
Quando a água salgada nos chateia, é simples: Levantamo-nos e vamos tomar um banho na pequena cascata, que rasga a areia, na expectativa de criar uma foz.
Se chagarmos bem cedo, há, por norma, um grande lago entre os bancos de areia. Nada-se sem ondas, caminha-se até perdermos a água pelos tornozelos.
A foto é de algures na net. As minhas estão no portátil e ainda apetece-me aproveitar uns largos minutos na piscina.
Fiquem bem. Se calhar mando notícias.

terça-feira, agosto 11, 2009

To G.

De facto, falta pouco, se calhar menos daquilo que imagino.
Tenho-o visto por fora, mas sentido-o por dentro. Misturam-se receios, sonhos de uma felicidade construída de dia para dia, onde se constrói um guarda-roupas de emoções, sentimentos projectados nos dias que o poderei ver a dormir, com a boquinha redonda e, perfeitamente, desenhada que vi na eco.
Cada sapato, camisola, meia ou bonecos são escolhidos à dedo. De facto, são escolhidos, sem saber a tonalidade da pele, da cor dos olhos e, até, do próprio tamanho.
Estas emoções fazem-me compreender o significado de gostar. De acarinhar. De amar.

Infinitivos com valores durativos há muito banidos.

segunda-feira, agosto 10, 2009

Bons sonhos



Havia três grupos, mensagens, cervejas e conversas paralelas.
Há imenso que não estava com a M. e com o M. Conversámos, falámos das escolas e das nossas peripécias. Actualizámos comportamentos e banalizámos sentimentos da belle époque.
Concluímos com a despedida de um jantar para breve.
O resto da mesa continuou com trivialidades. A M. só falava de sexo. Já irritava. É do verão, pensei eu. O R. que a aturou o tempo todo. Até consigo imaginar...

Por falar em jantar, amanhã tenho um com uma pessoa importante. Deverei levar frack?

domingo, agosto 09, 2009

To live

Toda a minha vida tenho seguido caminhos incertos.
Como que raízes de uma planta, sigo. Por vezes regresso, faço escolhas, retraio, até conseguir encontrar o que procuro. Se não encontrar, valeu à pena caminhar. São as minhas vivências, são as minhas escolhas, desejos, incertezas. Não as tendo, procuro-as noutro dos meus caminhos. Não as encontrando, sento-me ao sol, recuperando o fôlego, à espera de algo que me cative.


É isso que me dá prazer.

Gata de massas

Ontem, rendi-me, é verdade. Comprei, assim, uma túnica da gata-maldita-mais-odiada-no-mundo! Recordo-me de ser pequeno e de ver no quarto das minhas primas a boneca por baixo do candeeiro. Não tinham peças de roupa, mas que gostavam da gata é verdade. Passados anos, houve um boom e as lojas andam repletas.

A Joaninha gostou! Eu estava a ser irónico comigo mesmo...

sábado, agosto 08, 2009

Parabéns, Joaninha


Hoje faz um aninho.
É magricelas, sorridente e tem uma mãe com um coração de ouro.
À tarde vou comprar-lhe o presente, mas ainda não tenho nada em mente. Quando são maiores, damos uma Barbie e ficam todas doidas, mas com um ano...

Pensei:

- Num boneco, uma Joaninha, mas acho é pouco imaginativo;
- Talvez num boneco para trincar, pois não tem os dentes todos;
- Numa caixa de formas, para testar capacidades;
- Deixar-me levar pelas montras? Talvez...


Isso não será uma tarefa fácil!

quinta-feira, agosto 06, 2009

S. Pedro do Sul

Por volta das 12h almoçamos todos juntos e vamos ao prometido.
De seguida, iremos ao encontro do Vouga, das paisagens bucólicas e frescas da vila. Aliás, agora é cidade. Vá-se lá saber... nem Cabovisão têm...
Vai ser um dia apertado, mas vai valer à pena, pois a nossa
alma ( a dos viajantes, claro) não é pequena!

Por isso, vamos a isso!

quarta-feira, agosto 05, 2009

Quarta transpirada

Uma correria contra o tempo:

- Cabovisão;
- Explicação ( apetece-me escrever umas coisas, fica para mais logo);
- Lavar e carro ( e a Odisseia de encontrar a maçã ratada);
-Almoçar ( restos da lasagna) e
- Sol ;)

Mais tarde há copos com a M., o A., a P., o L., o T. e com mais quem quiser. Entenda-se, do grupo, claro.

segunda-feira, agosto 03, 2009

ABC, ABC, ABC!!!

Já está tudo combinado! Quinta, a ABC. e a M.B. vêm a Viseu!
O roteiro já está traçado: compras, almoço, passagem pela Sé Catedral, Museus de Arte Sacra e Grão Vasco e, no fim da tarde, São Pedro do Sul.
Prepara-te, ó C., que isso vai ser bem divertido pelas terras de Viriato e de D. Afonso Henriques!

Só não houve pagode

Festa é festa. Não interessa onde ou cultura. O importante é entrarmos na onda e aproveitarmos.
Foi assim ontem. O jantar era borrego, contudo o Sr. C. decidiu fazer um churrasco. Não daqueles que se comem por cá, mas daqueles de lá. Picanha, linguiça e frango. A caipirinha era feita à medida que os copos ficavam vazios. Coisas de uma cultura singular que já começa a ser moda internacional.
Passei a tarde sonolento a dizer já tenho IRS há mais de três anos, por isso sou adulto!
Ao jantar, procurei as batatas mais queimadas. Comi o borrego e agradeci a Deus.
Como podemos ser tão ridículos.

domingo, agosto 02, 2009

Estrangeirados

Há três dias que a aldeia anda em festa.
Os carros rodopiam de um lado para o outro, com as suas matrículas estrangeiras. Chegaram a menos de duas semanas e já ocuparam as esplanadas, as ruas e até o ar que respiramos. Ouve-se francês, nas três vertentes, alemão, italiano e inglês. Movimentam a nossa economia, ocupam, desesperadamente, as vagas dos estacionamentos, perfumam as ruas com l'aeu-de-quelque-choise e fazem, pelo menos, em três semanas, uma vida, dita, confortável.
Há quem lucre com eles. Sobretudo as famílias que recebem peças do estrangeiro, perfumes-águas-pés e, como não podemos esquecer, um frigorífico cheio durante a estadia.
Nestes dias de festa, as pessoas acordam cedo. As mulheres correm contra o tempo em cima dos fogões, ao passo que os homens, descem, lentamente, a rua ao encontro dos cafés para o aperitivo, que se multiplica até à hora do almoço. Os bombos tocam. Os mais novos vestem roupas novas, compradas na superfície espanhola, as senhoras, entre uma pitada de sal, arranjam os cabelos cheios de laca, pensando na loiça que terão de lavar ao fim do almoço. Só depois é que poderão tirar as batas e sacudirem os vestidos cheios de naftalina. Dos homens, vemos as pulseiras douradas e os anéis com o brasão do nosso país. Passam por nós, dizem orgulhosamente bom dia, sô dótor, levantando o braço direito como sinal de simpatia.
São carecas, loiros, morenos, penteados. Todos estrangeiros do nosso país.

sábado, agosto 01, 2009

QZPs no Azibo

Hoje, graças à chuva, tive de me trancafiar em casa, nas arrumações. Como não tinha muita paciência, enchi dois sacos pretos de tralhas que já não me diziam muito e que, possivelmente, irão fazer falta aos necessitados.
A chuva batia constantemente na porta que sala e eu só pensava em Trás-os Montes. A chuva dá uma particular tonalidade àquela região. O ar fica mais calmo, respiravelmente verde, e a imagem do barro com a vegetação toma forma.
A imagem é da praia fluvial do Azibo. Numa tarde de QZPs.
Parolada, o que faz duas taças de vinho a um homem...

About G.

Aproxima-se o dia, que é incerto, e as coisas vão-se acelerando, à medida que o ponteiro dos segundos avança no tempo.

Temos os quartos quase prontos, roupas, acessórios, coisas supérfluas, até. Contudo, há as não planeadas, incógnitas que serão uma aventura para todos nós.

Espera-se, celebra-se o tempo de uma espera que ao mesmo tempo corre e retrai no tempo.Por mim já era Setembro. Por outros motivos, que, de igual forma, me apertam o peito.

 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...