sexta-feira, outubro 31, 2008

Valos lá agitar


Às moscas, às moscas…

Não tenho tido muita paciência, pois os dias têm-se esticado de tal forma que me leva a esticar-me no sofá.
São papéis para rever, juntamente com digitalizações sombrias, num fundo monótono de poucos acordes que me levam a desejar as duas horas diárias de Língua Portuguesa. Mesmo revendo o valor dos adjectivos nas funções sintácticas, assim como as orações subordinadas adjectivas, que dão uma dor de cabeça para os do 12º…, sinto-me completo. É uma questão de sabermos aproveitar os pequenos momentos e projectá-los.
Por isso mesmo, hoje, dia 31 de Outubro, decidi abrir as portas lá da casa de campo e deixar o meu rebanho entrar.

- Sim, uma festa.
- Motivo?
- Um pré-aquecimento para o dia do leitão, o "bota-fora" da MCapela, conviver...

- O dia seguinte?
- Uns vão dormir, outros vão ao cemitério e eu vou dar as funções sintácticas de mãos dadas ao Ortónimo.

Tragam bebidas e venham com cuidado, pois a estrada está péssima*

quarta-feira, outubro 01, 2008

Sonho



Estranha forma de me recordar.
Mudanças espaciais, claras e límpidas, com a nitidez da areia por debaixo da cristalina e calma ondulação. No céu, um azul rasgado por torres. Dentro de casa, um abraço quente, como aqueles que me davas, outrora, num passado tão distante. A distância, medida cronologicamente, gera a saudade, o aperto da alma, dentro de um corpo crescido. O corpo cresce, a alma mantém-se intacta, porém revolta.
Vi-te da mesma forma, como se o tempo não passasse pelo teu rosto, embora eu crescesse e mantivesse os carinhos de menino.

Instalou-se a saudade.

Sei que a primeira fase do Modernismo brasileiro não se adequa à minha saudade familiar, mas a tela de Tarsila recorda-me os fins de semana de pés no chão e todas as outras memórias que tenho de um espaço, que não idealizado, me é saudoso.

 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...