domingo, fevereiro 07, 2010

Do Mundo

Vou deixar de escrever os rasgos da minha alma, os sentimentos que tomo como meus e as definições dos veios da minha vida. Vou deixar de te dizer palavras douradas, acetinadas e com pedras que trouxe da América, tal como os cheiros do Oriente. Irei, somente, viver, através dos moldes de ataraxia. Viver, sem pensar, sem aspirações, desmedidas.

Vou deixar-te as minhas mãos abertas, sem nada, para que deposites nelas, se tiveres ambições, um pouco de ti. De mim só terás um porto. Nu, sem recordações e com despojos do nada.

Serás capaz de atracar? Se não quiseres, segue a tua vida, uma vez que não pode ser nossa. Nua, crua e sem sentido.

Sem comentários:

 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...