terça-feira, abril 20, 2010

"Ulisses", de Menéres, por António Feio.

Hoje foi dia de teatro.

Cheguei mesmo em cima do toque e meti-me rapidamente na sala. Conversei com os meninos de HGP, dando algumas recomendações da ida ao teatro. Estavam eufóricos, embora todos já tivessem visto uma peça de teatro. De facto, o sair da escola tem muito que se lhe diga, principalmente quando a visita tem como objectivo a consolidação de conhecimentos, indo ao encontro da Planificação Anual de LP, para o 6º ano de escolaridade.

Meti-os calados, iniciei os avanços tecnológicos na segunda metade do século XIX, nomeadamente na agricultura e indústria. Compreenderam, participaram e por se portarem muito bem, saímos 10 minutos antes do previsto. Foram comprar algo para comerem antes da peça e esperamos, pacientemente, pelos autocarros.

A viagem foi rápida e a peça foi uma delícia. Adoraram o Polifemo a gritar NINGUÉM! Recordei-me das minhas aulas. Dos meus alunos. Dos conteúdos. A peça é uma adaptação do Feio e, como tal, muito dinâmica e pragmática às nossas necessidades. Os deuses jogavam a aventura de Ulisses, escolhendo os caminhos, como que num paralelismo do Consílio dos deuses de Camões. Contaminou-se, adaptou e vomitou, com leveza, a ironia que fizeram os meninos rirem. Não gostei de alguns momentos, devido a troca de personagens míticas e descoordenação cronológica. Gostei das sereias, embora, na antiguidade clássica, não possuíssem rabos de peixe. Eram aves! Coisas que só os clássicos sabem.

Agora fico sentado na biblioteca. Greve da função pública. Como gosto na minha profissão.


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 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...