Batem numa ânsia, onde a força dos músculos contraem em movimentos de aflição, deixando-me a alma revolta numa conspiração de sentidos. Não sinto gotas de orvallho, mas sim sangue, que cai dos céus, sobre o meu corpo nú, ao teu lado, numa cama qualquer.
Sinto-me quente,
molhado
E sujo.
E o coração bate... Bate apertando-me o peito e deixando-me a cabeça às voltas, numa incompreensão do real.
Vejo-te aqui ao lado.
Abraço-te e só quando sentir o teu braço a apretar-me o meu, sonseguirei transformar o sangue em lágrimas de madrugada e abrandar o meu peito.
Quero senti-lo sempre,
Pois nunca gostei de acordar aos sobressaltos,
Nem de te ter no outro canto da cama,
De costas,
Sem os olhos e a boca contra a minha.
Faço-me compreender?
Glaukwpis
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