segunda-feira, junho 09, 2008

Πελοπόννησος


É interessante ouvir nomes que nos ficam na memória.
É o caso de Peleponeso, que, por infortúnio, apareceu hoje de manhã na TV., como palco de um tremor de terra.
A primeira vez que ouvi a palavra, foi pela boca do Doutor Pulquério, a propósito dos Persas, de Esquilo. Trata-se de uma tragédia grega de 472 a. C., que relata a Batalha de Salamina, na Segunda Guerra Médica. É a mais antiga peça em Grego Clássico que chegou completa até nós.
Das aulas, retenho sempre as metáforas que o Professor nos obrigava a descodificar. Ele ouvia-nos atentamente e tecia alguns comentários. Lembro-me das expressões: “as cabeças marravam contra as rochas” e “como duas gotas de orvalho” e do momento de hybris, quando Xerxes mandou chicotear o mar. Retenho também a voz doce de um verdadeiro contador de histórias.
Tenho saudades. A melancolia instala-se, ao fim de um tremor, com necessidade de reviver momentos e abraçar algumas pessoas que estão longe.

Sem comentários:

 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...