quinta-feira, maio 31, 2007

Tio Aguiar e Silva

Agradecia que deixassem de ler os poemas aqui postos como diários pessoais da minha vida. Agradecia que lessem sobre literatura e se formassem um pouquinho. Mas como sou professor de várias coisas e também literatura, posso dizer aos mais incautos que a literatura é mais do que uma arma com letras, palavras e sentidos. A literatura é sensibilidade, é a capacidade de um "eu" por nas palavras o que sente e o que deseja. A literatura para mim é um misto. Lê, saboreia, entende ( se verdadeiramente a entende) e digere-a com serenidade e sobriedade.
Também é discutível que na literatura o "eu" tem por norma deixar cair um pouco do seu íntimo. Não digo que não... pois são as suas vivências, os seus escapes da sociedade que escorregam pelos braços, sobre os dedos, saindo para o papel, de forma discreta, são postos sobre formas, regras... ou não! Há teóricos que acreditam nisso... e eu também. Não por ser formado, e felizmente bem formado, que digo isso. Digo por experiência. Não o faço como forma de diário, senão faria-o num, que felizmente sei as regras para tal.
A literatura tem dessas coisas. Essa forma de mover sentimentos: nomeadamente o amor e o ódio, primos distintos vindos da mesma família.

Entretanto, se tiverem dúvidas, por favor leiam I. 1.5 ( "Problemática de uma definição referencial de Literatura"), 8.ª Edição, in Teoria da Literatura, de SILVA, Vitor Manuel de Aguiar. Ele foi o mestre!

Boa quinta, vivam as vidas como na literatura: quando se fartarem, bastam fechar o livro.

2 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...
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 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...