
A M. esteve desde as 8h na maternidade a espera de algum sinal do pequenino, mas como não se sentia com nenhuma vontade de sair do conforto da mamã, prolongou a sua estadia por algumas horas.
Quando cheguei o G. encontrava-se dentro do gabinete de enfermagem, juntamente com o papá, duas enfermeiras e a pediatra. À primeira, senti um clima pesado de medo, pois pouco sabiam dele e como o cubo de vidro possuía uma película aderente mais alta do que eles, não conseguiam ver o que se passa. Pus-me de ponta de pés e vi-o pela primeira vez, ainda rosado, vestido de amarelo, posto de frente aos olhos lacrimosos do pai que lhe segurava a mão com todo o cuidado.
Estremeci, contemplei e sorri para os meus pais que também tinham os olhos em lágrima.
Passados alguns momentos, o papá olhou-me e disse que estava tudo bem. Passei a informação aos pais dele que de igual forma sapateavam o corredor. Aguardamos mais um pouco até o momento tão aguardado da a família pode entrar ! Não me fiz de rogado, atirei-me à frente de todos, pois, como dizem, o padrinho é o substituto do pai! Tirei as medidas do seu rosto, milimetricamente, desenhado pelo Senhor. Estava quentinho e muito calmo e deitava para fora uma espécie de pio próprio das pequenas corujas. Há 24h acariciava barriga da mamã e agora, tal como o papá, apertava-lhe a mão, marcando a minha presença.
Que tenhas saúde, sejas idóneo, pois amado serás todos os dias da tua vida.
4 comentários:
Parabéns padrinho babado! Que o G. seja muito feliz! Parabéns para os pais e para a família C.
:) é tão bom ser Tio / Padrinho!
Rogério, sou sim um babado!
M., sou um dois em um!
Será, sim, senhor!
Parabéns, meu querido amigo.
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