
A minha escola é prioritária, é de risco, é de esperança.
Esperança de uma formação contínua e reforçada, com o desejo de atingirmos os objectivos traçados, alcançando expectativas e, sobretudo, formar bons cidadãos.
Como Lisboa é uma cidade para o mundo, todos sabemos que a diversidade passa muito mais do que lojas internacionais, hábitos de vidas alternativas e restaurantes bem decorados. Lisboa, como toda grande cidade, é uma verdadeira caixa desarrumada, onde a pluralidade cultural aumenta e se reproduz. Por norma, a diversidade cultural não acompanha o desenvolvimento sócio económico, fazendo com que muitas necessidades também se multipliquem e surjam falhas no sistema do nosso tecido social.
Com o stress, com as preocupações económicas e até a despreocupação sociocultural de alguns pais, as crianças ficam à margem de uma educação rigorosa e de uma cultura estrategicamente organizada. A função da escola, nesses casos, é proporcionar-lhes uma vida confortável, fazendo com que as crianças saiam dos bairros para o mundo. Para um mundo diferente, sem barracas, com uma alimentação saudável, com a boa utilização da língua e, principalmente, com amor, cativando-as para a dita escola para o mundo. O nosso objectivo é superior a qualquer colégio, a qualquer aula particular de piano, francês ou boas maneiras. O nosso objectivo é trazer uma comunidade fragilizada, pelos estigmas do preconceito racial e pela carteira desfavorecida, para um local onde todos os saberes dão as mãos.
Nascemos e nos educamos para ensinar, para amar, para cativar e para levar às crianças de risco uma vida sã, correcta e com princípios.
Sinto-me TEIP, sou TEIP e continuarei sê-lo onde quer que trabalhe.
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