segunda-feira, abril 21, 2014

A distância

O dias são lentos, mesmo quando temos muito o que fazer.
É fácil sentir-se isolado, mesmo partilhando a casa, com colegas à volta e fazendo o que mais gostas, quando te habituaste ter uma companhia  física. Custa partilhar por mensagens, custa viver no sobressalto de uma mensagem, do sinal verde do chat.
Há noites que acordo e vou ao telemóvel, para ver se vejo algumas palavras, como sinais de um abraço no meio da noite, ou do acordar e ver-te ao meu lado.
As palavras são sempre escassas quando estamos habituados ao toque, ao olhar e ao cheiro.
Por várias vezes pergunto-me se valerá o esforço, que me consome de hora após hora. Há dias, e hoje é um deles, que gostaria de morrer por alguns meses e acordar aconchegado por ti. Há dias, e hoje é um deles, que um abraço valeria imenso.
Dome bem.

(Mesmo chateado, pelos motivos que me são válidos, fazes-me falta. E eu peço que vejas os meus medos, que me assombram pela distância, como um copo cheio de tinta da china, que deveria estar expressa com palavras numa folha branca.)

Sem comentários:

 Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...