
Sinto, sobre os meus ombros, o peso de todo um sentimento acabado, sob forma de vidro, que me rasga, lentamente, as asas. As plumas, sofisticadas, cândidas, cintilantes e frondosas que me afagavam há tempos, deram lugar à uma pasta púrpura, da mistura do quente do meu sangue, que teima em escorrer, por um corte que não cicatriza.
Dantes sobrevoava planícies,
Hoje,
Deito-me sobre elas
E nelas
Cerros os meus olhos, aspirando conseguir dormir.
Voltarei voar? Pergunto eu.
Porém oiço que “Há animais que merecem rastejar, pois são perigosos demais para terem asas”.
Dantes sobrevoava planícies,
Hoje,
Deito-me sobre elas
E nelas
Cerros os meus olhos, aspirando conseguir dormir.
Voltarei voar? Pergunto eu.
Porém oiço que “Há animais que merecem rastejar, pois são perigosos demais para terem asas”.
Glaukwpis
1 comentário:
Esqueci o meu grego... sabe-me a desperdício.
O texto está lindo, meu amigo!!! Senti-o como se fosse eu.
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