Cumplicidade conquistada

“ - Acreditas no poder da mente?
- Sim, acredito!”

Foi um dos vários temas de conversa, que nos ajudaram a compreender e despir um do outro. A cumplicidade foi aumentando e alimentando um sentimento saudável e doce que, dia após dia, foi crescendo.
As ajudas constantes, as trocas de olhares e as gargalhadas frenéticas foram ganhando forma… e quando nós menos esperámos, já tinha acontecido. Lutei tanto contra que isso acontecesse, mas não tinha forças, pois o brilho nos teus olhos foi maior. Aquele brilho que eu tanto procurei outrora e não me souberam dar. Foi contigo que o vi, foi contigo que o partilhei, foi contigo que segredei palavras de carinho. É contigo que eu estou e gosto de estar, pois dás-me força, ânimo e afago.
Entre sons do mar, a brisa nocturna e as estrelas da noite anterior, contemplei, senti e vivi um dos momentos únicos, valendo, assim, a pena horas no banho para tirar a areia do cabelo e das orelhas.
O momento foi nosso e ficará na minha memória sempre que eu olhar as estrelas. Adorei… tu sabes. Se foi o poder da mente isso eu não sei, mas sei que se quisermos e se acreditarmos em nós, isso poderá perdurar.
Um beijo.

Tempo

Está tudo de regresso a casa… Foram anos, pois foram! Eu, (in)felizmente, só estive cerca de 10 meses fora, mas ela esteve 5 aninhos! Falta pouco para que ela venha definitivamente. Se calhar será a penúltima viagem de visita e descanso de fim-de-semana.
A maninha chega as 23h30 e a mamã está radiante, como sempre! Que venha e faça boa viagem.
Eu continuo aqui na loja, com muito ou pouco trabalho, mas continuo. Para melhorar está a dar uma música da minha Rita Lee. “Baby”, diz ela…
Hoje há cafezinho e bianco e amanhã há Gueste List. Rotina? Não, simplesmente o que eu gosto de fazer.
Um abraço.

Decididamente tenho que ir a bruxa, como aconselhou-me uma amigo!

Ao fim de ter apanhado uma multa de 500 euros, ter virado o carro contra um muro, viver um estágio-maravilha com uma vaca-do-mar, esta semana fiquei sem gasóleo no meio da estrada nacional! SIM, O CARRO PAROU!

Só tenho uma coisa para dizer: nunca mais ando na reserva, está dito! Ehhehehe Felizmente há almas perdidas neste mundo que se prontificam ajudar pobres, indefesos e anormais como eu. San e Lois, obrigado! Obrigado pelo garrafão de cinco litros, pelo funil de papel e pela paciência!

ODISSEIA, meus senhores, ODISSEIA é a minha vida! Cruzar os braços? Chorar?! NAAAAAAAA, que venham mais provas, sou capaz de ultrapassar e se não conseguir, tenho a certeza que vou directinho para o Inferno, para o pé do meu amigo Abo ( DIABO) !

Estes dois dias vão ser de piscina e sol. Inicialmente pensei que não fosse possível, mas felizmente Apolo radioso lançou cá para os mortais uns raios de sol.
Bronze, é para o bronze que eu trabalho.

Hoje há café, cinema e cumplicidade no olhar!

Cativaste-me!

Decididamente algumas pessoas desiludem-me, mas por outro lado há outras, que felizmente, surpreendem-me!

É através do olhar e do brilho que eles nos transmitem, que nós podemos tirar elações. É assim que analiso e tiro conclusões desta semana. Uma semana de descobertas… Bastou algumas horas, meias horas de conversas regadas com café e torta de chocolate para compreender isso. Não que eu já não tivesse dado conta da importância do brilho, mas como tudo na vida, um desaparece! Mas felizmente voltou. Olhos nos olhos, sentindo a menina a ganhar tamanho, num preto infindável e num brilho indescritível.
Não são só os olhos que me cativam. É a companhia, a confiança, que espero não ser aparente! Conversar, debater assuntos comuns e deliciar-me com o rasgo da boca num longo e transcendente sorriso não podem ser deixadas numa mesa, devem sim ser contempladas, lembradas e guardadas connosco.
Sinto-me capaz de dizer que poucos me cativaram desta forma. Sim, “cativar”, tal como a historieta do meu querido Saint-Exupéry. Bastou sentar-me e contemplar-te por instantes, dando-te espaço e compreendendo os teus traços, as tuas manias. Há coisas que não se explicam e o que eu senti é uma delas.

Porque vou ter saudades de trajar, de traçar a capa, de berrar com os caloiros, de beijar e fazer amor coberto pela capa, porque já tenho saudades da Academia que um dia tanto amei... porque olho para trás e vejo que fiz tudo o que sempre quis e que fui e sou verdadeiramente feliz!

Fica a saudade, fica o arrepio na pele, fica o desejo absoluto... foram dias, noites, longas noite, de estudo, de vadiagem, de loucuras, de amizade, de amor, de prazer, de raiva, de álcool, de teorias absurdas de pessoas sem sentido, de amigos-mais-que-tudo...

Foi uma época, foi a minha época de Academia!

Estou chateado, acabei de escrever e o f-d-p do pc apagou-me tudo! Cão, Desgraçado, Puto, Ranhoso!

Meus caros, faço parte da família Timberland!

Pois é, estou como estagiário-colaborador enquanto o nosso Ministério da Educação não se mancar para vida e muitos professores-caveiras não forem para a cova! Por isso, se quiserem fazer uma visita ao "je", já sabem, Timberland Forum Viseu :)

A entrega do diploma foi engraçada, algumas lágrimas acompanhadas de gargalhadas. Pessoas que já não via há algum tempo e o olhar doce de alguns que me deram aulinhas... A Ciranda esteve sentadinha na primeira fila, mas quando fui buscar a latita com o meu certificado de óbito, nem tive coragem de olhar paro público, pois havia um fio-maluco que andava a fazer das suas e um recém formado como "moi" não ficava muito bem que caísse lá do palco! heheheh

Bom domingo para o pessoal, eu continuo aqui no trabalhito!

Novo cilco

Já não comento há muito tempo… as coisas têm acontecido e quase não tenho tido tempo de pensar nelas… ou se calhar tenho pensado, silenciosamente. A última semana de estágio-maravilha passou a correr, muitas dores ficaram para trás, muitos desgostos e muita amargura… juntamente com o carinho por parte dos alunos, que foram os únicos-do-ermo que me deram força. Vou ter saudades deles e do cheiro a alecrim dos jardins da escola. Das tardes que passava a mão pelo alecrim e sentia-a com uma viscosidade e um cheiro que perduravam horas. Quero fechar os olhos e recordar o ermo dessa forma, de mais nenhuma… para não voltarem as dores, os desgostos e a amargura. As notas foram lançadas, não foram más, de facto, mas podiam ter sido melhores. Agora é a incerteza de um dia, de um dia que eu volte a encarnar o papel de professor e sentir os olhinhos brilhantes durante blocos de noventa minutos. Na memória fica a saudade… que esse marasmo passe depressa! Quanto ao plano das relações humanas ( sim, amizade), as pessoas têm-me desiludido… há muita ausência, muito desvio de olhares, muita distância… Acredito que as coisas mudem com o passar do tempo, mas a amizade, o carinho, a cumplicidade ficam sempre, ou estarei enganado?! Se calhar sou antiquado, se calhar dei demasiada importância a algumas relações que pensei serem de amizade. Se calhar, se calhar… Bom fim de segunda-feira.