Espero que o ar condicionado e os plasmas não tenham passado à frente das rampas, das portas prioritárias e do chamado bom senso.
sábado, fevereiro 27, 2010
Mais um
Espero que o ar condicionado e os plasmas não tenham passado à frente das rampas, das portas prioritárias e do chamado bom senso.
"Amigos a mesma", felicidades!
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Porque faz sentido e o sentido é para se manter como papel amarelo no tempo que se avizinha, paciente, mas activo, com letras miraculosamente desenhadas.
segunda-feira, fevereiro 22, 2010
FDS
quinta-feira, fevereiro 18, 2010
A Minha Deficiência Mental

Tenho reflectido, dia após dia, se é verdadeiramente isto que quero fazer o resto da minha vida e oiço vozes a dizerem NÃO.
Oiço:
- É um trunfo, poderá trazer frutos, mais um certificado para o meu curriculum e mais um título.
Basta? Sinceramente, não é disso que gosto, embora defenda o conceito de inclusão e o direito à igualdade. Cansa-me o galinheiro com mais de 50 pessoas…
Quero ler livros da minha área, quero dissecar os autores clássicos, compreendendo a retórica e a busca da perfeição poética, juntamente com as tragicomédias. Quero traduzir. Voltar a traduzir, por a língua afiada para ler em voz alta do PR. Quero sentir-me MAIS realizado e assistir aulas com os verdadeiros especialistas, com os olhos vidrados e os ouvidos bem limpos para absorver e memorizar vozes no meu pensamento.
Também quero ter aulas num sítio decente, com cadeiras escuras, num anfiteatro majestoso e snob como eu.
O tema não é chato, o trabalho é que é, mas, pelo que me parece, no meio da próxima semana fica pronto e depois é só enviar.
quarta-feira, fevereiro 17, 2010
Semiose? Pragmática? Porra, basta falar e compreender :)
É necessário abraçar, de forma intrínseca, quem confiamos para podermos partilhar pedaços de uma vida. É necessário acreditar nas pessoas, nos olhares, irrigados de sentimentos, e abrir portas, que serão momentos de escape e de diálogo.
Confio, acredito e cedo.
Dialogo, recordo, c ompreendes.
Sentimo-nos leves, de mãos vazias, num sentimento de partilha, os momentos saem como rabiscos de garoto, numa linguagem clara e leve, à sua compreensão.
terça-feira, fevereiro 16, 2010
Brrrrr
segunda-feira, fevereiro 15, 2010
De cá
recebo a chamadas que me contam a quantidade de neve que têm nas estradas, na Serra e no meu jardim.
Não sinto aquela saudade miudinha das pessoas, de quando ouvimos as vozes, mas tenho da neve, do frio cortante no rosto, dos cafés saloios e das luzes do meu Rossio.
Mais nada, porque o nada tem todo o sentido de existir.
domingo, fevereiro 14, 2010
quarta-feira, fevereiro 10, 2010
Aulitas feitas
Como tenho saudades do G., decidi que a ficha de amanhã seria sobre Palma. Há músicas de que gosto mais, mas como quero, por enquanto, músicas de ouvido, para que cantem, fica esta.
Vão explicar as figuras de estilo, continuar a canção, explicá-la e exercitar o conhecimento explícito da língua. Aulas cheias! Assim é que gosto!
Peixinho

Não me importo, não lamento, simplesmente, penso que falta um elo forte. Não havendo, continua-se com os cigarros, as cervejas e as conversas, estupidamente, hilariantes.
Quarta de chuva e algum trabalho
- PNL;
- Informações para os novos docentes sobre o Patrono;
- Informações sobre o Conselho Geral Transitório.
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Ler muito +

Tenho a reunião traçada, assim como toda a documentação. Não me sinto nervoso, independentemente de ser a minha primeira reunião.
Falar, presidir, aceitar, reclamar, elucidar é o que pretendo amanhã, para por todo o Agrupamento a correr os olhos pelos parágrafos da imaginação, a fim de combater o insucesso na leitura, escrita e criatividade.
Vamos a isso!
segunda-feira, fevereiro 08, 2010
Escolhida!
Música escolhida. Está-lhes nos ouvidos por causa da novela.
Vou tratar da ficha:
- 5º leva com os determinantes;
- 6º leva com os verbos!
Compreender

- Porque sou complexo.
Questionam-me porque dou valor às pequenas vicissitudes que me aparecem e eu respondo:
- Porque preocupo-me com elas.
As coisas, as palavras, os acontecimentos são para serem deitados ao vento. Temos de as compreender, logo, pensar. O meu quotidiano é feito de pequenas peças de um puzzle que monto, desmonto e viro, nas expectativa de compreender novas formas, rumos e sentidos. Quando me mostro crítico, lançando fagulhas laminadas sobre os que amo – entenda-se um amor saudável, camarada e cúmplice, não o carnal - faço-os de forma desorganizada.
Basicamente, gera-se o problema, debruço-me sobre ele, de forma organizada e compreensível, todavia quando os exponho, aperto, esbofeteio e diminuo sentimentos e considerações.
Não faço de forma negativa, mas as emoções põem-se à frente da razão. E sabem o quanto amo as palavras que são ditas, atiradas como sementes miudinhas. Só as quero cultivar de forma empreendedora para que germinem, cresçam e floresçam como um Jacarandá no meu caminho.
domingo, fevereiro 07, 2010
Do Mundo
Vou deixar de escrever os rasgos da minha alma, os sentimentos que tomo como meus e as definições dos veios da minha vida. Vou deixar de te dizer palavras douradas, acetinadas e com pedras que trouxe da América, tal como os cheiros do Oriente. Irei, somente, viver, através dos moldes de ataraxia. Viver, sem pensar, sem aspirações, desmedidas.
Vou deixar-te as minhas mãos abertas, sem nada, para que deposites nelas, se tiveres ambições, um pouco de ti. De mim só terás um porto. Nu, sem recordações e com despojos do nada.
Serás capaz de atracar? Se não quiseres, segue a tua vida, uma vez que não pode ser nossa. Nua, crua e sem sentido.
MVSEVS

sábado, fevereiro 06, 2010
Para o G.

Costumavam aprender a falar desde muito cedo. Sabiam o alfabeto grego de trás para a frente. Também falavam latim e francês. Havia outras que arriscavam o inglês. O importante para elas era comunicarem, para que fossem eloquentes e muito boas conselheiras. Quando chegavam à adolescência, eram escolhidas pelos humanos daquele país para aconselhá-los nos caminhos difíceis da vida. Eram inteligentes!
Contudo, havia uma pequena coruja, que desde muito cedo, provocou grande aparato no mundo corujês… O seu ovo era torto e com pintas cor de rosa. As outras corujas bebés olhavam espantadas para o ovo matutanto do que sairia lá de dentro. No dia do seu nascimento, as suas irmãs discutiam em várias línguas, uma verdadeira torre de babel, quando o ovo, farto de as ouvir, rachou e a pequena coruja saiu de lá. Tinha os olhos muito arregalados, as penas espetadas na cabeça e umas asas tão pequenas que a coitada parecia mais uma codorniz. Olhava assustada para as suas irmãs. Impávida, porém assustada. As manas falavam que se fartavam e a mamã coruja, como andava a caçar minhocas, o ninho parecia um circo. As manas discutiam por a mais pequenina não falar. Debatiam-se, falavam alto, perdiam penas, maltratavam-se na língua do Egeu, até que a mais clara, num momento de desvario, mandou uma patada na outra por se enganar na gramática. A pequenina caiu do ninho e, como ainda não sabia voar, morreu estatelada no chão. A coruja acabada de nascer mandou um pio tão grande que fez com que a sua irmã assassina ficasse surda. Desde aquele dia nunca mais ouviu e, como tal, deixou de falar, confinando-se aos voos, ficando assim uma coruja estúpida.
A mamã coruja tinha visto tudo de longe e como achou que a nova bebé coruja era justiceira, decidiu dar-lhe o nome de Irina, em honra das Irinias, que eram figuras maléficas que faziam justiça com as próprias mãos quando um familiar matava o outro. Assim, a pequena coruja com ar de assustada, e muda como uma porta, começou a ser tratada por Coruja-Irina!
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Noutro dia continuo, quando estiver, igualmente, chateado.
Solo, semper.
O dia foi frenético, com pouco tempo para mim e muita paciência para partilhar.
Começámos pelo PN, com a neblina que me esfriava o animo e me obrigava a manter o cinzento nos meus olhos. Andei a manhã toda, onde a maresia do Tejo, que me soa a erro semântico, errava-me a pragmática do sistema.
Na parte da tarde, andei de um lado para o outro, em pensamentos, actos e omissões. Arrastava-me nas ruas, olhava para o telemóvel, trocava mensagens na esperança me melhorar o meu dia. Nada se alterava, cansando-me, de forma completa.
Dias, aliás, manhã, tarde e agora uma noite de marasmo.
sexta-feira, fevereiro 05, 2010
Antítese
*
Vou pedir que ele seja rápido, para sentir-me novamente cansado e pleno.
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
Voar
Há crianças que não voltam a voar.
Somos a motivação para os seus desejos, para que, mesmo não voando, vivam de forma plena as suas emoções.
Para a L. e L., com o carinho.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010
Dias
A luz parece ter vergonha e até um certo preconceito dos momentos escuros, que tomam conta do seu espaço, desafiando o desejo de contemplação.
Sorrio;
Os momentos escuros têm inveja;
Não me importo, pois um dia, estes momentos de sombra passarão a claridade desmedida.
Para Rosa Lobato

É também autora de diversos livros infantis. Está traduzida em Espanha, França e Alemanha e representada em várias colectâneas de contos, em Portugal e no estrangeiro.
É também conhecida do grande público como actriz de televisão e cinema. Em 2000, obteve o Prémio Máxima de Literatura.
Quem me quiser há-de saber as conchas
a cantigas dos búzios e do mar.
Quem me quiser há-de saber as ondas
e a verde tentação de naufragar.
*
Quem me quiser há-de saber as fontes,
a laranjeira em flor, a cor do feno,
à saudade lilás que há nos poentes,
o cheiro de maçãs que há no Inverno.
*
Quem me quiser há-de saber a chuva
que põe colares de pérolas nos ombros
há-de saber os beijos e as uvas
há-de saber as asas e os pombos.
*
Quem me quiser há-de saber os medos
que passam nos abismos infinitos
a nudez clamorosa dos meus dedos
o salmo penitente dos meus gritos.
*
Quem me quiser há-de saber a espuma
em que sou turbilhão, subitamente
- Ou então não saber a coisa nenhuma
e embalar-me ao peito, simplesmente.
Rosa Lobato Faria
segunda-feira, fevereiro 01, 2010
1 de Fevereiro de 1908

Como não poderíamos deixar de recordar, de forma intrínseca, D. Carlos foi assassinado, juntamente com o seu filho, o Príncipe Real D. Luís Filipe, no dia de hoje no ano de 1908, em pelo Terreiro do Paço, vulgarmente, também conhecido por Praça do Comércio.
Do regicídio, é de salientar a revolta popular, que pela mão de Manuel Buíça dissipou D. Carlos com um tiro que lhe atravessou o pescoço. D. Filipe, ao fim de ser alvejado no peito, leva um tiro no rosto que lhe atravessa a nuca, fazendo com que D. Manuel se mantenha em linha de fogo, tentando ajudar o irmão. D. Amélia gritava de forma dolorosa Infame! Infame!
Como os meios de comunicação da época eram precários, em comparação dos que dispomos, fica na imaginação de cada um as pessoas a correrem pelas ruas da capital a dizerem que O “caçador” foi caçado!
Do atentado deveremos recordar valores como o direito à vida, dele devemos acreditar na tolerância e na diplomacia. Da Revolução, os ideais da República, que, de forma pouco organizada, se mantém até os nossos dias.
Fica o link para o site do Portal Nacional da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República.
Segunda matinal
Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...
-
Porque os outros se mascaram mas tu não Porque os outros usam a virtude Para comprar o que não tem perdão. Porque os outros têm medo mas...