
É o vento que me define, que me orienta e me aquece.
É com ele que ondulo os meus sentidos.
Não havendo ventos, seco, estáctico e fico à espera que me colham.
Glaukwpis
Telefonaste-me e disseste-me olá com uma dentada na ameixa. Achei-te descontraida pela accção, mas desconfortável com algo que eu não soube explorar.
O dia passou lentamente. Ao fim de acordar com dores musculares que, graças ao meu sofá, me tornearam a madrugada toda. Não apanhei posição até às 9h, aquando decidi ligar a tv na fox. Não me recordo do que estava a dar. Passado algum tempo, o telemóvel tocou: 
Ontem, fiz o meu concurso e decidi não submetê-lo, para, hoje de manhã, olhá-lo com olhos de ver, submeter e imprimir o recibo.
Há, mais ou menos, 4 meses atrás, pisava, pela primeira vez, o chão da ESM. Lembro-me que o primeiro dia foi ao fim de uma viagem longa de Viseu-Lisboa-Viseu-Mogadouro.
Amanhã vou dar um grande passo, tenho o coração aos saltos e os ouvidos bem limpos para ouvir. Também tenho algumas dúvidas, mas no fim do dia terei umas luzes e depois é só esperar por Setembro.
Dizem que finjo ou minto
Ontem, quando saía decasa do D., deparei-me com um pequeno pardal, encostado à porta, da parte de dentro do prédio. Estava colado ao vidro, a olhar a imensidão verde de onde viera.
Hoje o pardal não estava no jardim, mas o D., passadas as 2h, corria no campo. Livre.
Ó Musa, fala-me do solerte varão, que, depois de ter destruído a cidade sagrada de Tróia, andou errante por muitas terras, viu as cidades de numerosas gentes e conheceu-lhes os costumes; e, por sobre o mar, sofreu no seu coração aflições sem conta, no intento de salvar a sua vida e de conseguir o regresso dos companheiros. Mas, não obstante o seu desejo, não os salvou, pois pereceram por desatino próprio os insensatos, que devoraram as vacas do Sol, filho de Hiperíone, pelo que este não os deixou ver o dia do regresso.
Quando acordo ao teu lado e vejo os teus olhos, esborratados, tenho choques de sentidos. À medida que te descubro o corpo, a tua pele se arrepia, acordas e passa a tua mão no meu rosto. Sinto as tuas unhas vermelhas na minha barba e sou feliz, naquele momento.
Ao fim de ter passado um fds ( entenda-se o domingo) em grande, a segunda começou de forma electríca.
Noite:
- Não te interessa;
Recordo-me de ler, em mais novo, os seus contos e, por vezes, aparecia um ou outro poema nos manuais do terceiro ciclo. Mais tarde, tive a sorte de ter uma óptima professora de L.P. que me fez apaixonar por Sophia.
Acordei, comi uma fatia de bolo de brigadeiro e fui ler para o sol. Passei algumas horas da parte da manhã a compreender a prosa desarticulada e a história absurda do livro que ando a ler. Já me sinto chateado, pois tenho mais dois parados e tudo se arrasta, pelo facto de demorar demasiado tempo em acabá-lo. Sobre a mão Se pegasses na minha mão e me guiasses pelo Parnaso, Os meus dias seriam menos sedentos e sombrios, Sem os espasmos de sofr...